sexta-feira, 29 de setembro de 2017

VEM AÍ: I Colóquio - O Homem e Seu Entorno: Marx no Século XXI


Gostaria de divulgar que na próxima semana, nos dias 04, 05 e 06 de Outubro de 2017 ocorrerá o I Colóquio O homem e seu entorno: Marx no Século XXI. O mesmo foi elaborado numa parceria entre a UFSB e a UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz).


Programação:



Entrevista: Desconstruíndo Preconceitos Linguísticos

Depois de estudarmos alguns mitos sobre preconceito linguístico da obra "Preconceito Linguístico: O que é, como se faz" de Marcos Bagno, a professora Angela Ignatti propôs, como trabalho final do CC Língua, Território e Sociedade, a seguinte atividade:

Produzir entrevistas curtas com pessoas, evidenciando a diversidade e riqueza do uso da nossa língua e a questão dos preconceitos linguísticos.
O produto final deverá ser constituído por: - Trechos  das entrevistas; fala ou texto elaborado pelo grupo, explicando e contextualizando os objetivos e as observações, enfocando o tema central: Língua, território e sociedade: desconstruindo preconceitos linguísticos

Delimitamos a nossa temática a partir do subtema:  Variações diastráticas (diferentes extratos sociais) na região Sul-baiana (questões relacionadas as diferenças de linguagem de diferentes camadas ou grupos sociais na região: médicos, estudantes de ensino médio, professores, lojistas, vendedores ambulantes, comunidade estrangeiras, entre outros).

O vídeo abaixo mostra o resultado final do trabalho:



Na oportunidade entrevistamos três pessoas: Elisangela (auxiliar de serviços gerais); Maurício (professor de dança) e; Grace Ane Esmeralda (professora de Língua Portuguesa).
Ambos apresentaram seus pontos de vista acerca da língua portuguesa evidenciando as discussões que foram levantadas ao longo do quadrimestre.

Gostaria de agradecer aos envolvidos neste trabalho e aos colegas que estiveram comigo nesta empreitada: Everlon Campos e Elínio Oliveira.

Todas as entrevistas foram realizadas mediante autorização para uso de imagem.


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Conversando Sobre o Ensino Superior: Visita ao Colégio Jaime Pereira da Silva


Como atividade final do CC Universidade e Sociedade, foi proposto que os grupos divididos em sala visitassem um espaço comunitário afim de apresentar a UFSB a partir de nossas experiências no decorrer deste primeiro quadrimestre.

A equipe que fiz parte foi composta por Alberício de Jesus, Danuza Mailly, Elínio Oliveira, Everlon Campos, Tailande Venceslau e eu. Concordamos em visitar o Colégio Jaime Pereira da Silva, situado em Itamotinga, distrito da cidade de Coaraci-BA, onde funciona como anexo do Colégio Estadual Almakazir Gally Galvão. A proposta consistiu em realizar uma roda de conversa para tratar de assuntos referentes ao ingresso e permanência ao ensino superior.

A escolha da escola se deu primeiramente por sua localidade, pois verifica-se que os alunos egressos do ensino médio não têm acesso aos polos universitários presentes na região (Itabuna e Ilheus), portanto, a oportunidade de uma Universidade localizada em Coaraci é vista com uma das únicas alternativas para o ingresso dos potenciais estudantes ao Ensino Superior.

O acolhimento na escola foi agradável e logo fomos encaminhados para a sala de aula onde foi realizada a roda de conversa, notou-se que as aulas daquela noite foram substituídas pela realização desta atividade.

Estavam presentes nesta atividade, cerca de 29 pessoas, entre elas, alunos, professores e pessoas da comunidade. A grande maioria interagiu com a programação prevista colaborando para o desenvolvimento do trabalho.

