terça-feira, 29 de agosto de 2017

Lusona: Desenhos na Areia


As aulas do Componente Curricular Matemática e Espaço tem traçado paralelos entre a Matemática tradicionalmente estudada e a Etnomatemática, capaz de adequar-se ao contexto sociocultural e garantir as relações de ensino-aprendizagem, o que confrontou minha visão mecânica de reproduzir as fórmulas matemáticas, frente a capacidade de interpretá-las e entender suas aplicações a partir das experiências cognitivas relacionadas à cultura de outros povos, como os sona (desenhos na areia), prática milenar de povos africanos, estudados por Paulus Gerdes, educador e investigador da Etnomatemática.
Desenho da Tradição Sona

Tomando como base o artigo de Paulus Gerdes¹ sobre a Geometria Sona, é possível perceber, através da Etnomatemática, o potencial cultural, de riqueza espiritual e artístico dos povos que praticam a tradição africana sona, e como o Brasil precisa se aproximar ao entendimento desta cultura, já que recebeu muitos desses povos como escravos no período de colonização.

Cada ‘desenho na areia’ – que agora são estudados, investigados e registrados para a perpetuação da identidade cultural de um povo – carregam através das histórias que representam, as crenças e as visões de mundo de uma cultura extremamente original e milenar.


A utilização de conhecimentos matemáticos para o entendimento destes processos culturais se configura eficiente ferramenta de investigação e estudo dos saberes culturais, artísticos, sociais e históricos da cultura africana sona.

A aplicação dos cálculos para encontrar o Máximo Divisor Comum (MDC) a partir da leitura de linhas e colunas das caixas espelhadas (retângulos), nos leva a encontrar a quantidade de fios que são utilizados em cada desenho. Contudo os desenhos ainda podem se desdobrar em outras formas geométricas, espelhamentos e ilustrações para se ‘contar’ as histórias.


¹GERDES, Paulus. Geometria Sona de Angola: matemática duma tradição africana. Morrisville, NC: Lulu Enterprises, 2008. 

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Experiências do Sensível: Sombras e Escuro

O professor Fernando passou o seguinte recado para o que seria a atividade do dia 23/08:

Quero com pouco tempo, despertar o improviso em vocês. Serão no máximo 20 minutos por grupo... sendo a apresentação na forma oral, vídeo, fotos na tela da tv com narrativa, uma esquete uma peça pocket (curta)...ou seja, vocês terão liberdade para se apresentar. O tema: sombras e o escuro... instigante, nao é?? Pensem neste final de semana sobre ideias, discutam com seus grupos na segunda e quarta apresentem...bom final de semana e boas ideias!!! Ass: Fernando


As apresentações aconteceram dessa forma:

PRIMEIRO GRUPO
Apresentou a relação entre sombras e conhecimento científicos, principalmente o conhecimento matemático, as leituras das sombras para perceber o horário e as medidas. Deram como exemplo as ideias de Talles de Mileto.
O Eclipse Solar que aconteceu nesta segunda-feira (dia 21) foi dado como exemplo para as leituras e conhecimentos aprimorados a partir dos fenômenos naturais.

SEGUNDO GRUPO
Leu um texto sobre o medo do escuro, e apresentou o vídeo "Dança das Sombras". As representações artísticas utilizando a sombra foram abordadas a partir desse vídeo.

TERCEIRO GRUPO
O terceiro grupo que abordou o tema "A noite é a sombra da Terra." e apresentou conceitos pessoais sobre sombras e escuro paralelos aos conceitos técnicos ou científicos sobre estes dois elementos. Os conceitos pessoais de sombra e escuro são geralmente influenciados pelas experiências da infância, que geralmente alimentam o medo e a insegurança.
A partir disso apresentaram a relação entre escuridão, luz e sombras e abordaram novas ideias e expressões artísticas que se utilizam da sombra como o trabalho do artista Rashad Alakbarov.
Alakbarov é considerando um verdadeiro “mestre de sombras”: utilizando diferentes materiais e objetos, ele usa as sombras e os jogos de luz para criar desenhos nas paredes, que fazem você duvidar de seus sentidos. abaixo outro de seus trabalhos, além da imagem mostrada no início do post:



QUARTO GRUPO
Com as luzes da sala apagadas e cada componente situado em um canto da sala, o quarto grupo apresentou o "Um Triste Poeta" de forma intercalada. Depois da leitura, ainda no escuro uma das componentes cantou a música "Noturno (as criaturas da noite)" de Oswaldo Montenegro.

QUINTO GRUPO
Abordou a arte chamada "Bonecos de Sombra" e fizeram uma apresentação teatral numa caixa de papelão que imitava uma televisão, com um papel branco usado como tela. A luz de fundo projetava a sombra dos bonecos que compunham o enredo: Uma mocinha salva pelo seu herói das mãos de um vilão que transformava tudo em chocolate.

SEXTO GRUPO
Abordou a questão psicológica das sombras e da escuridão, elencaram alguns filmes e teceram reflexões sobre as sombras e as obscuridades da alma humana. Um dos filmes abordados foi o "Cinquentas tons mais escuros".


Cada grupo apresentou o mesmo tema de formas e sob situações diferentes, desde o conhecimento científico até o artístico, abordando e apresentando diversas expressões artísticas, além da abordagem psicológica.

Fique Sabendo: XINGU, Conheça a Aventura de uma Expedição


Experiências do Sensível: SONS 3D

Você já ouviu a expressão "som 3D"?

