terça-feira, 17 de setembro de 2019

Vídeos para se pensar o Brasil

Nesse post, eu reúno alguns vídeos encontrados no youtube, no Canal "Casa do Saber", que abordam temas e questões do Brasil, aspectos sociais, violência e corrupção.

Essa foi a primeira proposta de atividade do Componente Curricular "Temas e Questões do Brasil Contemporâneo" e escolho os vídeos da "Casa do Saber" pelos temas levantados, os acadêmicos e estudiosos convidados para discutir ou refletir sobre esses temas e a duração dos vídeos. São vídeos de curta duração e que apenas suscitam discussões que podem ser amadurecidas por quem os assiste.

Abaixo estão os links dos vídeos que selecionados:



Quem discute a temática é Saulo Goulart, doutor e mestre em História pela Unicamp, que traz a necessidade de construção da identidade brasileira a partir da obra "Casa-Grande e Senzala" de Gilberto Freyre (1933).
A obra faz o esforço de entender a formação social e a formação familiar do brasileiro, o que é, como surge e de onde tiramos os elementos principais da nossa identidade.
O negro da senzala e o senhor da casa grande são os dois grandes elos da miscigenação brasileira, "responsável pelo apaziguamento das diferenças étnicas principalmente no período colonial"
Saulo Goulart, fala sobre a importância no livro como chave para o entendimento do Brasil, não como ele retrata a sociedade colonial, mas como suas ideias influenciam e moldam o Brasil até hoje.



Saulo Goulart fala nesse vídeo sobre a obra de Sérgio Buarque de Holanda (1958). Um livro pouco visitado, bastante complexo, com um proposta que busca entender como portugueses e espanhóis reagiram e tentaram buscar o mito do paraíso na Terra, pela exuberância da natureza dos trópicos.
O livro tenta, a partir de formulações de um suposto paraíso na terra, identificar peças fundamentais da mentalidade dessas duas populações ibéricas. 
A ideia central discutida é como brasileiros mantém mentalidades ou formas de pensar do povo que o colonizou. 



Nesse vídeo, Glenda Mezarobba, mestre e doutora em Ciência Política pela USP, consultora do PNUD para a Comissão Nacional da Verdade, abre discussão sobre a violência, refletindo sobre o período da Ditadura Militar no Brasil (1964-1985) associando essa realidade ao processo de escravidão.  Para Mezarobba, "os níveis que temos de violência e de crimes contra a vida, passa pelo legado da escravidão."



Quem reflete sobre esse tema é o Psicólogo e psicanalista Luiz Hanns, ele aponta para questões que colocam o Brasil numa relação da passividade com a corrupção, justamente por ela estar incorporada na vida privada dos seus cidadãos. Hanns trabalha os conceitos de Corrupção Sistêmica e Corrupção Endêmica. 
Sugere uma mobilização que impregne na sociedade de forma que todos se sintam convocados a combater essas corrupções, principalmente a Corrupção Endêmica.
Uma terceira corrupção citada é a Corrupção Sindrômica, que é o espírito de burocratização que sustentamos no país, com leis "incumpríveis". Hanns considera que é necessário corrigir não só a fiscalização mas também a legislação, além da má gestão das instituições do Estado.




quinta-feira, 11 de julho de 2019

Sobre Memória e Identidade


Sobre Memória e Identidade, quero compartilhar o vídeo "A Importância da Preservação de Museus e Patrimônio Cultural" do Canal da "Casa do Saber" no Youtube.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Educação Inclusiva: Questões Norteadoras



a. Educação Especial e Educação Inclusiva são sinônimos? Há diferença? Qual?

Acredito que Educação Especial e Educação Inclusiva não sejam sinônimos, embora uma possa acontecer na perspectiva da outra. Entendo que a diferença principal entre as duas formas de educação seja o atendimento e não as suas bases (ou objetivos).