No primeiro momento foi realizada a apresentação do grupo, e logo depois todos os participantes se apresentaram e falaram sobre suas expectativas e opções de cursos do Ensino Superior. Vale observar, que muitos dos participantes não sabiam ainda qual área de estudo escolher. Nesta oportunidade, apresentamos as formas de ingresso para a UFSB, seguidas do modelo pedagógico e da arquitetura curricular da Universidade. A possibilidade de escolher o curso no decorrer da formação acadêmica, causou interesse dos participantes indecisos acerca da área/curso a seguir.

Outra questão levantada foi a possibilidade de não somente formar-se no Ensino Superior com intuito exclusivo de atender ao mercado de trabalho, mas como busca pela satisfação pessoal e dos sonhos inerentes a cada um. Além da possiblidade de intervir no meio em que estão inseridos, visto que a Universidade contempla a importância do meio local numa formação que reflita as questões acadêmicas e sociais, portanto indivíduos dotados de faculdades humanísticas.

Muitas dúvidas foram levantadas e esclarecidas sobre formas de ingresso, ensino, períodos dos ciclos, localização física de cursos específicos, o processo da formação geral e das licenciaturas e bacharelados interdisciplinares, bolsas e auxílio, pesquisa e extensão, dentre outras.

O espaço de discussão provocado abriu possiblidade de novos momentos que integrassem alunos da Universidade com os alunos do Ensino Médio. A coordenação propôs a realização de futuras oficinas e debates sobre o ingresso no curso superior, primordialmente na UFSB, para que ao longo do percurso de formação dos alunos no ensino médio, dúvidas que não foram apresentadas neste primeiro momento fossem sanadas posteriormente.

A possibilidade de apresentar um modelo de ensino de integre pessoas que histórica e socialmente foram excluídos, os fez compreender a Educação como um instrumento de transformação social e pessoal. É importante a aproximação da Universidade com alunos do ensino médio bem como com a comunidade no seu entorno, visto que as contribuições são relevantes para o contexto territorial e para o reparo dos danos sociais.

Outras atividades que contemplem estas ideias devem ser fomentas, porque a Universidade não deve configurar-se como instituição elitista ou como instrumento para manutenção das desigualdades socioculturais.

Escola Pública, Universal e Gratuita

Anísio Teixeira representa o marco mais importante da educação pública brasileira ao propor a Escola Nova, que desconsidera a educação como privilégio das classes sociais mais favorecidas e defende que a escola deve ser pública, universal e gratuita.

Anísio Teixeira defende a ideia de educação para todos como instrumento de integração social e emancipação política. Sua contribuição ao Ensino Superior versa sobre a concepção de Universidade Popular como instrumento de promoção da Educação Democrática no ensino superior.

Acredito que muitas de suas ideias se coadunam com as de Paulo Freire, ao acreditar na educação como instrumento emancipador e indispensável à formação crítica do sujeito.

Paulo Freire e o Ensino Superior

Acredito que Paulo Freire instiga a Universidade a repensar seu papel diante da sociedade quando adverte que não adianta ao educador se valer da teoria sem a reflexão sobre a prática. Não adianta à Universidade, discutir Educação à luz de Paulo Freire sem viver na prática a educação para autonomia, para formação humana plena, sem ser escravo do mercado de trabalho e para manutenção da classe dominante.

A Universidade Brasileira presa ao pensamento eurocêntrico precisa abrir espaço para outras perspectivas e outras possibilidades de conhecimento, voltar-se aos valores culturais da sociedade à sua volta, valorizando a realidade em que está inserida e Paulo Freire propões essas questões.

Paulo Freire não discute na sua obra a Educação Superior, mas a amplitude de sua contribuição para a Educação reflete em todas as esferas de ensino, auxiliando num fazer pedagógico que garanta a autonomia dos sujeitos.

Paulo Freire é Marco Conceitual da Universidade Federal do Sul da Bahia por enfatizar práticas pedagógicas orientadas por uma postura política crítica e ética, afim de fomentar a autonomia dos sujeitos num contexto que valorize a cultura.

