quarta-feira, 25 de julho de 2018

Tendências Pedagógicas (Quadro Comparativo)


Como conceito de Tendências Pedagógicas temos: As diversas teorias filosóficas que pretenderam dar conta da compreensão e da orientação da prática educacional em diversos momentos e circunstâncias da história humana (LUCKESI, 1990, p. 53).

Abaixo, temos um quadro comparativo das Tendências Pedagógicas Liberais e Progressistas.

(clique na imagem para visualizar melhor o quadro)

segunda-feira, 23 de julho de 2018

DAYRELL: A Escola Como Espaço Sociocultural - Fichamento

Quero compartilhar um fichamento feito a partir da leitura do artigo "A Escola Como Espaço Sociocultural" de Dayrell.

A autor faz algumas reflexões e críticas sobre os padrões de escola e educação atuais, estabelecidos principalmente nas escolas públicas das periferias.
A escola é observada em algumas de suas dimensões a partir de sua diversidade cultural.

Para acessar o fichamento CLIQUE AQUI.



domingo, 22 de julho de 2018

Planejamento e Avaliação

Componente Curricular: Planejamento e Avaliação
Docente: Maristela Midlej Silva de Araújo Veloso (Lattes)

VER TODAS AS POSTAGENS DESTE COMPONENTE



Ementa: Bases teórico-práticas do planejamento e da avaliação da gestão e dos processos de ensino e aprendizagem; Modelos e modalidades de Planejamento e Avaliação; Oficinas de planos, planejamento e avaliação; Construção de metodologias diversas de avaliação nas ciências humanas.

Objetivos Gerais:
Objetivos Específicos:

Bibliografia Básica:
FREITAS, Luiz C. de; SORDI, Maria R. L. de; MALAVASI, Maria M. S.; FREITAS, Helena C. L. de. Avaliação Educacional: caminhando pela contramão. 6ª .ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da préescola à universidade. Porto Alegre; Editora Mediação, 2009.
PADILHA, P. R. Planejamento Dialógico: como construir o projeto político pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.

sábado, 21 de julho de 2018

Planejamento, Avaliação e Aprendizagem para Luckesi e Silva

LUCKESI, Cipriano Carlos. Planejamento e Avaliação na Escola: articulação e necessária determinação ideológica. [p. 115 – 125]

SILVA, Janssen Felipe da. Avaliação do Ensino e da Aprendizagem numa Perspectiva Formativa Reguladora. [pag. 7-17] Em: SILVA, J. F.; HOFFMANN, J. e ESTEBAN, M. T. Práticas Avaliativas e Aprendizagens Significativas: Em Diferentes Áreas do Currículo. Porto Alegre: Mediação, 2003.
 

Os dois autores abordam questões necessárias à prática pedagógica na escola numa conversa entre planejamento e avaliação no processo de ensino e aprendizagem. Luckesi aborda fortemente a dimensão político-social do planejamento e a avaliação como crítica da ação pedagógica, já Silva levanta discussão sobre Aprendizagens Significativas considerando a avalição como eixo dinamizador que dialoga com teoria e prática pedagógica na modernidade.

 Luckesi, inicia defendendo a intencionalidade da ação humana, esboçando um caminho entre fins e meios através do planejamento. Ao defender esta premissa ele enfatiza que toda ação humana seja ela individual ou coletiva, acarretara resultados que afetaram o outro e o ambiente no seu entorno numa escala micro ou macro, sendo, portanto, política toda ação humana. Desta forma o autor relaciona o ato de planejar à ação humana coletiva elencando pensamentos como a importância do comprometimento ideológico. Assim, planejar não é ato neutro, mas “ideologicamente comprometido”. Contudo, a bibliografia e os pensamentos existentes parecem reforçar justamente a neutralidade do ato de planejar, configurando-o apenas como ação exclusivamente técnica.