A Educação Especial, por usa vez, deveria, no meu entendimento, garantir o atendimento especializado ao aluno com deficiência, entendendo que ele tenha necessidades especiais de ensino e que por tanto, precise de uma educação específica e voltada primordialmente para suas necessidades. A Educação Inclusiva, no meu entendimento, deveria atender a uma diversidade de públicos, garantido a interação entre o seu público comum e o público com necessidades especiais, fazendo com que os dois interajam num espaço acessível criando uma cultura de respeito às diferenças. Um tipo de educação, não anula o outro.


b. Qual o termo correto a ser utilizado:
* Pessoa especial
* Pessoa deficiente
* Pessoa com deficiência
* Pessoa com necessidades especiais


Sempre que leio algo sobre educação especial ou educação inclusiva, os termos que aparecem são sempre: pessoa com deficiência ou pessoa com necessidades especiais. Acredito que estes dois termos estejam corretos.


c. O que é acessibilidade? Quando sei que os lugares, as situações e as pessoas são acessíveis? quais são os tipos de acessibilidade que existem?
Garantir o acesso de pessoas com necessidades especiais a lugares, serviços, bens, etc. os lugares serão acessíveis se todas as pessoas, independentemente das necessidades especiais das quais são portadoras, conseguem acessá-lo. Para que se perceba isso, torna-se necessário tomar a necessidade espacial como ponto de partida para analisar, compreender e construir as adaptações nas formas de acesso.

As barreiras às pessoas com deficiência podem ser urbanísticas, arquitetônicas, transportes, na comunicação e informação, atitudinais e tecnológicas. Assim toda acessibilidade deve contemplar a superação dessas barreiras.

De acordo com o Instituto de Inclusão do Brasil, a acessibilidade pode ser atitudinal, arquitetônica, metodológica, programática, instrumental, nos transportes, nas comunicações e digital.





Fundamentos da Pluralidade Imagética

Componente Curricular: Fundamentos da Pluralidade Imagética
Docente: Saulo Rondinelli Xavier da Silva (Lattes)

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Ementa: Metodologias de análise (textuais e contextuais) dos diversos tipos de imagem; Utilização de obras artísticas e meios expressivos como instrumental para o processo de aprendizagem; Poéticas e meios técnicos. Imagem como registro, como narrativa e como expressão corporal: fotografia, cinema (ficção e documentário), animação, serialização televisiva, HQ.

Objetivos Gerais:


Bibliografia Básica:

AUMONT, Jacques. A imagem. Campinas: Papirus, 2004, 320 p.

BARTHES, Roland. A câmara clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015, 112p.

REIS, Daniel Aarão (org.). Vários autores. Versões e Ficções: o sequestro da história. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1997.

Pedagogias Ativas

Componente Curricular: Pedagogias Ativas
Docente: Rosemary Aparecida Santiago (Lattes)

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Ementa: Estudo das concepções de pedagogia e de pedagogia ativa: história e produção do conhecimento. Modelos e modalidades de pedagogia ativa: Pedagogia de Projetos; Arco de Menguerez; Estudo de Caso; Estudo do Meio; Trabalho de Campo X Aula de Campo; Visita Técnica etc. Análise de propostas de intervenção e produção de intervenções: projetos, planos e ações, a partir da realidade local. Práticas de ensino com base na pedagogia ativa para a educação básica.

Objetivos Gerais:


Bibliografia Básica:

BEHRENS, M. A. O paradigma da complexidade. Metodologia de projetos, contratos didáticos e portfólios. Petrópolis: Vozes, 2006.  


MORAN, J. M. MASETTO, M. T; BEHRENS, M A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. HERNÁNDEZ, F.; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de trabalho. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.




Temas e Questões do Brasil Contemporâneo

Componente Curricular: Temas e Questões do Brasil Contemporâneo
Docente: Regina Soares de Oliveira (Lattes)

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Ementa:
Problemas e desafios do Brasil contemporâneo no entrecruzamento de diferentes abordagens disciplinares. Vulnerabilidades socioambientais das cidades. Transformações econômicas, cidadanias, e acesso ao território. Novos processos e controvérsias em contextos híbridos de naturezas e sociedades.