A Necessidade do Conhecimento Pluriversitário para a Universidade Social

Creio que uma das características mais fortes da Universidade Social é a sua capacidade de compreender e contextualizar o diálogo entre o conhecimento que lhe é próprio com as demandas e os conhecimentos de outros meios que não sejam especificamente acadêmicos.

Entender a Universidade Contemporânea como fruto das mudanças sociais, inclinada às suas demandas e emergências, perpassa pela necessidade que ela tem, de assumir um papel plural e considerar as bagagens culturais, artísticas, sociais, políticas da sociedade como conhecimento adequado à formação humana tal qual o conhecimento próprio da Universidade.

Neste entendimento, o conhecimento universitário passa a ser pluriversitário, fruto das relações entre ciência e sociedade quando uma adentra a outra num mecanismo que permita a esses dois impérios, comungar um com o outro para ofertar e absorver conhecimentos.

A UFSB, por sua vez, visto que se reconhece adequadamente no modelo de Universidade Social e prima por valorizar outros conhecimentos externos à Universidade, faz com que a ideia de conhecimento pluriversitário seja realmente uma proposta viável e extremamente necessária à Universidade do Século XXI.

A Universidade no Mundo Ocidental

Compreender o papel atual da Universidade requer olhar para as transformações dessa instituição ao longo do tempo e perceber seus desdobramentos e modelos até o panorama atual do Ensino Superior. Penso que a Universidade como instituição multidisciplinar de investigação, extensão e ensino deve estar a par das dinâmicas sociais afim de fazer notória a sua intervenção para o bem comum de propagação e manutenção do conhecimento.

Desde o seu surgimento a Universidade passou por períodos de ascensão e declínio, ocasionados por contextos econômicos, políticos e sociais distintos. Durante o Componente Curricular "Universidade e Sociedade" tive a oportunidade de ler uma parte do livro "A Quarta Missão da Universidade" de Fernando Seabra Santos e Naomar de Almeida Filho - atual reitor da UFSB - que apresenta um panorama histórico da Universidade no Mundo Ocidental para apresentar as missões da Universidade ao longo dos séculos.

O panorama histórico apresentado por Filho e Santos (2012) se inicia pelo surgimento desta instituição na Europa Ocidental há quase um milênio e pela Universidade Escolástica que se mantinha basicamente como guardiã da doutrina cristã na era medieval. Contudo a Universidade chamada Clássica ou Medieval já experimentava algumas transformações mesmo se mantendo influenciada pela Igreja Católica.

Depois disso a Universidade vive uma grande crise e com essa crise pós-renascentista a Universidade é chamada de Vocacional, abre espaço para formações técnicas e se reinventa para atender basicamente às ciências e às tecnologias. Neste processo e inspirada pela Reforma Humbolt ela é destacada como Universidade de Pesquisa.

A Universidade Contemporânea, também chamada de Universidade Social surge após todos esses desdobramentos, se inclinando às demandas e emergências sociais, se desprendendo mais efetivamente do poder político ou religioso e se aprimorando nas suas relações com a sociedade.

Então, a partir de "Maio de 1968" a Universidade se reinventa, fruto das mudanças sociais e voltada para esta demanda e para o reparo das injustiças sociais. O seu papel se torna plural e diverso, pois tem a dupla função de formar para a emancipação enquanto fomenta o combate aos danos sociais. Ao tempo que valoriza a cultura da sociedade em que está inserida, busca se universalizar, intercambiando o conhecimento com outras Universidades no mundo a partir de práticas de internacionalização.

A partir desse entendimento é possível perceber o papel da UFSB na realidade sul-baiana. É imprescindível para a Universidade se perceber ao longo da história, bem como entender o papel que lhe cabe na atualidade. 

Minha História: Reflexões sobre o meu processo de formação pessoal e acadêmica.


Quero iniciar com essa imagem que fala muito sobre minha infância e do sonho que eu tinha de tirar uma foto montado num desses cavalinhos, essa foto é a primeira prova concreta que tive para provar que sonhos podem ser realizados.