O que o autor tenta retificar é que o planejamento não deve ser unicamente político ou social, assim como não deve ser unicamente técnico. A partir disso, planejamento é abordado sob diversas vertentes, e primordialmente a gerencial, voltada para a administração dos recursos frente a escassez. E com esta realidade o autor critica o que tem sido o planejamento da prática escolar e como ele deve ser. O que o autor demonstra defender é que o planejamento deva ser encarado como algo dinamizado e dinamizador, capaz de se adaptar à realidade mutável e cotidiana assim como abastecer o engajamento profissional da relação teoria e prática. Portanto, a atividade pedagógica de planejar deve considerar ações individuais e coletivas ao mesmo tempo a partir de instrumentos necessariamente adaptativos. Para finalizar, o Luckesi apresenta a avaliação como um instrumento importante à construção do projeto de ação, que aponte para alternativas de melhorias subsidiando o planejamento e a execução do projeto concomitantemente, garantindo que decisões sejam tomadas garantindo o reconhecimento da dinâmica pedagógica dentro da escola.
 
Janssen Felipe por sua vez aborda inicialmente as novas conformações sociais na pós modernidade com suas ressignificações, e levanta um questionamento digno de ser aplicado ao contexto atual das escolas básicas: A escola básica deve treinar os alunos para a seleção do vestibular ou prepara-los para a vida, para além do mercado? Ora, se por um lado a questão evidencia o dilema atual que torna a escola refém das forças de mercado, por outro lado o aturo traz à luz a importância e o papel da escola na sociedade: formar cidadãos e fomentar a justiça e o controle dos danos sociais.  Neste contexto o autor apresenta o paradigma das Aprendizagens Significativas, que considera a ressignificação do processo de ensino e aprendizagem onde o conhecimento compreendido como uma “construção histórica e social dinâmica que necessita de contexto para poder ser entendido e interpretado”

Para que isto se efetive, torna-se necessária uma aproximação mais fidedigna entre a produção teórica das ciências da educação, para que o ensino cumpra seu papel real de garantir o espaço e os meios para viabilização das aprendizagens. Portanto, numa sociedade em que a escola básica tende a se homogeneizar, torna-se necessário elaborar, planejar e efetivar o trabalho pedagógico com base no reconhecimento das diferenças, na promoção de oportunidades iguais e no diálogo entre formas de ensinar e aliar teoria e prática. O autor apresenta então, a avaliação a partir do paradigma já abordado, o das Aprendizagens Significativas. Deste modo o processo de avaliação garante o arcabouço de informações necessárias para as mudanças e melhorias no processo ensino aprendizagem, de modo que, quando mais diversos forem os instrumentos de avaliação melhor será seu víeis democrático, constante, continuo e sistemático. A isto então se dá o nome de avaliação formativa reguladora, num espaço onde seja propicio a compreensão das diversas intervenções e situações didáticas. O autor concluir reconhecendo o avanço na teoria avaliativa mas que ainda há um longo caminho a ser trilhado para mudanças estruturais numa educação baseada em modelos de avaliação mensuradora e coercitiva.

 

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Histórico da Universidade Federal do Sul da Bahia