Objetivos Gerais:


- Problematizar a forma como alguns mitos sobre a “brasilidade” foram construídos por intelectuais dentro e fora do Brasil e como se incorporaram ao imaginário e a cultura do povo brasileiro;
- Compreender as contradições entre esses mitos e as práticas cotidianas vigentes na atual sociedade brasileira;
- Entender algumas das atuais questões que envolvem o Brasil contemporâneo no campo político, social e cultural e como essas questões são podem ser pensadas e analisadas de forma dissociada.

- Compreender alguns dos dilemas brasileiros contemporâneos;
- Refletir sobre a constituição de um “projeto de nação” no Brasil e suas implicações na atualidade;
- Situar os dilemas da região Nordeste em relação ao Brasil;
- Analisar a relação do espaço urbano com as sociabilidades territoriais;
- Problematizar conceitos e teorias sobre o Brasil.

Bibliografia Básica:

MATTA, Roberto da. O que faz o Brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1997

COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília. O Brasil Republicano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

SCHARWARCZ, LILIA M; STARLING, Heloisa M. Brasil: uma biografia. 2ª ed. São Paulo: Cia das Letras, 2015.

Educação Inclusiva

Componente Curricular: Educação e Direitos Humanos
Docente: Maria Helena Machado Piza Figueiredo (Lattes)

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Ementa:
Aspectos históricos e legais da Educação Especial: Quem são as pessoas com deficiência/necessidades especiais: Altas habilidades, deficiência (auditiva, visual, intelectual - síndrome de Down, física e múltipla), autismo, dislexia, TDAH; Modalidades de atendimento: suporte e recursos; Políticas públicas para Educação Inclusiva – Legislação Brasileira: o contexto atual; Acessibilidade à escola, adaptações curriculares; Tecnologia Assistiva.

Objetivos Gerais:
- Desenvolver nos estudantes uma visão ampla sobre os conceitos da Educação Inclusiva/Educação Especial;
- Focar na identificação das potencialidades do educando com deficiência
- Nas escolhas das adaptações curriculares necessárias para suprir suas dificuldades acadêmicas
- Planejar, executar uma sondagem sobre Inclusão visando a identificação dos principais problemas no processo de inclusão escolar.

Bibliografia Básica:


MENDES, Enicéia G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 11 n. 33 set./dez., p. 387- 405, 2006.

sábado, 11 de maio de 2019

Sequência Didática: Coaraci no Tempo e na História


Essa sequência didática tem como objetivo principal, contribuir com a compreensão sobre o tempo na história (tempo cronológico e tempo histórico) a partir de uma revisão da história política do município de Coaraci. Para isso, objetivos específicos foram delineados, a saber:

Fomentar reflexões sobre o(s) concepção(ões) de tempo.
Mediar a compreensão sobre o tempo cronológico e as formas de se “medir o tempo” e sobre o tempo histórico a partir, a ideia de simultaneidade e as dimensões do tempo (curta, média e longa duração).
Conhecer o contexto histórico e geográfico do município de Coaraci situando-o no tempo cronológico e histórico.
Situar registros fotográficos da cidade de Coaraci no tempo percebendo como esses registros contribuem para a narrativa histórica sobre o município.
Compreender o processo de formação da cidade de Coaraci a partir da ideia de simultaneidade do tempo histórico.
Conhecer o prefeitos da cidade de Coaraci, associando eventos já levantados e esses períodos políticos, tanto no âmbito municipal, quanto estadual e federal.
Compartilhar memórias individuais/coletivas sobre a história de Coaraci, comparando-as com os registros levantados sobre a cidade ao longo do tempo.

Para acessar a SD, CLIQUE AQUI.




NORBERT (1998): Sobre o Tempo


Fichamento feito a partir da leitura em:
ELIAS, Norbert. Sobre o tempo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998. (p. 33 - 50)

Tempo e noção de tempo ligada à experiência humana, o processo de aprendizagem ao longo das gerações. A capacidade de síntese do homem para relacionar os acontecimentos não é simplesmente condição de um indivíduo particular, como defenderam os filósofos de Descartes e Kant, mas transmitida de uma geração para outra. Isso porque a visão de homem de esses filósofos tinham não contemplavam a construção do homem ao longo dos séculos, como uma unidade autônoma.