O 3D não existe somente em imagens e vídeos. O 3D existe no áudio. Você até já conhece o 3D do áudio apenas com outro nome: Dolby Digital 5.1. Isso é basicamente a noção de profundidade proporcionada por um sistema de som 5.1, 7.1 ou por alguns fones de ouvido mais modernos "com 3D".

os sons são organizados de tal forma que quando o usuário escuta um som em estéreo, é possível ter uma noção de profundidade. Ou seja, se o cantor quis parecer mais longe, você sentirá que ele estará mais longe. Se ele quis parecer do seu lado direito, você irá ouvi-lo no seu lado direito.

Nesta aula de Experiências do Sensível tivemos a oportunidade de ouvir alguns desses sons. Deixarei os links de alguns sons abaixo, mas antes disso veja algumas dicas para curtir ao máximo essa experiência:

Posicione os fones de ouvido da forma correta: L para ouvido esquerdo e R para ouvido direito;
Aumente o volume;
Se posicione de forma confortável e evite muitos movimentos;
Dê play e feche os olhos.

Escute esse sons em 3D:
Chuva (para relaxar, estudar ou dormir)

Ecos da Vida



Um filho e o pai caminham por uma montanha, de repente, o menino cai se machuca e grita:
- Aii!!
Para a sua surpresa, escuta uma voz se repetir em algum lugar da montanha.
Curioso o menino pergunta:
- Quem é você?
E recebe a mesma pergunta:
- Quem é você?
Contrariado grita:
- Seu covarde!
E escuta como resposta:
- Seu covarde!

O menino olha para o pai e pergunta aflito:
- O que é isso?
O pai sorri e fala:
- Meu filho preste atenção.

Então o pai grita em direção a montanha:
- Eu admiro você!
A voz responde:
- Eu admiro você!
De novo o homem grita:
- Você é um campeão!
E a voz responde:
- Você é um campeão!

O menino fica espantado e não entende, então o pai explica:
- As pessoas chamam de ECO, mas na verdade, isso é VIDA. A vida lhe dá de volta tudo o que você diz, tudo o que você deseja, de bem e mal aos outros. A vida lhe devolverá toda blasfêmia, inveja, incompreensão, falta de honestidade, que você desejar às pessoas que lhe cercam.
Nossa vida é simplesmente um reflexo das nossas ações. Se você quer mais amor, compreensão, sucesso, harmonia, felicidade, crie mais amor, harmonia, compreenção... No seu coração.
Se agir assim, a VIDA lhe dará FELICIDADE, SUCESSO, AMOR... das pessoas que lhe cercam.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

VEM AÍ: III Seminário Internacional Brasil-Quebec


O III Seminário Internacional (Cooperação Brasil-Quebec), intitulado Diversidade e Educação Inclusiva: perspectivas interdisciplinares e interepistêmicas, objetiva promover a análise de políticas educativas e de práticas metodológicas inovadoras de promoção da inclusão e da igualdade na diversidade em ambiente escolar. O evento ocorrerá no Auditório Monte Pascoal do Campus Sosígenes Costa da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e se constitui de dois momentos:

O primeiro momento ocorrerá das 18h às 22h, nos dias 30, 31 de agosto e 1º de setembro. Você poderá participar das conferências de abertura e das mesas-redondas pessoalmente no Campus Sosígenes Costa ou através da transmissão em tempo real para os outros campi da UFSB. Ambas modalidades (presencial ou meta-presencial) darão direito a certificação como ouvinte (mínimo de dois dias de participação).

O segundo momento ocorrerá no dia 2 de setembro, das 14h às 18h30, ainda no Campus Sosígenes Costa da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Neste momento você poderá apresentar a sua pesquisa ou o seu relato de experiência sobre inclusão e diversidade em educação, através de duas modalidades de participação: 1) apresentação de pôster (estudantes de graduação) ou 2) apresentação de comunicações orais (demais participantes). As atividades desse dia exigirão sua presença em Porto Seguro.

SAIBA MAIS AQUI:
Site da UFSB
Page no Facebook
Programação

INSCRIÇÕES AQUI


sábado, 19 de agosto de 2017

Sexta, Sábado... (e os meus finais de semana nunca mais serão os mesmos).


E não estou descontente por isso, gostaria que muitos como eu tivessem essa experiência inovadora de 'ensino superior' que estou tento com a UFSB. É realmente uma proposta diferente e com uma qualidade enorme. Ainda preciso fazer alguns posts sobre o modelo adotado pela UFSB, as inovações quanto ao modelo tradicional de ensino, as novas perspectivas para a Educação Superior, os nomes que formam o arcabouço teórico da UFSB, como Paulo Freire, Milton Santos, Anísio Teixeira, entre outros.
E a aula deste sábado (primeira foto) - 19/08 - do CC Universidade e Sociedade foi justamente uma discussão acerca da vida e contribuição de Anísio Teixeira à Educação, primordialmente à Educação Pública em nosso país, desde a Básica até a Superior. Nesta aula, nossa turma saiu do CUNI Coaraci e se juntou com a turma da sede em Itabuna.
Anísio Teixeira e, devo dizer, nasceu em 12/07 (data do meu aniversário) em 1900, tinha realmente um espírito inquieto e provocador de mudanças, tal como mostra toda a revolução que causou da educação brasileira onde deixa seu legado até a atualidade e provoca novas reflexões para o futuro.
Analisamos o ideal de escola pública de Anísio Teixeira - a Escola Pública, Laica e Obrigatória - a partir do princípio de que a "Educação não é um privilégio". Depois discutimos algumas problemáticas do ensino superior como a meritocracia e as cotas raciais. O tempo foi pouco, quando nos demos conta a aula que começara às 8h e 30 estava em pleno aquecimento às 12h e 50.