Em 16 de agosto de 2011 foi enviado ao Congresso Nacional o Projeto de Lei 2207/2011 que dispunha sobre a criação da Universidade Federal do Sul da Bahia. Logo após o anúncio do envio do PL ao Congresso, a Universidade Federal da Bahia, como primeira instituição de ensino superior da Bahia, na condição de tutora, institui uma comissão interna para iniciar o processo de construção do projeto, iniciando uma série de reuniões nos municípios propostos como sede dos novos campi.
Em 09 de abril de 2013 a Câmara de Deputados aprova o Projeto de Lei 2207 e o envia ao Senado. Em 08 de maio de 2013, o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei 12/2013, incorporando o PL 2207/2011, que propunha o estabelecimento de uma nova instituição federal de ensino superior na Região Sul do Estado da Bahia. Em 5 de Junho, a Presidenta Dilma Rousseff sancionou-o como Lei 12.818/2013, criando a UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA, com Reitoria em Itabuna e campi em Teixeira de Freitas e Porto Seguro.
A Comissão de Implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia – UFSB1 foi designada pelo Ministro da Educação, através da Portaria SESu/MEC no. 108/2012, de 26/06/2012. Ampliada por representantes das instituições parceiras e consultores voluntários ad hoc, cumpriu sua finalidade numa sequência de reuniões de trabalho, realizadas na Universidade Federal da Bahia, instituição tutora. As datas das reuniões da Comissão de Implantação: 15/08/2012; 22/08/2012; 5/09/2012; 10/09/2012; 26/09/2012; 31/09/2012, 17/10/2012, 15/12/2012, 09/01/2013; 5/03/2013; 20/03/2013.
Cinco versões preliminares deste documento foram sucessivamente elaboradas com base em dados parciais e informações preliminares sobre contexto e demanda. As distintas minutas incorporaram contribuições coletadas numa série de audiências públicas realizadas nas sedes municipais onde se prevê a implantação dos campi da nova universidade:
– Itabuna (em 10/11/2011);
– Itabuna (em 23/03/2012);
– Porto Seguro (em 11/11/2011);
– Teixeira de Freitas (em 11/11/2011);
– Teixeira de Freitas (em 24/04/2012). 
Além disso, incluíram indicações e sugestões colhidas em reuniões de apresentação da proposta às instituições de educação superior atuantes na Região e às secretarias estaduais de governo (respectivamente em 01/08/2012 e 06/08/2012).
A primeira versão completa do Plano Orientador da UFSB foi divulgada em 17/12/2012 e incluiu subsídios coletados numa série de atividades de apresentação e discussão da proposta junto às instituições acadêmicas que atuam na Região:
– I Seminário de Planejamento Acadêmico, realizado na Uesc em 20-21 de setembro de 2012;
– Apresentações e debates no Campus Uruçuca do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (em 21/09/2012);
– Apresentações e debates no Campus Ilhéus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (em 22/09/2012);
– II Seminário de Planejamento Acadêmico, realizado no Campus Teixeira de Freitas da Uneb, em 23/10/2012;
– Apresentações e debates em unidades da rede estadual de ensino médio nos municípios de Itanhém, Medeiros Neto, Mucuri, Nova Viçosa, Caravelas, Prado, Alcobaça e Itamaraju, entre 24 e 27/10/2012;
– III Seminário de Planejamento Acadêmico, realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia de Porto Seguro em 01/11/2012.
Ademais, esse documento incorporou contribuições resultantes da apresentação da proposta aos Prefeitos recém-eleitos da Região Sul, em três reuniões públicas:
– 19/02/2013 – Itabuna, com Prefeitos do Território Litoral Sul;
– 28/02/2013 – Teixeira de Freitas, com Prefeitos do Território Extremo Sul;
– 02/03/2013 – Porto Seguro, com Prefeitos do Território Costa do Descobrimento.
Até 10/05/2013, essa minuta esteve aberta para Consulta Pública junto às comunidades acadêmicas das instituições parceiras, às organizações sociais e entidades representativas da sociedade civil, às administrações municipais da Região Sul da Bahia, bem como aos órgãos e Secretarias do Governo Estadual e organismos do Governo Federal que vêm apoiando o processo de implantação da Universidade.
Após a nomeação pro tempore, pelo Ministro da Educação, dos cargos de Reitor e Vice- Reitora, em 28 de junho de 2013 (Portaria Ministerial no. 571), a equipe dirigente inicial foi designada e nomeada, sendo empossada como Conselho Universitário Matriz em 20 de agosto de 2013, na sede provisória da Reitoria, na Vila de Ferradas, Município de Itabuna. Nessa data, aprovou-se por unanimidade a Carta de Fundação da Universidade Federal do Sul da Bahia, documento-base filosófico e conceitual deste Plano Orientador, nele incluído como Apêndice.
A presente versão foi elaborada pelo Conselho Universitário Matriz, a partir das minutas anteriores, acima citadas, com a colaboração de consultores ad hoc. Foi discutida, revisada e enriquecida numa série de Seminários/Oficinas de Trabalho realizados com a participação de convidados, docentes e servidores de outras IFES que se propuseram a contribuir para a implantação da UFSB. Segue a lista e datas desses eventos:
– I Seminario-oficina de Planejamento Acadêmico da UFSB: Projeto Pedagógico e Institucional. Data: 28/Outubro a 01/Novembro 2013; Local: Centro de Cultura e de Eventos do Descobrimento (km 11, rodovia Porto Seguro-Eunápolis).
– II Seminário-oficina de Planejamento Acadêmico de UFSB: Bacharelados e Licenciaturas Interdisciplinares. Data: 04 a 06/Dezembro 2013; Local: Hotel da Barra, Salvador, Bahia.
– III Seminario-oficina de Planejamento Acadêmico de UFSB: Colégios Universitários. Data: 21 a 23/Janeiro 2014; Local: Reitoria da UFSB (Campus Jorge Amado/ Ferradas, km. 10 rodovia Itabuna-Ibicaraí) e CEPEC (Centro de Pesquisas do Cacau)/Ceplac (Km. 6 – Rodovia Itabuna-Ilhéus), Bahia.
Finalmente, o texto do Plano Orientador da Universidade Federal do Sul da Bahia, documento de planejamento institucional e político-pedagógico aqui apresentado, foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Universitário, em Reunião Plenária de 14 de fevereiro de 2014.
 FONTE: Site da UFSB