Lembro do meu processo de formação acadêmica com muita satisfação e saudade. Sou filho de uma família humilde e ainda residimos num dos bairros periféricos da cidade de Coaraci, o bairro Maria Gabriela, bastante conhecido pelo histórico violento e pela população de baixa renda. Meu pai é carpinteiro estudou até a 4ª série, quando seu pai faleceu e ele precisou trabalhar para ajudar a sustentar seus 09 irmãos. Minha mãe, também de família humilde, conseguiu finalizar o magistério e depois de 25 anos realizou o sonho da graduação em Pedagogia.

Também sou filho da Escola Pública e penso que parte da minha luta diária é por uma educação pública de qualidade. Estudei a Educação Infantil na Escola Nossa Senhora de Lourdes e o Ensino Fundamental no Centro Educacional de Coaraci, sempre fui instruído a acreditar que a Educação é o melhor caminho. Em 2009 concluí o Ensino Médio no Colégio Estadual Almakazir Gally Galvão e tentei a única alternativa que havia na época para o ingresso ao Ensino Superior gratuito na minha região.

Aos 17 anos, em 2010, comecei a estudar Administração na Universidade Estadual de Santa Cruz e aos 20 anos estava dividido entre continuar estudando e a necessidade de ter um emprego para ajudar nas despesas da casa. Consegui passar num concurso público em Coaraci e tive que me mostrar eficaz em administrar o tempo e conciliar o novo emprego de Assistente Administrativo com os estudos na UESC.

Não bastasse a paixão que percebia na minha mãe pela educação, tive a oportunidade de trabalhar na Secretaria de Educação do Município. Foi aí que despertei de verdade o desejo de ser educador e de ter uma experiência na sala de aula. Finalizado o curso de Administração, ganhei a oportunidade de fazer uma Especialização em Gestão Escolar.

Então, em julho de 2017 ingressei na Universidade Federal do Sul da Bahia e agarrei a oportunidade acreditando ser esse o caminho para a realização do sonho de ser educador.  Hoje trabalho na secretaria da mesma escola onde estudei todo ensino fundamental e estudo o ensino superior no mesmo colégio onde cursei o ensino médio. Me sinto em casa.

Nessa nova experiência no Ensino Superior todas as minhas expectativas foram superadas ao me perceber num espaço de aprendizagem que contemple saberes além do saber institucionalizado e que abre espaço para negros, pobres, filhos da escola pública, os socialmente e economicamente desfavorecidos, não para cumprir uma exigência legislativa, mas por entender que a educação brasileira possui um dívida social e que esta dívida, precisa ser paga.

Fazer parte da UFSB me faz protagonista no (re)fazer da verdadeira educação no Brasil e primordialmente na região sul-baiana. A UFSB não me propôs apenas a possiblidade de uma nova graduação, mas um modelo inovador de educação baseado numa relação de respeito às diversidades e a outras 'educações' que contemplem saberes culturais, artísticos, sociais e históricos de um povo. Isso me ajuda a valorizar a minha história e a de muitos outros que não tinham e hoje têm a oportunidade de ingressar no Ensino Superior, isso me ajuda a valorizar a história e a cultura da minha gente.

Se a dívida social que a educação brasileira possui precisa ser paga, eu quero estar presente nesta empreitada e talvez eu não consiga lutar por isso em outro lugar que não seja a sala de aula.