A aula da Sexta-Feira a noite do CC Campo da Educação, não foi diferente em termos de qualidade e levantamento de algumas discussões. Na sexta enquanto utilizávamos a pipoqueira nova que a professora trouxera e comíamos muita pipoca, experimentávamos também novas conformações e perspectivas para a Educação Atual. Discutimos o papel da educação neste novo contexto político e frente a Era da Informação. Pensamos quais perspectivas podemos apontar para a educação nesse início do Terceiro Milênio e formulamos alguns temas sobre aspectos dessa "nova educação".

Analisamos essas e outras questões a partir do texto de Gadotti (2000) que fala sobre o novo panorama da educação no século XXI e que as novas práxis pedagógicas devem dar suporte à nova educação levando em consideração as novas conformações sociais, políticas e tecnológicas. Estas discussões deram suporte para a formulação de um seminário que apresentaremos em breve.
Nesta última foto estamos (da direita para esquerda) Adonias, Ana Carolina e eu, comendo pipoca durante a aula de sexta.




CONTINUUM: Da Oralidade para a Escrita


Componente Curricular: Língua, Território e Sociedade
Docente: Angela Sivalli Ignatti

CONTINUUM: Da Oralidade para a Escrita
Texto em: MARCUSCHI, Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 2010. (p. 35 a 49)
Acesse o Texto Aqui

A língua falada e a língua escrita são antagônicas entre si? A língua escrita acompanha a língua fala e vice-versa? Estas questões geralmente vêm acompanhadas de preconceitos linguísticos que apontam fala e escritas como modalidades de linguagem em polos distantes e diferentes. A leitura do texto de Marcuschi contudo, sugere outro pensamento: o Continuum entre a fala e a escrita.
As diferenças entre fala e escrita não se concentram nestas enquanto modalidades da língua, mas nas realidades sociais que compõem a utilização destas modalidades, que se agrupam e se desenvolvem na pratica da linguagem para comunicação das pessoas. Assim sendo, a gama de influencias sociais que determinado grupo de pessoas pode fazer uso determinara como ela produz (ou reproduz) a linguagem nas suas modalidades escrita e/ou falada.
A hipótese que defendemos supõe que: as diferenças entre fala e escrita se dão dentro do continuum tipológico das práticas sociais de produção textual e não na relação dicotômica de dois polos opostos. Em consequência temos a ver com relações de vários planos, surgindo daí um conjunto de variações e não uma simples variação linear (MARCUSCHI, 2010, p. 37)

Marcuschi ainda aborda este pensamento - o de antagonismo entre fala e escrita - como um equívoco de muitos autores:
Veja-se, por exemplo, como no gráfico 3 fica claro o equívoco de muitos autores que consideram a fala como dialogada e a escrita como monologada, confundindo uma das formas de textualização da fala com a própria modalidade. Basta observar o agrupamento e a distribuição dos gêneros textuais representados no gráfico para perceber como a distribuição das modalidades é muito mais complexa do que se podia imaginar. (MARCUSCHI, 2010, p. 42)

O Equívoco apontado está em considerar apenas a fala e a escrita como dois polos distantes e diferentes de composição da linguagem sem observar as variações dos processos e das práticas de utilização dessas modalidades e que as ligam de acordo com o gênero textual que se entende ser adequado ao momento e ao contexto. São justamente estas variações, chamadas de Continuum entre a fala e a escrita que se contrapõem ao equívoco de muitos autores. Marcuschi aponta que os autores que consideram a fala somente como dialogada e a escrita como monologada, ignoram o contínuo dos gêneros que como coloca: são as convocações, comunicados, anúncios classificados, noticiário de rádio, noticiário de tv, explicações técnicas, etc.
Portanto, a nova concepção a que Marcuschi se refere está ligada à sua sugestão de "diferenciação gradual ou escalar" entre a fala e a escrita, eliminando o entendimento da pura dicotomia entre elas. A concepção de que a língua pressupõe um fenômeno heterogêneo, variável, histórico e social, que é indeterminado pelo ponto de vista semântico e sintático e que se manifesta em situações de uso concreta como texto e discurso. O autor diz que: para que haja o funcionamento pleno da língua, é necessário que se faça a contextualização para a produção e recepção, pois a organização linguística dos textos se dá no uso da língua como atividade situada.
A ideia de Marcuschi se aprimora no entendimento de que a fala e a escrita variam à medida em que uma modalidade se adequa a outra pelo contexto com que são utilizadas, descontruindo assim a ideia de que a fala e a escrita são antagônicas entre si. Portanto, o pensamento que reforça a distinção entre fala e escrita não se adequa a proposta feita por Marcuschi.

Fique Sabendo: 10 Mudanças da Reforma Trabalhista


Continue Caminhando!


As vezes, o caminhar é lento, mas o importante é não parar.
Mesmo um pequeno progresso é um avanço na direção certa.
E qualquer um é capaz de fazer um pequeno progresso.
Se você não pode conquistar algo importante hoje, conquiste algo menor.

Pequenos riachos se transformam em rios poderosos.
Continue em frente!
O que de manhã parecia fora do alcance, pode ficar mais próximo à tarde se você continuar em frente.
O tempo que usar trabalhando com paixão e intensidade aproximará você do seu objetivo.

É bem mais difícil começar de novo se você parar completamente.
Então, continue em frente.
Não desperdice a chance que você tem hoje.
Existe algo que pode ser feito agora mesmo.

Caminhe rápido enquanto puder.
Caminhe lentamente quando for preciso.
Mas, seja o que for, continue caminhando.