Carta de Fundação e Estatuto

Plano Orientador


quinta-feira, 19 de julho de 2018

Descartes: Das Coisas que se Podem Colocar em Dúvida (Fichamento e Observações)


Fichamento de Citação e Observações organizados a partir dos parágrafos sobre a Primeira Meditação: "Das Coisas que se Podem Colocar em Dúvida" de René Descartes em "Meditações Metafísicas" (Livro na Biblioteca)


P1 – “Desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras. Mas, aguardei atingir uma idade madura na qual eu estivesse mais apto para executá-la.”

O Autor fala dos ensinamentos e influencias que recebeu durante a vida, os quais embora lhe trouxessem dúvidas era mantidos como verdadeiros mesmo que realmente não o fossem. Assim, Descartes esperar chegar a uma idade madura o suficiente para colocar a prova todas as opiniões e crenças.

P2 – “Ora, não será necessário, para alcançar esse desígnio, provar que todas elas são falsas”

Aqui ele reconhece que em tudo será encarado como falto, apenas os princípios que lhes trazem dúvidas. Também não julga necessário analisar cada uma em particular, basta, a começar pela base, se dedicar aos princípios onde suas antigas opiniões estavam apoiadas.

P3 – “Os sentidos eram enganosos”

Tudo o que aprender foi do/pelos sentidos, mas que estes são enganosos e que é prudente não confiar inteiramente neles.

P4 – Encontramos (ou compreendemos) muitas coisas pelos sentidos, das quais não podemos duvidar.

P5 – Não há quaisquer indícios concludentes por onde se possa distinguir nitidamente a vigília do sono

Uma reflexão da dúvida sobre os sentidos. O exemplo dado são os sonhos, que trazem coisas tanto dubitáveis quanto indubitáveis, assim da mesma forma ao se estar de olhos abertos acontece. A vigília e o sono não são assim nitidamente tão distintos.

P6 – As coisas que nos são representadas durante o sono não podem ser formadas senão à semelhança de algo real e verdadeiro

Colocando à prova vigília e sono e tudo o que confessamos como real indubitavelmente através dos sentidos, sabe-se que os sonhos são representações daquilo que vemos no mundo real. Tudo o que criamos e representamos tem suas raízes naquilo que indubitavelmente temos como real.

