Resenha feita a partir de:
CUNHA, Marcus Vinicius da. Uma Reflexão com John Dewey Sobre a Educação Contemporânea. REVISTA USP, São Paulo, n.82, p. 215-217, junho/agosto 2009.
O trabalho de Cunha, nasce a partir de uma obra iniciada na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – USP, há mais de 35 anos. O trabalho consiste em reflexões a partir das experiências de Maria Nazaré aliando teoria e prática pedagógicas. A partir dessa análise a autora se estabiliza no movimento renovador da educação, como se convencionou denominar. Tal movimento teve mérito de reverter a situação sinistra da escola, como o texto se refere, em busca de base teórica sólida para apoiar a crença de que a criança é originalmente ativa e não passiva.
O trabalho de Cunha, nasce a partir de uma obra iniciada na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – USP, há mais de 35 anos. O trabalho consiste em reflexões a partir das experiências de Maria Nazaré aliando teoria e prática pedagógicas. A partir dessa análise a autora se estabiliza no movimento renovador da educação, como se convencionou denominar. Tal movimento teve mérito de reverter a situação sinistra da escola, como o texto se refere, em busca de base teórica sólida para apoiar a crença de que a criança é originalmente ativa e não passiva.
O primeiro texto do livro, “Educação: Teoria e Agir Prático”, é dedicado a demarcar os aportes teóricos. Que é de fato as contribuições teóricas, que foram apoiadas com o estudo das proposições de Dewey, onde se destaca o enfrentamento de problemas atuais da educação. Essas analises possibilitaram a afirmação clara da autora, que se posiciona em favor da fusão entre teoria e prática dizendo: “Acredito que só um educador bem respaldado do ponto de vista teórico terá condições de conscientemente tirar proveito e ensinar com engajamento consistente”.
A partir dessa convicção Maria Nazaré da continuidade a produção e escreve o segundo texto do livro, “Pisa: Tentativa de Explicitar seus Pressupostos”. Que diz respeito a conhecer e aplicar o conhecimento, partindo das noções deweyanas de construção contínua da experiência e de aprendizado autorregulado, que dá autonomia no habito de pensar e aprender.
O terceiro ensaio, “Depois do Pisa, Pita”, trata de um programa ainda em elaboração pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que terá as mesmas bases teóricas do primeiro, aplicadas à avaliação de professores. No quarto capítulo “Ensino por Competências”, se destaca os instrumentos de avaliação de alunos no Brasil, tal como, o Saeb e o Enem, apontando a problemática dos investimentos que acabam sendo em vão.
A última parte do livro apresenta, como diz o título, uma proposta de “Filosofia da Educação como Disciplina Autônoma”. Aqui, a autora se baseia na crença do pensador alemão Herbart na educabilidade, mas se desprende de sua ideia à subordinação do educando à “imposição autoritária de conteúdos e matérias de ensino”.
Penso que a atenção que o autor tenta chamar para a expressão “Ninguém ensina ninguém” é válida e se desdobra ao longo da obra garantido o desprendimento de vivencias e paradigmas que engessam a educação a partir da soberania do saber institucionalizado em detrimento das diversas práticas e formas de aprendizagem no mundo e na vida. Essa conversa entre a teoria e prática ressaltadas de forma sinérgica fazem com que seja possível o pensamento sobre a implementação de novas práticas pedagógicas para que se reforce uma educação realmente contemporânea.
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