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

A Carta de 2070


Componente Curricular: Experiências do Sensível
Atividade sobre vídeo assistido em sala sobre a Carta de 2070:


O vídeo apresentado durante a aula é uma leitura da “carta de 2070” que apesar de fictícia é uma advertência acerca dos hábitos de consumo da água, seu valor para a humanidade e o quanto a falta dela traz prejuízos irreversíveis para todos.
Acredito que o texto busque conscientizar o consumo de agua e de utilização do meio ambiente apresentando um mundo extremamente caótico daqui a 53 anos.
Cuidar do planeta talvez seja a palavra chave para a solução de problemas ambientais apontados no vídeo. Contudo esta precisa ser ação não individual, mas coletiva, agregando governos, empresas, comunidades, famílias...
Penso que se o governo tecer uma legislação eficiente que aproximem as empresas ao que é considerado consumo adequado da agua, assim como os grandes produtores agrícolas e pecuários, deve possibilitar um reparo eficiente sobre as questões de consumo de água.
As escolas públicas e privadas também devem adotar uma política educacional mais precisa e eficaz nesse aspecto, influenciando alunos, famílias e comunidades a mudarem suas formas de consumo da água.


Acessar Texto

Fique Sabendo: Presidentes do Brasil (1889 - 2017)


Perspectivas Atuais da Educação (Fichamento)

Qual o papel da educação neste novo contexto político? Qual é o papel da educação na Era da Informação? Que perspectivas podemos apontar para a educação nesse início do Terceiro Milênio? Para onde vamos? Essas e algumas questões são pontuadas no texto de Gadotti (2000) ao falar sobre o novo panorama da educação no século XXI. As novas conformações pedagógicas devem dar suporte à nova educação levando em consideração as novas conformações sociais, políticas e tecnológicas.

Para melhor compreensão do tema disponibilizo um fichamento do texto: 



Referência:
GADOTTI, Moacir. Perspectivas Atuais da Educação. São Paulo em Perspectiva, 2000. 



quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Experiências do Sensível: FOLHAS


Esta atividade consistiu em tecer reflexões sobre nossa visão e o que há de estabelecido cientificamente acerca de uma planta por nós escolhida, se maneira aleatória ou não. Abaixo as descrições a planta que coletei.

Descrição própria do ramo:

A nome da planta é por descondecido, e foi encontrada no caminho para casa (na frente da casa de um vizinho). Os ramos contêm várias folhas e apresenta sempre algumas flores na extremidade. As flores são pequenas e de cor roxa, aparentemente resistentes com pequenas pétalas bem rígidas. Todo o galho possui folhas verdes e que aumentam de tamanho à medida em que se distanciam da flor. A cor da flor se destaca no verde e deixa a planta mais estética.


Descrição técnica do ramo:

Em termos científicos a planta pertence à família Amaranthaceae (família de plantas angiospémicas), se localizam geralmente em área de jardim e tem haste flexível. Podem ser plantadas através dos ramos plagiotrópicos, o que quer dizer que a propagação da planta pode ser feita através dos talos. As flores na verdade estão dentro do conjunto de brácteas roxas, portanto são inflorescências. Geralmente são hermafroditas.

Experiências do Sensível

Componente Curricular: Experiências do Sensível
Docente: Fernando Mauro Pereira Soares (Lattes)

VER TODAS AS POSTAGENS DESTE COMPONENTE

Ementa: Discussão, análise, comparação, e construção de experiências sensíveis destinadas a provocar e instigar a curiosidade e a construção de saberes de maneira interdisciplinar. A relação com o território é o tema que perpassa as experiências do sensível e potencializa as subjetividades.

Perceber, se conectar e interpretar o mundo à sua volta está além de assistir a edição do telejornal para hoje, ou verificar a variação do dólar, está além (muito além) da senha que lhe dá acesso à rede wi-fi. Aprimorar nossa visão de mundo a partir dos conhecimentos adquiridos na escola, em casa, na rua, na vida, nos garante um entendimento maior do ser autônomo, ser criativo, ser social, ser gente.
Quantas vezes 'despercebemos' o espaço ao redor em detrimento de uma busca incessante de saberes institucionalizados e fracassamos cultural, social e humanamente? A partir desta reflexão, algumas coisas simples são analisadas no roteiro de Experiências do sensível, como a água, a terra, as plantas, sementes, os sons, o vento... os sentimentos, as artes, as experiências, as vivências, passado, presente e futuro...

Gosto de frase se Aristóteles que diz: "Não há inteligência se não há sensibilidade, não há intelecto sem antes passar pelos sentidos."


Fontes:
Site da UFSB
Plano de Ensino-Aprendizagem

Plano Pedagógico Curricular da Licenciatura Interdisciplinar

Campo da Educação: Saberes e Práticas

Componente Curricular: Campo da Educação: Saberes e Práticas
Docente: Gilmara dos Santos Oliveira (Lattes)

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Ementa:
Cenários da educação no Brasil, Bahia e Região Nordeste; Especificidades do trabalho docente e da constituição dos saberes profissionais docentes; Educação popular e emancipatória.


Fontes:

Plano Pedagógico Curricular da Licenciatura Interdisciplinar

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Ainda Sobre 'Mariposas'



Ainda sobre as discussões sobre Etnomatemática e o estudo da tradição Bora, formulamos em trio esta mariposa (primeira foto). Na foto abaixo, Alberício, eu e Everlon (da esquerda pra direita), construímos a 'mariposa' com terno ordenado (1,4,3), representado da seguinte forma (a,b,c), onde - considerando o menor quadrado como unidade de medida - a, é a dimensão do centro (01); b, é a quantidade de anéis (contando com o centro) (4) e; c é dimensão dos anéis depois do centro (03).