P7 – Há coisas ainda mais simples e mais universais, que são verdadeiras e existentes.

P8 – Pois, quer que esteja acordado, quer esteja dormindo, dois mais três formarão sempre o número cinco.


Trata-se aqui das diferenças entre ciências que são exatas e ciências que não são, como as da natureza por exemplo. Visto de a primeira trata das certezas que se extrai das coisas, e a segunda trata da (não)existência delas.

P9 – Todavia, há muito que tenho no meu espírito certa opinião de que há um Deus que tudo pode e por quem fui criado e produzido tal como sou.

Aqui o autor põe a prova as coisas que consideramos como certas ou não. Mas concorda que existem certas coisas existem e acontecem indubitavelmente. O autor inicia a discussão a partir da sua crença na existência de Deus.

P10 – de todas as opiniões que recebi outrora em minha crença como verdadeiras, não há nenhuma da qual não possa duvidar atualmente

P11 – Pois estou seguro de que, apesar disso, não pode haver perigo nem erro nesta via e de que não poderia hoje aceder demasiado à minha desconfiança, posto que não se trata no momento de agir, mas somente de meditar e de conhecer.

P12 – Eis por que cuidarei zelosamente de não receber em minha crença nenhuma falsidade, e prepararei tão bem meu espírito a todos os ardis desse grande enganador que, por poderoso e ardiloso que seja, nunca poderá impor-me algo.

P13 – Assim eu reincido insensivelmente por mim mesmo em minhas antigas opiniões e evito despertar dessa sonolência.


quarta-feira, 18 de julho de 2018

Afetividade, Práticas Pedagógicas e Avaliação Segundo Luckesi



Afetividade é tudo o que o afeta e sob esse olhar, pode ser algo prazeroso ou não. “As expressões das emoções são mais intensas e de amplas proporções quanto mais novas são as crianças” [...] (WALLON, 1995).

A afetividade é um conjunto de fenômenos que envolvem os seres humanos durante toda vida. “Fenômenos que se caracterizam pelos sentimentos, emoções e paixões, acompanhados sempre de prazer ou desprazer” (GADOTTI, 1999).

Para Erivânia Guedes Silva (2015), no texto “Afetividade na prática pedagógica e na formação docente”, A afetividade consiste na força de dois elementos: o amor e o ódio, ambos desempenham um papel fundamental no desenvolvimento intelectual do homem e em suas relações sociais.

Para Freud, O afeto é, assim, um representante pulsional, que, ao lado da representação, intermedia o acesso da pulsão à esfera psíquica, já que a primeira tem sua fonte no corpo. Para Freud, o afeto é uma energia, enquanto que a representação é uma ideia.

Para Luckesi

Em: Ainda Afetividade, Cognição e Psicomotricidade
“Necessitamos, como educadores e educadoras, de estarmos atentos tanto à afetividade quanto à cognição, assim como quanto à psicomotricidade de nossos educandos. Nenhuma faceta é mais importante do que a outra. Todas são fundamentais, porque constituem o ser humano.”

Em: O Ser Humano e sua educabilidade
Nossas relações com o mundo e com os outros tem a marca da afetividade.

Em: Avaliar domínios cognitivo, afetivo e psicomotor
Essa visão tripartite do ser humano, no que se refere à avaliação da aprendizagem, foi utilizada e divulgada especialmente por Benjamin Bloom (...) foram traduzidas no Brasil nos anos setenta e que tinham por base esse olhar pelas facetas do ser humano: cognitivo, afetivo, psicomotor.
Na expressão de um ato cognitivo, o afeto e a psicomotricidade estão presentes, o mesmo ocorrendo na expressão afetiva, onde o cognitivo e psicomotor se fazem presentes, do mesmo modo que, num ato psicomotor, o cognitivo e o afetivo estão presentes.