domingo, 24 de setembro de 2017

Seminário Brasil-Quebec _ Primeiro Dia


O III Seminário Internacional Cooperação Brasil-Quebec, traz o tema: "Diversidade e Educação Inclusiva: perspectivas interdisciplinares e interepistêmicas", seu principal objetivo é promover a análise de políticas educativas e de práticas metodológicas inovadoras de promoção da inclusão e da igualdade na diversidade em ambiente escolar. O evento aconteceu no Auditório Monte Pascoal do Campus Sosígenes Costa da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e transmitido metapresencialmente para os demais CAMPIS E CUNIS.
O momento de abertura do seminário aconteceu no dia 30 de agosto dando início às conferências de abertura e das mesas-redondas através da transmissão em tempo real para os outros CAMPIS da UFSB.
No momento de abertura a secretaria de educação do estado abordou a realidade da UFSB e o desafio de interiorizar a educação com compromisso com a sustentabilidade e ampliação do acesso ao ensino superior, na oportunidade, cita alguns dos Teóricos que formam o marco conceitual da Universidade, como Anísio Teixeira e Paulo Freire.
A vice-decana, Gilmara Oliveira, discursa sobre a importância da temática do evento para a nossa sociedade, ao discutir questões sociais e reparo das distorções históricas numa região de tem seus desafios espelhados nos índices de desenvolvimento da educação.
Gustavo Bruno Vitório Gonçalves, coordenador geral do Seminário Brasil-Quebec, aborda a importância de um seminário internacional e gratuito tratando de reflexões sobre uma nova educação pautada nas emergências. Segue agradecendo à reitoria da UFSB pelo suporte neste ano de preparação para a realização do Seminário, bem como aos profissionais que colaboraram.
Gustavo Bruno segue falando sobre grandes questões que articulam as mesas redondas durante os três dias de seminário: a) Direito a educação no Brasil e no Quebec; b) Vantagens e desvantagens de culturas locais; c) a questão do racismo; d) Inclusões para definição da efetividade da escola.
Conclui, ressaltando a importância do legado de teóricos como Anísio Teixeira, Milton Santos e Paulo Freire para as discussões neste seminário.
Joana Angélica, vice-reitora da UFSB, fala da necessidade de trazer para a Educação, novas educação que confrontam o histórico da estrutura educacional que alimenta dogmas e paradigmas. Defende que pensar diferente, de forma inclusiva e atenta às diversidades traz reflexões de uma forma muito mais solidária para a sociedade atual.
Joana Angélica também menciona a Interdisciplinaridade epistêmica como ponto para a inclusão, num mundo em que a ciência sempre foi muito fragmentada e particular na tentativa de dar conta de um desenvolvimento tecnológico e de toda parafernália tecnológica que temos hoje. Contudo, ela diz, pagamos um preço ao criar espaços individuais para o desenvolvimento humano e isso precisa ser repensando, respeitando, contudo, o novo e o tradicional.
Após a acolhida com a mesa inicial, uma palestra sobre a educação e o processo de superação da segregação social no Quebec entrou em pauta. Assim, conforme o que foi discutido, foi apresentado o Quebec antes de 1960, uma sociedade tradicional, mas onde o processo de transformação social já havia começado. Um sistema escolar constitucionalmente confessional, mas dividido ao longo de várias outras clivagens. Um certo reconhecimento do estatuto das línguas de origem na escola pública. Uma viragem intercultural inacabada, mas claramente empreendida Um grande bloqueio constitucional e sociólogo à secularização do sistema escola e do currículo.

Cópia deste relatório serviu como atividade para os Componentes "Experiências do Sensível" e "Campo da Educação: Saberes e Práticas".

POROROCA, PIPOCA, PACA... Dicionário Tupi-Guarani


A imagem acima é capa do livro de Marcos Bagno e Orlene Lúcia S. Carvalho. Bagno foi estudado no Componente "Língua Território e Sociedade" para a compreensão de preconceitos linguísticos enraizados em nossa cultura.

Esta obra contempla mais um eixo da diversidade linguística brasileira e apresenta palavras que corriqueiramente utilizamos sem nos darmos conta de suas origens.
O que quer dizer estar na pindaíba? Qual a origem dos nomes Moacir, Jandira, Ubiratã, Iracema, Iara, Maíra, Moema e Jurema? Você sabe de onde vem sapecar? Por que só nós, brasileiros, temos um nome especial para pipoca?

Todas essas palavras e muitas outras têm origem no tupi, língua indígena que deixou uma rica herança no português brasileiro. Nomes de bichos, de plantas, de gente e de lugar. Nomes de coisas, de comidas, de bebidas e de seres fantásticos. “Pororoca, Pipoca, Paca e Outras Palavras do Tupi” explica de onde eles vieram e mostra a importância desse legado na nossa vida de todos os dias.