A noção que temos de tempo hoje, só é possível por conta das experiências humanas ao longo dos anos, construindo a partir do poder de síntese, o que pode ser o tempo. As formas de medir o tempo desenvolvidas ao longo dos anos, também configuram a forma como percebemos o tempo. Com o passar dos anos a formas de textualizar as abstrações ou sintetizações dos acontecimentos também mudaram. A linguagem é outra.

Quando mais autônomo o ser humano se tornava com relação à natureza, mais tornou-se dependente de dispositivos artificiais para medir o tempo. Lembrando que essa evolução não é retilínea, mas cheia de retrocessos e descontinuidades. Outro problema com relação ao entendimento sobre o tempo e a substantivação do próprio tempo.

Coube a Einstein evidenciar o tempo como uma força de relação e não como um fluxo objetivo, como acreditava Newton. O desenvolvimento das sociais no espaço físico da natureza, fez com que o homem enxergasse natureza e sociedade separadamente. Pensar o tempo separando as dimensões física e social não é possível.

Ao longo dos anos, mecanismos, eventos e ações foram utilizados como medidores do tempo. Mas os problemas sobre o tempo não foram superaram.

Para acessar o fichamento CLIQUE AQUI.

Sequências Didáticas para Produção de Material Didático



A atividade final do Laboratório “Análise de Material Didático” consistiu em observar a realidade de uma unidade escolar e propor a partir de uma sequência didática uma ação de ensino e aprendizagem que culminasse na produção de um recurso didático. A aplicação da proposta e este relatório também fazem parte da atividade final.

Os conhecimentos e saberes adquiridos ao longo do quadrimestre possibilitaram uma análise crítica sobre os recursos que auxiliem os processos de ensino e aprendizagem além de uma visão mais ampla sobre materiais para além do livro didático.

Esse relatório deve contemplar duas propostas distintas, uma primeira pensada para o anexo do Colégio Estadual Almakazir Gally Galvão - CEAGG, Colégio Universitário da Universidade Federal do Sul da Bahia e uma última pensada para o 3º ano médio regular do colégio (sede).

ACESSE:

UNESCO (1998): Educação ao Longo de Toda a Vida

Fichamento feito a partir da leitura em:
UNESCO. Cap. 05: Educação ao Longo de Toda a Vida, em: Educação um Tesouro a Descobrir: Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Cortez Editora, São Paulo – SP. 1998.


Com a ideia de Educação ao longo da vida e primordialmente com as questões especificas da relação entre a idade adulta e a aprendizagem, torna-se necessária a desconstrução da ideia de que o potencial cognitivo diminui com a idade acaba fomentando o preconceito de que o adulto não é mais apto a aprender, deste modo, a educação (e principalmente a alfabetização) de adultos esbarra numa convenção equivocada de que não são necessários investimentos numa educação para a população adulta.

Princípio da Educação Permanente traz que a educação acontece ao longo da vida, não em fases ou momentos determinados, e que a escola não pode estar distante desse processo. Promover a Educação Permanente significa garantia do direito de todos à educação independentemente da idade.

É importante reconhecer que a Educação Permanente propicia a formação dos educandos e dos trabalhadores como cidadãos com autonomia tornando-o capazes de dialogar com as mudanças requeridas pela sociedade no sentido da justiça, igualdade e do direito de todos.

Para acessar o fichamento CLIQUE AQUI.




UNESCO (1998): Os Quatro Pilares da Educação

Fichamento feito a partir da leitura em:
UNESCO. Cap. 04: Os Quatro Pilares da Educação, em: Educação um Tesouro a Descobrir: Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Cortez Editora, São Paulo – SP. 1998.

Os quatro pilares da educação levantados pela Comissão Internacional sobre Educação à Unesco, considera o ser humano com suas complexidades num mundo também complexo, múltiplo, que carrega paradoxos que só podem ser solucionados se o ser humano é visto integralmente do ponto de vista local e global, capaz de modificar de forma inter e transdisciplinar os problemas ou conflitos que coexistem em sua realidade.