Em Compreendendo o Ato de Avaliar em Educação... Mais Uma Vez
Na Ratio Studiorum, documento publicado pela Ordem dos Padres Jesuítas, em 1599, que estruturou a pedagogia em seus Colégios, esparramados pelo mundo, quanto à aprovação ou reprovação do estudante.
Dessas experiências dos inicios da organização escolar, no alvorecer da modernidade, emergiu a prática pedagógica mais centrada nos denominados exames escolares que, propriamente, no ensino-aprendizagem dos educandos.
Então, hoje, em nossa cultura pedagógica, abordamos e dialogamos sobre a avaliação, mas continuamos, no cotidiano, a praticar os velhos exames escolares jesuíticos e comenianos.
Então, no decurso do século XX e no presente momento, seguimos nos servimos das denominações e dos conceitos de exames escolares, como classificatórios, e avaliação, como diagnóstica; modo de agir e pensar como ainda plenamente vigentes em nossas cotidianas práticas pedagógicas escolares.

Em Avaliação da aprendizagem: compreensão teórica e investimento
Então, nossa tarefa, no presente momento, na vida escolar, é investir numa prática pedagógica consistente (planejar, executar e avaliar), onde a avaliação seja a parceira do sucesso; muito diferente dela ser um recurso de controle e disciplinamento — quando não de castigo — dos nossos educandos.
É a prática pedagógica que é bem sucedida, não a avaliação em si e por si.


sábado, 7 de julho de 2018

Pensamentos Sobre Bases da Educação: UNESCO


FICHAMENTO DE CITAÇÃO

GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. 6.ed. São Paulo: Ática, 1998.
Cap. 16: Perspectivas Atuais - 1ª Parte: Tentativa Eclética


1 – UNESCO: A Cidade Educativa
Em 1970 a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ) criou a Comissão Internacional para o Desenvolvimento da Educação para estudar os problemas educacionais dos países e apresentar estratégias de superação. A Comissão defendeu o Princípio da Educação Permanente (...) recomendado a todos os países (daí seu ecletismo). (p. 278)

21 Princípios da Educação Permanente (p. 278-280):
1) Educação Permanente: A educação permanente deve ser pedra angular da política educacional nos próximos anos (...) para que todo indivíduo tenha oportunidade de aprender durante a sua vida.
2) Educação Permanente e global: A educação deve ser prolongada durante toda a vida. Deve haver reestruturação global do ensino. Deve adquirir dimensões de um movimento popular.
3) Multiplos Meios: A educação deve ser repartida por uma multiplicidade de meios...
4) (In)formalidade e Progressão: Abolir barreiras entre diferentes ciclos/graus de ensino, assim como da educação formal e não-formal.
5) Educação pré-escolar: Deve figurar entre os principais objetivos da estratégia educacional dos anos vindouros.
6) Ensino Fundamental assegurado: a educação elementar deve ser assegurada a todos os indivíduos.
7) O Caráter teórico, tecnológico, prático e manual: o conceito de ensino deve ser ampliado de forma a englobar os conhecimentos socioeconômicos, técnicos e práticos.
8) Jovens Adaptados às diferentes tarefas, não num determinado oficio (...) mas tendo um aperfeiçoamento contínuo.
9) Formação Técnica entre as escolas, empresas e educação extra-escolar.
10) Educação Superior diversificada (em estrutura, conteúdos e alunos).
11) Atividades profissionais pelos conhecimentos, capacidade e aptidões de cada indivíduo.
12) Educação de Adultos como caráter primordial da estratégia educacional.
13) Alfabetização articulada com a realidade socioeconômica do país.
14) Autonomia: a ética da educação deve fazer do indivíduo um mestre, agente do seu próprios desenvolvimento cultural.
15) Planejamento e Tecnologias.
16) Formação Docente e novas funções
17) Função do Educador: dignidade e redução da hierarquia entre categorias docentes.
18) Formação Docente Modificada.
19) Auxiliares, Profissionais e Alunos no prodesso de educar (ecologia dos saberes?)
20) Ensino adaptado ao educando
21) Protagonismo: educandos exercem responsabilidades como sujeitos da própria educação e da instituição.


