terça-feira, 17 de setembro de 2019

Vídeos para se pensar o Brasil

Nesse post, eu reúno alguns vídeos encontrados no youtube, no Canal "Casa do Saber", que abordam temas e questões do Brasil, aspectos sociais, violência e corrupção.

Essa foi a primeira proposta de atividade do Componente Curricular "Temas e Questões do Brasil Contemporâneo" e escolho os vídeos da "Casa do Saber" pelos temas levantados, os acadêmicos e estudiosos convidados para discutir ou refletir sobre esses temas e a duração dos vídeos. São vídeos de curta duração e que apenas suscitam discussões que podem ser amadurecidas por quem os assiste.

Abaixo estão os links dos vídeos que selecionados:



Quem discute a temática é Saulo Goulart, doutor e mestre em História pela Unicamp, que traz a necessidade de construção da identidade brasileira a partir da obra "Casa-Grande e Senzala" de Gilberto Freyre (1933).
A obra faz o esforço de entender a formação social e a formação familiar do brasileiro, o que é, como surge e de onde tiramos os elementos principais da nossa identidade.
O negro da senzala e o senhor da casa grande são os dois grandes elos da miscigenação brasileira, "responsável pelo apaziguamento das diferenças étnicas principalmente no período colonial"
Saulo Goulart, fala sobre a importância no livro como chave para o entendimento do Brasil, não como ele retrata a sociedade colonial, mas como suas ideias influenciam e moldam o Brasil até hoje.



Saulo Goulart fala nesse vídeo sobre a obra de Sérgio Buarque de Holanda (1958). Um livro pouco visitado, bastante complexo, com um proposta que busca entender como portugueses e espanhóis reagiram e tentaram buscar o mito do paraíso na Terra, pela exuberância da natureza dos trópicos.
O livro tenta, a partir de formulações de um suposto paraíso na terra, identificar peças fundamentais da mentalidade dessas duas populações ibéricas. 
A ideia central discutida é como brasileiros mantém mentalidades ou formas de pensar do povo que o colonizou. 



Nesse vídeo, Glenda Mezarobba, mestre e doutora em Ciência Política pela USP, consultora do PNUD para a Comissão Nacional da Verdade, abre discussão sobre a violência, refletindo sobre o período da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985) associando essa realidade ao processo de escravidão.  Para Mezarobba, "os níveis que temos de violência e de crimes contra a vida, passa pelo legado da escravidão."



Quem reflete sobre esse tema é o Psicólogo e psicanalista Luiz Hanns, ele aponta para questões que colocam o Brasil numa relação da passividade com a corrupção, justamente por ela estar incorporada na vida privada dos seus cidadãos. Hanns trabalha os conceitos de Corrupção Sistêmica e Corrupção Endêmica. 
Sugere uma mobilização que impregne na sociedade de forma que todos se sintam convocados a combater essas corrupções, principalmente a Corrupção Endêmica.
Uma terceira corrupção citada é a Corrupção Sindrômica, que é o espírito de burocratização que sustentamos no país, com leis "incumpríveis". Hanns considera que é necessário corrigir não só a fiscalização mas também a legislação, além da má gestão das instituições do Estado.