Pensar o ser humano como autônomo, capaz de criar e inovar num mundo extremamente complexo e desafiados e pensa-lo não só do ponto de vista da educação bancária, ou de tua educação extremamente técnica e pouco estratégica. A educação e suas bases devem garantir um caminho pelo qual o homem em sua totalidade e ao longo da vida, seja protagonista frente aos problemas que o rodeiam.

Para acessar o fichamento CLIQUE AQUI.

Observação em Campo-Escola para Intervenção



O presente texto faz referência à observação realizada no campo-escola, considerando múltiplas perspectivas de análise do espaço escolar e do material didático utilizado (ou não) naquela unidade para, posteriormente, pensar uma intervenção que resulte na produção de um material didático.

A Unidade Escolar escolhida foi o anexo do Colégio Estadual Almakazir Gally Galvão (CEAGG) no distrito de Itamotinga, pertencente ao município de Coaraci-BA. O anexo, como o “colégio-sede”, oferta o ensino médio e funciona no Prédio Escolar João Mendes da Costa cedido pelo município, construído na gestão do prefeito Gilberto Lyrio e inaugurado no dia 12 de dezembro de 1969. O ato de inauguração provavelmente fez parte das comemorações alusivas à emancipação política da cidade que aconteceu é 12 de dezembro de 1952 e desde então é comemorada todos os anos.


Antes de tecer análise sobre o espaço escolar, a relação entre professores e recursos didáticos, o desenvolvimento de atividades pedagógicas e as possibilidades de produção, torna-se necessário mencionar um momento anterior, o do deslocamento de professores e alunos para o anexo. Três ou quatro professores se deslocam diariamente e alguns alunos embarcam no percurso, a escola está numa localidade de difícil acesso e a viagem dura entre 40 minutos e 01 hora, alguns trechos oferecem um certo risco e em dias de chuva todas as dificuldades do trajeto ganham uma proporção maior. Ao entrar no ônibus para nossa observação no campo-escola, que aconteceu numa terça-feira, dia 19 de março do corrente ano, às 18h e 10min, constatamos livros didáticos empilhados no piso do transporte, eles seriam entregues naquele que seria o segundo dia de aula.


As aulas são ofertadas no turno noturno e, embora regular, a cotidiano dá às práticas pedagógicas, características de educação de jovens e adultos (EJA) e educação do campo. O anexo possui menos de 50 alunos matriculados o que, para o Governo do Estado, do ponto de vista administrativo e financeiro, não é um atrativo para a manutenção de oferta do ensino médio naquele lugar. A comunidade escolar ali, não se sente parte da “colégio-sede”, não participa dos projetos ao longo do ano e não apresenta perspectivas quanto ao ingresso no ensino superior. Uma professora, desenvolve todo ano um projeto voltado para preservação da memória local, valorização da história do distrito e a relação entre o homem e o meio ambiente.

O grupo de observação foi composto por 07 alunos da Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB, a saber: Alana Benevides de Souza, Adclecia Andrade, Geiziane Teles da Silva, Hildebrando Neri dos Santos Neto, Luciara Oliveira do Nascimento e por nós, Erivelton Souza Campos e Kévila dos Santos Souza Guerra.

Num primeiro momento notou-se que a escola estava ainda em reforma, com pintura recente e ainda desorganizada. O prédio possui 03 salas de aulas, amplas e arejadas, 04 banheiros pequenos, 01 sala que serve como secretaria, coordenação e sala de professores (apenas uma professora afastada da sala de aula atua como secretária e coordenadora no local), 01 cozinha, 01 sala reservada para o funcionamento da diretoria de uma creche municipal no turno matutino. O mobiliário é aparentemente adequado.

Na sala: mesas, cadeiras, mesa do professor, um quadro branco e um “ventilador de pé”. A escola não possui computador, aparelho de som ou DVD. Livros apenas os didáticos, 01 aparelho de Datashow quebrado, uma TV pendrive, murais vazios e um globo. A escola possui acesso à internet.