A mariposa foi construída com tiras de cartolina guache de 03cm de largura, escolhemos as cores azul e preta, vedamos com fita adesiva, a medida da mariposa foi de 57cm de largura por 57cm de altura e utilizamos 38 fitas.



As Gotas D'água



Os oceanos são a soma dos rios. Os rios, a soma dos riachos, córregos e fontes.
As cisternas, os poços são a soma de milhares e  milhares de gotas, se as gotas não se somassem não teríamos nem os oceanos, nem os lagos e nem os rios d'água perto das grutas.
A força dos rios está na soma de pequenas gotas d'água. A unidade das gotinhas gerou a construção de milhares de usinas hidrelétricas. Sem a água, muitas cidades estariam ainda em trevas. Passariam a noite sob a luz das lanternas a gás e dos lampiões a querosene.
São necessários muitos meses de seca e de calor exagerado para secar um açude, uma barragem, um lago ou um tanque de água... Mas uma gotinha solta sobre a pedra desaparece em poucos instantes. Por que? Por que não se uniu, não se agregou, não deu as mãos, sua colaboração às milhares de outras gotinhas. Por isso enfraqueceu-se e o inimigo tragou-a vorazmente. A gota d'água vence os calores do verão somente se estiver unida às milhares de gotas.
Assim somos nós: isolados somos fracos, vorazmente engolidos pelos outros, pelas dores, pelas dificuldades. Quando lutamos juntos, vencemos os grandes inimigos. Quando damos nossas mãos aos milhares de irmãos, vencemos as maiores secas, as torrentes das dificuldades.
Unamo-nos, com o coração e alma aos nossos irmãos. Na unidade estará nosso sucesso; e na unidade encontramos forças suficientes para vencermos os inimigos que querem nos devorar; são inimigos da paz, da concórdia... Um povo unido vence as grandes batalhas.
Eis o segredo: a comunhão entre nós.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Ensinar Não é Transferir Conhecimento (Fichamento)

Olá,
Gostaria de compartilhar um fichamento feito durante a leitura do Capítulo 02 - Ensinar não é transferir conhecimento, na obra Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire.

Para ter acesso ao documento acesse o link abaixo:

Fichamento: Ensinar Não é Transferir Conhecimento - Paulo Freire


Fichamento do texto em:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa 25ª Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (p. 21 a 35)

Etnomatemática: Minha Primeira 'Mariposa'



O conceito de Etnomatemática, mudou minha visão sobre o "saber" e o "saber fazer" matemáticos, que estavam presos ao que eu percebia (e as impressões que formei) sobre Matemática ao longo do ensino fundamental e médio. O ensino institucionalizado de Matemática que tive não contemplava os saberes culturais, artísticos, sociais e históricos para a experimentação da matemática a partir da minha (e de outras) visões de mundo.

As primeiras aulas de Matemática e Espaço que tivemos enquanto discentes da UFSB traçaram um paralelo entre a Matemática tradicionalmente estudada e a Etnomatemática, capaz de adequar-se ao contexto sociocultural e garantir as relações de ensino-aprendizagem.

A Etnomatemática surge então, como um contraponto ao paradigma da universalidade da Matemática, buscando contextualizar-se à cultura local, funcionando como mecanismo de valorização da cultura e como fonte de intercâmbio para o conhecimento de outros contextos socioculturais.

A partir do entendimento da Etnomatemática como metodologia de ensino conhecemos aspectos culturais como as trançados amazônicos da Tradição Bora presentes na obra de Guerdes (2013).

Na primeira atividade, tive a oportunidade de fazer a primeira 'mariposa' (fotos) inspirada na Tradição Bora, depois de aplicados os 'caminhos' matemáticos para cálculo do número de fitas utilizadas na confecção e entendimento das dimensões para nomeação da mariposa que, neste caso, é representada pelo terno (1,3,2).




Referências:
GERDES, Paulus. Geometria e Cestaria dos Bora na Amazônia Peruana. Morrisville, NC: Lulu Enterprises, 2013.



Matemática e Espaço

Componente Curricular: Matemática e Espaço
Docente: Joel Pereira Felipe (Lattes)


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Ementa:
Fazeres e saberes oriundos de diferentes contextos histórico-culturais. Etnomatemática. Trançados amazônicos do povo indígena Bora. Cálculo de área. Simetria. Geometria Sona de Angola. Ângulos. Máximo Divisor Comum. Relações entre matemática e arte. Pavimentação e mosaicos.  Polígonos regulares. Soma dos ângulos internos de um polígono regular. Medida do ângulo interno de um polígono regular. Obras e técnicas de Maurits Cornelis Escher. Fractais. Geometria das Transformações. Reflexão, translação e rotação. Dilação. Congruência e Semelhança.
Objetivo(s) Geral(is)
- Contribuir para a formação geral do estudante por meio de uma abordagem que fomente a matemática como construto humano desenvolvido em distintas realidades socioculturais e em estreita relação com a arte.

Objetivos Específicos
- Sensibilizar o estudante para a intrínseca relação existente entre conhecimento e seu contexto de produção;
- Explorar na construção dos saberes matemáticos, em uma aproximação ao universo artístico, a perspectiva da diversidade.
- Despertar no estudante, interesse para aspectos de cunho inter e transdisciplinar em que o conhecimento matemático se faz presente;
- Visitar novos contextos, mobilizando as formas geométricas, colorindo-as, movimentando-as, ampliando a visão de espaço comumente alimentada por modos tradicionais de se conceber a matemática;
- Motivar o estudante a exprimir-se matematicamente por meio da cultura e da arte;
- Construir a autonomia e o protagonismo do estudante como sujeito que deseja aprender matemática, e não ser objeto dela;
- Promover uma mostra artístico-cultural que possa fomentar competências de natureza matemática, artística e organizacional nos estudantes, protagonistas do evento.