Acesse o DICIONÁRIO TUPI GUARANI para perceber quão rica é a Nossa Língua.

Geometria Fractal: Propriedades e Comportamentos


Nesta aula estudamos propriedades e comportamentos dos fractais, entendendo que são formas que se mantém com características semelhantes quando repartidas em partes menores num jogo de repetições.

"O termo 'fractal' foi criado em 1975 por Benoît Mandelbrot, matemático francês que descobriu a geometria fractal na década de 70 do século XX, a partir do adjetivo latino fractus, do verbo frangere, que significa quebrar." (Rev. Bras. Ensino Fís. [online]. 30 (2). 2008. ISSN 1806-1117. Consultado em 7 de fevereiro de 2015)

Assim, compreendemos que um fractal é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhante ao objeto original.

Depois de abordados os conceitos, propriedades e comportamentos dos fractais nos foi sugerida a atividade de fazer um fractal a partir de quadrados. Cara grupo ficou responsável pela confecção de quadrados em dada medida, que juntos, ajustados uns sobre os outros, formariam um fractal. O resultado está na imagem principal desta postagem.


Técnicas de Pavimentação de Escher


Maurits Cornelis Escher (1898 – 1970),  artista holandês, utilizou várias técnicas de natureza matemática na construção de suas obras.

Entre elas, a pavimentação foi uma das técnicas mais utilizadas. Escher  muitas vezes partia de um dos polígonos regulares que pavimentam o plano – triângulo equilátero, quadrado e hexágono regular – para alcançar formas alternativas de rara beleza artística.

Nos guiando pelas ideias de Escher, partindo de um quadrado de 10cm de lado, fizemos a pavimentação abaixo. Considerando que toda área retirada do quadrado deve ser acrescentada no lado correspondente para prosseguir a pavimentação, desenhamos semicírculos nos lados do quadrado.


Pavimentação


Nas aulas sobre pavimentação aprendi que áreas pavimentadas são aquelas completamente cobertas por ladrilhos. Na pavimentação não pode haver espaços sem preenchimento e quando a pavimentação ocorre com ladrilhos de diversas formas, chamamos de "mosaico" como é o caso do mosaico TANGRAM, exibido na imagem acima.

Nas pavimentações com um único tipo de mosaico conhecemos quais polígonos regulares (aqueles que possuem lados e ângulos iguais) podem pavimentar uma área, como é o caso do hexágono. Se a medida do ângulo interno de um polígono for divisível por 360, será possível pavimentar o plano. Porém existem também polígonos irregulares, aqueles que não são equiláteros e equiângulos.

Como atividade, fizemos pentágonos equiláteros para que fosse possível a pavimentação.

Resultado da pavimentação:






sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A Caneta e a Enxada


"Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão
Encontrou-se com uma enxada, fazendo uma plantação.
A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação,
Mas a caneta soberba não quis pegar na sua mão.
E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão."

Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não
Você está suja de terra, de terra suja do chão
Sabe com quem está falando, veja sua posição
E não se esqueça a distância da nossa separação.

Eu sou a caneta dourada que escreve nos tabelião
Eu escrevo pros governos a lei da constituição
Escrevi em papel de linho, pros ricaços e pros barão
Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição.

A enxada respondeu: de fato eu vivo no chão,
Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão
Eu vim no mundo primeiro, quase no tempo de Adão
Se não fosse o meu sustento ninguém tinha instrução.

Vai-te caneta orgulhosa, vergonha da geração
A tua alta nobreza não passa de pretensão
Você diz que escreve tudo, tem uma coisa que não
É a palavra bonita que se chama educação!


Musica de Zico e Zeca

Utilizada como suporte pedagógico para o seminário sobre Perspectivas Atuais da Educação: Tecnologias e Inovação na Educação do Campos.
CC.: Campo da Educação: Saberes e Práticas