Acompanhamos uma aula de química, ministrada pelo professor Lázaro na turma do 1º ano. A aula foi dada considerando a realidade local e o cotidiano dos alunos, a diferença entre produtos naturais e industrializados, a composição de medicamentos comuns.


Conversamos também com o professor Caetano, que ministrou aula de espanhol no 2º ano, o professor organizou a sala em círculo antes da entrada dos alunos e tinha consigo alguns dicionários do espanhol. Segundo ele, os dicionários foram conseguidos numa gincana, pois a escola não possuía esses matérias, alguns foram doados ou comprados pelo próprio professor. O professor ainda cita algumas dificuldades no ensino dá língua espanhola, os livros didáticos, por exemplo, vêm com um CD anexado, mas o uso é impossível na escola atualmente pela falta de aparelho de som.

Muitos alunos vão para a escola, fardados, mas não entram no prédio, ficam do lado de fora socializando, os que possuem celulares utilizam o sinal da rede wi-fi da escola. A parte externa da escola parece ser um lugar de fuga, eles não estão em casa, mas também não estão assistindo aula. Existe outra área externa nos fundos da escola, é ampla, limpa e muito arejada com uma grande árvore no meio. O espaço parece ser oportuno para atividades fora da sala de aula, socialização, leitura, projetos, etc. mas não é utilizado.

A adequação desse espaço para atividades educativas parece ser uma ação acertada para a melhoria da prática pedagógica. Criar algum mecanismo para a aquisição de um aparelho de som para a escola também foi citado pelo grupo observador.


ROSEMBERG (2003): Racismo em Livros Didáticos Brasileiros e Seu Combate


Fichamento feita a partir da leitura em:
ROSEMBERG, Fúlvia; BAZILLI, Chirley; SILVA, Paulo Vinicius Baptista da. Racismo em Livros Didáticos Brasileiros e Seu Combate: Uma Revisão da Literatura. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.1, p. 125-146, jan./jun. 2003


Os autores analisam a abordagem sobre racismo nos livros didáticos em três perspectivas diferentes, a primeira apresenta um panorama brasileiro que relaciona racismo e educação, a segunda se volta para como ou se o racismo é apresentado em livros didáticos e a terceira aponta para as ações de combate ao racismo com a iniciativa de movimentos sociais até o arcabouço legislativo que ampare ações de combate a esse tipo preconceito em livros didáticos.

A expressão “discurso racista” é utilizada no sentido de não responsabilizar diretamente autores, governantes, e demais atores sobre a manutenção do racismo, evidenciando o racismo na sua perspectiva estrutural e simbólica enraizada na sociedade brasileira e forjada desde a colonização europeia, a exploração e escravidão em seu contexto.

Os autores elencam algumas pesquisas encontradas avaliando o tempo ou se condensando a ações que são impulsionadas primordialmente a partir da década de 50, mas que se matem insuficiente frente à quantidade de pesquisas relacionadas a livro didático no Brasil ao longo dos anos.

Os autores finalizam apresentando o suporte social, político e legislativo para combate ao racismo na educação e em livros didáticos, mas que acabam por reforçar que ainda já um longo caminho pela frente.

Para acessar o fichamento do texto CLIQUE AQUI.




Olhares Sobre a Cidade - História do Centro Educacional de Coaraci



O trabalho reúne memórias individuais que ajudam a construir uma memória coletiva acerca da história do CEC e sua contribuição social e cultural para a comunidade no seu entorno, como para o município de Coaraci-BA.

A execução do trabalho geral se deu com um conjunto de ações propostas em grupo que se estruturam justamente a partir de algumas metodologias em humanidades como, observação e pesquisa etnográfica; pesquisa qualitativa e quantitativa, fotografia, entrevista, história oral e história de vida. A reunião dos produtos dessas metodologias valorizando o olhar de diversos atores sobre a história local, mobilizando a comunidade escolar no planejamento e realização das atividades culminam na produção de um banner, produto final desse trabalho, cujo título foi “História do Centro Educacional de Coaraci: Outros Olhares.”