Bibliografia Básica

GERDES, Paulus. Geometria e Cestaria dos Bora na Amazônia Peruana. Morrisville, NC: Lulu Enterprises, 2013.

GERDES, Paulus. Geometria Sona de Angola: matemática duma tradição africana. Morrisville, NC: Lulu Enterprises, 2008. 

PINHO, José L. R.; BATISTA, Eliezer; CARVALHO, Neri T. B. Geometria I. Florianópolis: EAD/UFSC/CED/CFM, 2010.


Fontes:
Site da UFSB
Plano de Ensino-Aprendizagem

Plano Pedagógico Curricular da Licenciatura Interdisciplinar

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Acredita e Agir



Um viajante ia caminhando em solo distante, às margens de um grande lago de águas cristalinas. Seu destino era a outra margem. A voz de um homem de idade, um barqueiro, quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. Logos seus olhos perceberam o que parecia ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, o viajante pôde observar que se tratava de duas palavras: num deles estava entalhada a palavra "ACREDITAR" e no outro, "AGIR".

Não podendo conter a curiosidade, o viajante  perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos. O barqueiro respondeu pegando o remo chamado "acreditar" e remou com toda a força. O barco então começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida pegou o remo "agir" e remou com todo vigor. Novamente, o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos navegou através das águas do lago chegando ao seu destino, à outra margem. Então o barqueiro disse ao viajante.
- Este ponto se chama "autoconfiança". Simultaneamente, é preciso acreditar e também agir para que possamos alcançá-lo.

Na nossa vida acontece do mesmo jeito: se quisermos realmente chegar onde queremos não basta acreditar, é preciso também agir.

A Quarta Missão da Universidade (Fichamento)

Olá,
Para compreender melhor as transformações da Universidade ao longo do tempo, seus modelos e o panorama atual do Ensino Superior, elaborei este fichamento de citações.

Para ter acesso ao documento acesse o link abaixo:

Fichamento: A Quarta Missão da Universidade.


Fichamento do texto em:
SANTOS,  Fernando Seabra; FILHO, Naomar de Almeida. A Quarta Missão da Universidade: Internacionalização Universitária na Sociedade do Conhecimento. Imprensa da Universidade de Coimbra / Editora UnB. Coimbra, 2012. (p. 01 a 48)


Universidade e Sociedade

Componente Curricular: Universidade e Sociedade
Docente: Regina Soares de Oliveira (Lattes)

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Ementa:
O componente curricular busca propiciar a reflexão sobre a estrutura e desenvolvimento histórico das Universidades no mundo ocidental e no Brasil, em seus vínculos com o Estado, com as sociedades, a cultura e os indivíduos, com destaque às formas de organização do trabalho pedagógico e a posição dos sujeitos educandos na formação social da universidade e da sociedade, problematizando a relação público-privado na educação brasileira e seus impactos no atual quadro do ensino superior no Brasil, debatendo suas consequências para a região Nordeste e para a Bahia, especificamente. Busca também compreender o pensamento de Paulo Freire e Anísio Teixeira na constituição de um novo modelo de universidade brasileira, assim como analisar e compreender o modelo pedagógico da UFSB e os eixos norteadores de sua constituição.

Objetivo(s) Geral(is):
● Possibilitar aos estudantes refletir sobre suas histórias de vida enquanto sujeitos, sua origem, posição de classe
e inserção na universidade e na sociedade;
● Discutir o papel da universidade e suas contribuições às sociedades, às comunidades e à educação brasileira;
● Compreender o processo de formação na universidade no Brasil e no mundo, situando a UFSB neste contexto.

Objetivos Específicos (por módulos):

I) Unidade 1: Problematização sobre os sujeitos e suas ações.
● Compreender quais os caminhos os estudantes percorreram até sua chegada ao ensino superior;
● Aproximar os sujeitos por meio da escuta de suas histórias;
● Debater as regras de conduta presentes no cotidiano universitário e quais valores embasam essas regras;
● Afiliar o estudante a turma, ao docente, ao modelo universitário;
● Conseguir perceber os indivíduos por meio de suas crenças, histórias e valores;
● Pensar o estudante como sujeito político.


II) Unidade 2: A Universidade no contexto brasileiro e mundial
● Compreender o papel da Universidade na história das sociedades ocidentais;
● Analisar o surgimento do ensino superior no Brasil;
● Verificar como o ensino superior serviu de elemento de separação entre classes e os grupos sociais;
● Compreender e debater alguns teóricos que embasam a criação da UFSB;
● Problematizar o impacto do modelo e da instalação da UFSB na região sul baiana e suas possibilidades de atuação.