2 – FURTER: A Educação do Nosso TempoPierre Furter (1931) Suíça. Lic. em filosofia e em educação, Esp. em literatura, Dr em Filosofia da Educação.
Introduziu o conceito de Educação Permanente e Andragogia (Pedagogia da Educação de Adultos)
Obras: Educação e Reflexão; Educação e Vida; Dialética da Esperança. (p. 280)

Não é mais possível, pois, dividir a vida humana em duas partes distintas: o tempo de aprendizagem (da infância até a adolescência) e o tempo da maturidade, onde se goza do aprendizado. (p. 281)

A Ideologia da Imortalidade
Esta definição da criança como “homem imaturo” equivale rigorosamente à definição, também negativa, do adulto analfabeto, com alguém a que falta algo que a educação lhe pode dar. (p. 281)
O que nos parece mais grave nesta perspectiva é que, entre o aluno e o professor, se estabelece aprioristicamente um desnível radical. (p. 282)

A Ideologia da Prematuridade
O homem não nasce incompleto (i-maturo), mas, antes, prematuramente. Isto é, ele é completo (por isso o bebê pode viver), mas inacabado. (p. 282)
Sem educação, sem o cuidado dos pais e da sociedade, o homem não tem condições de aperfeiçoar sua evolução, nem chegar a ser homem.; permanece apenas um ser vivo. (p. 282)
A função da educação neste caso é a de permitir que este processo [de maturação natural e histórica) possa realizar-se nas melhores condições. O próprio educador não é mais um possuidor de uma bagagem a ser vendida, sob certas condições ou transmitida, mas um companheiro que está também num processo de maturação. (p. 283)
Se o homem é um ser fundamentalmente prematura, então a educação terá, como função principal, o permitir ao homem o fazer-se a partir da situação concreta e global na qual está colocado. (p. 283)


3 – SCHWARTZ: A Educação Permanente

Bertrand Schwartz (1919) Paris. Conselheiro da Educação Permanente (1970).
Obra: A Educação Amanhã.

“Defende a educação pré-escolar como um instrumento de igualdade de chances, para ele, a educação deve formar para a autonomia intelectual e para o pluralismo.”
“A educação escolar ensinará o jovem a se formar pelos meios exteriores à escola e o levará por si mesmo a uma assunção de autonomia. O ensino não será mais monopólio único e os estudos não se farão mais em um espaço particularizado, a escola.” (p. 285)

Uma Nova Pedagogia
O aparelho educativo deve, pois, dar igualmente ao indivíduo as chances do saber, do saber-fazer o do saber-ser. (p. 285)
Por onde começar? Algumas pistas
Inspirar-se em um modelo de educação permanente (...) Ser suscetíveis de repercussão em consideráveis partes do sistema estabelecido. (p. 286)
Para ter esse efeito de envolvimento, essas experiencias deverão: Ter alcance suficientemente amplo; prestar-se à análise científica e ao controle; Prestar-se à generalização. (p. 286, 287)
Como prosseguir? Como contaminar? Como ampliar? Como diversificar? (p. 287)
Se, ao mesmo tempo, se tiver sabido tornar a inovação “contaminante” a respeito do conjunto do aparelho e se o meio, preparado para esse efeito, fizer eco à proposição e a repercutir assumindo-a, podemos dizer que os freios inerentes à instituição e aos homens são serão determinantes. Ter-se-á dado uma oportunidade à mudança. (p. 288)

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Pensamentos Sobre Bases da Educação (Dos Gregos a Streck)

As primeiras discussões sobre os modelos e pensamentos sobre educação adotados em diversos espaços ao longo do tempo,