A história do CEC se repercute na vida de muitos coaracienses, o que o torna um espaço vivo que participa da experiência histórica de diferentes grupos sociais. Para esta realidade a equipe criou uma rotina de visitas à escola e aos moradores locais para coleta de informações (relatos, entrevistas, fotografias antigas...) no período entre 08 e 23 de abril.

Para acessar o relatório individual completo, CLIQUE AQUI.

Projeto Itinerante Insterdisciplinar de Sensibilização Ambiental nas Escolas


Pensar as questões da educação na modernidade inclui um agrupamento crítico de ações que compreendam e contribuam para a resolução de conflitos ambientais provocados pela ação humana. Nesta via de mão dupla, não há como se pensar as questões ambientais e a ação humana sem perceber a educação como instrumento primordial para a superação dos desafios que surgem a partir dessa relação.

A escola está para além do livro, dos cálculos, das interpretações textuais, dos conhecimentos geográficos ou históricos de uma localidade ou período. A escola atual tem compromissos maiores, práticos e de relevância social, está inserida na comunidade e nela precisa aplicar mudanças práticas. Assim sendo, o papel da escola está em formar pessoas capazes de organizar, mudar, impactar a sociedade.

Pensando nesta perspectiva este projeto contribui para que haja na sociedade pessoas capazes de desenvolver ideias sustentáveis e fomenta mudanças de comportamentos que beneficiem o meio ambiente, que reduzam a poluição, e que ajudem o ser humano a viver harmonicamente com o ambiente em que vivem.

Este projeto contempla discussões interdisciplinares sobre as questões ambientais a partir da realidade de alunos do ensino fundamental da rede municipal de educação de Coaraci-BA.


Para acessar o projeto CLIQUE AQUI

Pensando Interveção em Educação Ambiental



A ação de intervenção pensada foi um projeto itinerante que provocasse mudanças no comportamento de alunos, pais e professores sobre as questões ambientais. A proposta é um "Projeto Itinerante Interdisciplinar de Sensibilização Ambiental nas Escolas".

Sensibilização ambiental é instrumento primordial para mudanças nos comportamentos que afetam direta ou indiretamente o meio ambiente. Para Magalhães (2017), sensibilizar é procurar atingir uma predisposição da população para uma mudança de atitude. Mudar atitudes requer educação, apresentando os meios da mudança que conduzam à melhor atitude, ao comportamento adequado perante o ambiente.

Conscientizar é só tornar o outro consciente do problema; Mas sensibilizar é fazer com que o outro se sinta parte do problema e passe dessa forma a buscar uma solução.

A partir de dois temas geradores, o consumo de água e a importância da floresta amazônica e o saneamento básico e o descarte de resíduos, estrutura-se esta atividade que tem como objetivo as comunidades escolares acerca dos cuidados com o meio ambiente de maneira interdisciplinar. Deverá acontecer na semana do meio ambiente (1 a 5 de junho de 2019). A equipe percorrerá as escolas públicas municipais para realização do evento num trabalho conjunto com a gestão, professores e discentes.

O projeto está pensado para acontecer em três momentos.

O primeiro momento será de acolhida, com uma breve conversa guiada pela “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” da Unesco. Logo após serão apresentados os temas e oficinas, os grupos de alunos se organizarão por interesse.

O segundo momento acontecerá com uma oficina interdisciplinar com todos os professores presentes, salientando como as diversas disciplinas no currículo escolar podem contribuir juntas para a sensibilização cotidiana da comunidade escolar quanto às questões ambientais, propondo ações efetivas para essas intervenções. A esse tempo, também acontecerão oficinas com os alunos, onde serão trabalhados os temas: a) Economize água/energia; b) Plante/alimentação saudável; c) Reduza/reutilize/recicle; d) Preserve a Biodiversidade; e) (re)pensando saneamento.

Durante a execução do projeto, dados de pesquisas já realizadas, serão apresentados e os ouvintes após as discussões sobre os temas pressupostos terão que desenvolver algumas atividades que serão apresentadas como resultados das questões abordadas.