III) Unidade 3: Aproximações entre a Universidade e comunidade
● Pesquisar e analisar os índices da Educação Básica e Superior no sul da Bahia;
● Conhecer as principais dificuldades de acesso ao ensino superior;
● Levantar alguns problemas locais onde a universidade poderia intervir;
● Aproximar os estudantes da UFSB de espaços comunitários

Bibliografia Básica:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2002. Disponível em:
http://forumeja.org.br/files/Autonomia.pdf. Acesso em 07.jul.2017
Plano Orientador da UFSB. Disponível em: http://ufsb.edu.br/plano-orientador/. Acesso em 05.maio.2016

SANTOS, Boaventura de Sousa; ALMEIDA-FILHO, Naomar. A Universidade no Século XXI - Para uma Universidade Nova. Coimbra: Almedina, 2008. Disponível em: https://ape.unesp.br/pdi/execucao/artigos/universidade/AUniversidadenoSeculoXXI.pdf. Acesso em 08.jul.2017

SANTOS, Boaventura de Sousa. Da universidade à pluriversidade: Reflexões sobre o presente e o futuro do ensino superior. Entrevista com Boaventura Santos. Entrevistadores:
Manuela Guilherme e Gunther Dietz.   Revista Lusófona de Educação, 31, 201-212. 2015. Disponível em: http://revistas.ulusofona.pt/index.php/rleducacao/article/viewFile/5388/3408. Acesso em 07.jul.2017.

SEABRA- SANTOS, Fernando; ALMEIDA FILHO, Naomar. A Quarta Missão da Universidade. Coimbra/Brasília: EduCoimbra/EdUNB, 2012.

TEIXEIRA, Anísio. Uma perspectiva da educação superior no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.50, n.111, jul./set. 1968. p.21-82. Disponível em: www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/perspectiva.html. Acesso em 08.jul.2017

Fontes:
Site da UFSB
Plano de Ensino-Aprendizagem
Plano Pedagógico Curricular da Licenciatura Interdisciplinar

domingo, 13 de agosto de 2017

SÍNTESE - Preconceito Línguístico de Marcos Bagno

Componente Curricular: Língua, Território e Sociedade
Docente: Angela Sivalli Ignatti
Discente: Erivelton Souza Campos

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Atividade: Elaborar uma síntese sobre os quatro mitos, de Marcos Bagno.

Texto encontrado em:
BAGNO, Marcos – Preconceito Linguístico o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1999 (p. 15 a 45)

Mito 01: “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”

O autor apresenta ao longo do texto alguns mitos que fomentam o preconceito linguístico presentes na língua portuguesa brasileira. O primeiro mito é apresentado como o maior e mais sério deles. Pensar a língua portuguesa no Brasil como uma única língua faladada de uma única forma desconsidera o peso sociocultural do regionalismo brasileiro e o contexto histórico de desenvolvimento dessa língua e dessa sociedade. Este mito reconhece a gramática ensinada e institucionalizada na escola contrariando a personalidade linguística de cada meio, num país continentalmente grande e diverso. Além da grande extensão territorial brasileira a injustiça social também se configura grande fator de diversidade e variabilidade da língua. O autor esclarece que, assim como existem “milhões de brasileiros sem terra, sem escola, sem teto, sem trabalho, sem saúde,” se este primeiro mito fosse verdade, seria necessário considerar que existem também “milhões de brasileiros sem língua.”  Por conta do desprestígio recebido pelas variedades linguísticas que não se enquadram perfeitamente ao modelo gramatical adotado pela norma culta, “muitos brasileiros deixam de usufruir de diversos serviços a que têm direito, simplesmente por não compreenderam a linguagem empregada pelos órgãos públicos. ” Bagno também ressalta que o ensino da língua portuguesa nas escolas deve respeitar as diversidades linguísticas dos educandos para melhor desenvolvimento e planejamento das políticas educacionais.

Mito 02: “Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem português”

Assumir que o brasileiro não sabe falar português, levando em consideração apenas o modelo linguístico falado em Portugal, refletem segundo o autor, um complexo de inferioridade nutrido pela ideia de Brasil Colônia. Problema maior é que muitos intelectuais sustentam essa ideia, classificando a língua falada no Brasil como uma “corrupção” da língua portuguesa. Há de se considerar que o brasileiro exportou a sua língua e a fez reconhecida através das produções artísticas e literárias propriamente nacionais. O autor ainda aborda que “quando dizemos que no Brasil se fala português, usamos esse nome simplesmente por comodidade e por uma razão histórica. Como a gramática brasileira ainda recebe forte influência do tradicionalismo português, ainda hoje os brasileiros assumem a ideia de inferioridade no modo de falar português no Brasil em detrimento do modo de falar português em Portugal.

Mito 03: “Português é muito difícil”

O terceiro mito considera que a gramática portuguesa seja difícil justamente por esta se estabelecer sob a influência da norma gramatical de Portugal, desconsiderando as formações e transformações linguísticas que aconteceram e acontecem no Brasil. Intuitivamente, todo falante nativo fala bem sua própria língua, pois é capaz de empregar sem dificuldades as regras básicas de funcionamento dela. O problema no Brasil é que a língua ensinada tradicionalmente não se adequa ao uso brasileiro do português. Esta problemática se acentua quando depois de passadas as etapas de ensino fundamental e médio, os brasileiros ainda não conseguem compreender a norma culta e aplicá-la. Por fim, a ideia de “português difícil” propagada apenas alimenta um mercado que se forma em torno da “incapacidade” do brasileiro de se adequar à norma culta e para garantir poder às classes sociais privilegiadas.


Mito 04: “As pessoas sem instrução falam tudo errado”


O quarto mito ignora a legitimidade linguística das pessoas que não tem acesso à norma culta. Por sustentar o paradigma do primeiro mito, o de que o brasileiro tem uma única forma de falar o português, todas as variações linguísticas, fruto do processo de formação da sociedade brasileira, dos contextos socioculturais e regionais do país, são anuladas. O autor aborda que, “na visão preconceituosa dos fenômenos da língua, a transformação de L em R nos encontros consonantais como em Craudia, chicrete, praca, broco, pranta é tremendamente estigmatizada e às vezes é considerada até como um sinal do “atraso mental”. Como as pessoas que pronunciam palavras trancando o L pelo R pertencem a uma classe social desprestigiada, o preconceito a eminentemente ligado à questão não apenas linguística, mas social. O quarto mito diz respeito ao preconceito linguístico que é decorrente de um preconceito social.