Gregos

A sociedade grega já tinha um nível elevado de organização e questionava-se sobre o homem, sua essência e seu desenvolvimento. Esparta e Atenas foram duas cidades tomadas como modelo para estas primeiras discussões e formas de educação. A educação grega atinge, segundo a discussão, a Paideia (que é o ideal educativo esperado e adequado).
Entre os filósofos existiram Sócrates, Aristóteles, Platão, etc.
Na tentativa de conhecimento sobre o que é o homem, estrutura-se duas vertentes, a primeira como resultado de todo seu desenvolvimento físico e intelectual e a segunda como a sua busca pela liberdade.
A educação da Grécia caminhava de acordo com a estrutura social de oposição que diferenciava os livres e escravos, os nobres e plebeus, os meninos da elite guerreira e mais tarde da elite togada a qual a educação foi dirigida mesmo sem a existência de escolas.

Santo Agostinho
Desdobramentos da educação na idade média acontece no século primeiro depois de Cristo quando surge novos modelos de educação e as convenções sociais são substituídas por nossos pensamentos em Cristo. A igreja considerava que o corpo pecaminoso deveria ser castigado, logo, o corpo é separado da alma.
A escolástica contrapunha fé e razão, tudo se explicava pela fé e a razão só poderia ser constituída a partir disso.

Jesuítas
Com as atividades educativas dos padres jesuítas, podem ser considerados os responsáveis pela implementação da educação formal na sociedade brasileira. No entanto, não podemos afirmar que foram os jesuítas os primeiros a efetuarem processos educativos no Brasil, pois até mesmo antes da chegada dos portugueses já existia uma população ameríndia que possuía suas próprias ações educativas, portanto, um tipo de educação. Mas que logo viria ser, superada por esta.

Rousseau
Rousseau esboça o início do pensamento pedagógico moderno e critica bastante as formatações da educação a partir de um sentimento de justiça social num período onde as distinções entre classes desenhavam a estrutura econômica da sociedade.

Rancière
O texto de Rancière "O Mestre Ignorante" expõe muito de sua ideologia ao falar da emancipação operária e intelectual. As principais críticas permeiam o Socratismo na tentativa de redução da desigualdade entre mestre e aluno.
O método de ensino universal sistematizado por Jacolot, retomado por Rancière diz que todo homem é capaz de instrui a si mesmo.

Unesco: Para acessar CLIQUE AQUI

Streck
Colonialidade se contrasta ferozmente com a Modernidade e superar a colonialidade significa deixar apêndice das tasnformações e assumir um protagonismo na construção de uma sociedade que valoriza a diversidade dos povos.
Distribuição desigual das riquezas e do domínio geopolítico das epistemologias.
A América Latina é um desafio que se desdobra a partir de três eixos temáticos:
Colonialidade pedagógica: como superar o Eurocentrismo?
A luta pela educação: Alguns atores e lugares
Pedagogia latina-americana: desafio e tarefa.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Francis Bacon e o Novum Organum


Francis Bacon sugere um Novum Organum (nova organização) para tecer novas discussões iniciadas pelo argumento aristotélico em Organon (conjunto de obras sobre lógica de Aristóteles).

No Parágrafo XXXVIII de Novum Organum, Bacon fala sobre quatro ídolos que segundo ele impedem a ciência de avançar. Alerta que é preciso se livrar das ideias pré-concebidas para avançar em novas ciências.

Os Ídolos da Tribo diz que os sentidos do homem são a medida das coisas. Os Ídolos da Caverna faz alusão à Alegoria da Caverna de Platão, e a educação bem como a vida social traz "ídolos" que impedem o avanço da ciência. O comércio e o consórcio entre homens graças ao discurso configura os Ídolos do Foro, onde todos se demonstram capaz de argumentar sobre algo. Os Ídolos do Teatro remete ao método dedutivo de análise, Bacon discorda ao defender que o método indutivo é o que deve conduzir a Ciência Moderna.