terça-feira, 15 de agosto de 2017

Etnomatemática: Minha Primeira 'Mariposa'



O conceito de Etnomatemática, mudou minha visão sobre o "saber" e o "saber fazer" matemáticos, que estavam presos ao que eu percebia (e as impressões que formei) sobre Matemática ao longo do ensino fundamental e médio. O ensino institucionalizado de Matemática que tive não contemplava os saberes culturais, artísticos, sociais e históricos para a experimentação da matemática a partir da minha (e de outras) visões de mundo.

As primeiras aulas de Matemática e Espaço que tivemos enquanto discentes da UFSB traçaram um paralelo entre a Matemática tradicionalmente estudada e a Etnomatemática, capaz de adequar-se ao contexto sociocultural e garantir as relações de ensino-aprendizagem.

A Etnomatemática surge então, como um contraponto ao paradigma da universalidade da Matemática, buscando contextualizar-se à cultura local, funcionando como mecanismo de valorização da cultura e como fonte de intercâmbio para o conhecimento de outros contextos socioculturais.

A partir do entendimento da Etnomatemática como metodologia de ensino conhecemos aspectos culturais como as trançados amazônicos da Tradição Bora presentes na obra de Guerdes (2013).

Na primeira atividade, tive a oportunidade de fazer a primeira 'mariposa' (fotos) inspirada na Tradição Bora, depois de aplicados os 'caminhos' matemáticos para cálculo do número de fitas utilizadas na confecção e entendimento das dimensões para nomeação da mariposa que, neste caso, é representada pelo terno (1,3,2).




Referências:
GERDES, Paulus. Geometria e Cestaria dos Bora na Amazônia Peruana. Morrisville, NC: Lulu Enterprises, 2013.



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