Língua, Teritório e Sociedade

Componente Curricular: Língua, Território e Sociedade
Docente: Angela Sivalli Ignatti (Lattes)

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Ementa:

Trabalho com as habilidades de leitura de textos e produção de sentidos, a partir de eixos temáticos integradores, para a afirmação da subjetividade, a formação crítica e o aperfeiçoamento de competências discursivas.

Objetivo(s) Geral(is):
Leitura, interpretação de textos e expressão oral e escrita para a reflexão sobre a língua como instrumento de trabalho social, histórico, estético, cognitivo; escrita de textos diversos.

Objetivos Específicos:
- Desenvolver a habilidade de ler e interpretar de forma crítica ideias e opiniões a partir de textos de diferentes gêneros e esferas de circulação.
- Conscientizar-se de que a língua cria e veicula uma visão do mundo e de que a sociedade resulta de um processo histórico.
- Aperfeiçoar habilidades de relacionar fatos, opiniões, certezas, hipóteses, causas, consequências, ideias, sentimentos etc.
- Identificar e superar uma visão mundo redutora e estereotipada, assumindo compromissos frente à realidade.
- Desenvolver atitudes de solidariedade para com a comunidade.

Bibliografia Básica:
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 2005. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2004
ORLANDI, Eni. O estatuto do texto na história da reflexão sobre a linguagem. In: ______. Discurso e texto: formulação e circulação dos sentidos. Campinas, SP: Pontes, 2001.

Bibliografia Complementar:
CHARAUDEAU, Patrick. Linguagem e discurso: modos de organização. Trad. org. Angela M. S. Correa, Ida L. Machado. São Paulo: Contexto, 2008.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23. ed. São Paulo: Cortez, 1989.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender: os sentidos do texto. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2008.
YUNES, E. Leitura, a complexidade do simples: do mundo à letra e de volta ao mundo. In: ______. (org.). Pensar a leitura: complexidade. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2002,  p. 13-5



Fontes:
Site da UFSB
Plano de Ensino-Aprendizagem

Plano Pedagógico Curricular da Licenciatura Interdisciplinar


A Jabuticabeira


Um jovem se aproximou de um senhor idoso e perguntou:
- Que planta é esta que o senhor está cuidando?
- É uma jabuticabeira - respondeu o velho.
- E ela demora quanto tempo para dar frutos?
- Ah, pelo menos uns quinze anos - informou o homem.
- E o senhor espera viver tanto tempo assim? - indagou, irônico, o rapaz.
- Não, não creio que viva tudo isso, pois já estou no fim da minha jornada. Disse o ancião.
- Então, que vantagem você leva com isso, meu velho?
E o velhinho respondeu calmamente:
- Nenhuma, exceto a vantagem de saber que ninguém colheria jabuticabas se todos pensassem como você...


Que seria de nós, se não plantássemos hoje a semente que servirá de alimento amanhã?
Não podemos estar voltados somente para nós mesmos. Temos que pensar, também, nas gerações que
estão por vir. Temos que dar nossa colaboração. Muitas medidas tomadas hoje repercutirão no futuro.
Tomara que você sinta orgulho de poder fazer, de alguma forma, parte dele e ter dado a sua contribuição.

A Colheita da Vida


Somos agricultores da vida, a princípio vemos a imensidão da terra que temos que cuidar,
ficamos olhando e sentindo o quanto teremos que trabalhar diante desta terra.
Muitos de nós não queremos o trabalho de sol a sol, então nos contentamos em apenas
jogar algumas sementes ao solo e deixa-las lá.
E desta forma achamos que mais tarde poderemos voltar
e fazer uma colheita com muitos frutos.
Mas quando voltarmos para nossa colheita, seremos surpreendidos pelo solo seco
e sem nenhum fruto a ser colhido, porque não fizemos o nosso trabalho
como deveríamos ter feito.
Por isso, diante do solo e da responsabilidade de cultivarmos este solo,
devemos ter a capacidade de semear e cuidar da nossa lavoura, porque desta forma
quando voltarmos para a colheita poderemos vivenciar a benção de ter feito
o nosso trabalho como agricultores responsáveis que devemos ser.
Encontraremos frutos sólidos e fortalecidos, porque fizemos com responsabilidade
a nossa parte no solo da vida; e assim a colheita que teremos nos dará novas sementes
para podermos cultivar e cuidar, para que novos frutos possam ser colhidos
e distribuídos mais adiante.
Faça o cultivo de sua vida com responsabilidade e dedicação, para que quando
voltares para a colheita não seja surpreendido pelo solo infértil e doente pela
falta de responsabilidade pelo trabalho da vida.

sábado, 12 de agosto de 2017

Apresentação do Blog

Olá,
Meu nome é Erivelton Campos, tenho 26 anos e estudo da Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB.
Este blog se destina a registrar e compartilhar o percurso que faço enquanto discente da UFSB. Orientado a princípio pelo professor Joel Felipe do Componente Curricular "Matemática e Espaço" no primeiro quadrimestre do curso, Este espaço funciona como um "diário de bordo" onde deixarei registradas todas as atividades e experiências acadêmicas a partir do dia 03 de julho de 2017 (ou antes disso). #fiqueporperto