O terceiro momento contará com uma com a socialização das produções em todas as oficinas encerrando com a fala dos professores e da gestão sobre essa experiência.



Rios Voadores

A Amazônia é, não só o pulmão, mas coração do mundo. Por isso quero compartilhar um assunto interessante. Compartilho dois vídeos que falam sobre "Os Rios Voadores".







AVZARADEL: Ética e Educação Ambiental: Um Diálogo Necessário


Resumo a partir de:

AVZARADEL, Pedro Curvello Saavedra. Ética e Educação Ambiental: Um Diálogo Necessário. Revista de Direito da Cidade, vol.05, nº01. ISSN 2317-7721 p. 65-85

A obra contribui com a discussão sobre possíveis caminhos éticos e educacionais como objetos interdisciplinares à uma educação ambiental que dialogue com as diferentes realidades para a resolução de conflitos. O autor inicia a discussão ratificando a necessidade de se pensar novas práticas humanas para a manutenção da vida na terra, propostas que devem ser pensadas considerando as questões sociais, ambientais e econômicas para promoção da sustentabilidade.

Repensar a ação humana na Terra a partir das experiências com a má utilização dos recursos naturais surge como importante pauta justamente por conta dos desequilíbrios ambientais pelos quais somos todos afetados enquanto habitantes deste planeta.

Numa perspectiva transversal de se pensar ações que conversem questões globais e locais simultaneamente, destaca-se a Política Nacionao de Meio Ambiente – PNBA, na década de 80, redesenhando as ações do Estado para que se controle a ação humana no meio ambiente a partir de um processo educação que deve estar presente em todos os níveis de ensino.

A PNMA visa, portanto, desde sua primeira redação dentre outros objetivos, "[...] à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico". Essa política configura um marco na formação de um arcabouço teórico que regula enquanto promove atividades ligadas à relação entre o homem e o meio ambiente. Além disso, ainda na década de 80, temos a promulgação da Constituição Federal (CF/1988), estabelecendo os alicerces para a manutenção de um pensamento coletivo que possibilite a garantia de efetivação dos direitos da natureza.

Vale ressaltar que o conceito legal de educação ambiental trazido no artigo primeiro, entendida como "os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente [...]"

A “Constituição de 88” não apenas estabeleceu o dever de educar, mas também o vinculou à finalidade de preservar. A Lei 9.795/1999 determina que a educação ambiental seja incorporada em processos formais e informais de educação. De acordo com o artigo 13, "entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente"
Ao analisar a trajetória da educação ambiental no Brasil, Carlos Frederico B. Loureiro conclui que
[...], "apesar da mobilização dos educadores ambientais e da aprovação da lei que define sua política nacional, a Educação ambiental ainda não se consolidou em termos de política pública de caráter democrático, universal e includente, o que, inclusive, justifica os encaminhamentos em âmbito federal"


O fato de não termos ainda uma educação ambiental consolidada enquanto processo educativo nos impõe não apenas a necessidade de pensar em formas de efetivá-la, mas também de pensar como, a partir de que pressupostos éticos, ela deve ser conduzida.

O autor, ao citar Ana Alice de Carli, registra que "[...] a educação ética ambiental é conditio sine qua non para o estabelecimento de parâmetros de sustentabilidade tanto para os produtores quanto para os consumidores, pari passu o desenvolvimento da pesquisa por novas tecnologias". A dialética existente entre ética e educação ambiental parece nos conduzir a um paradoxo. Por um lado, consideramos imprescindível a educação ambiental para a construção de uma nova ética, capaz de reaproximar os seres humanos com os demais seres vivos, com a natureza. Além de reconhecer expressamente a conexão entre ética e educação, a Lei em cotejo traz como diretrizes o reconhecimento dos aspectos culturais, sociais e econômicos na configuração do ambiente.

O Conselho Nacional de Educação (CNE), por meio da Resolução n. 2/2012, estabeleceu em seu artigo 16 que os conhecimentos relativos à educação ambiental podem ser inseridos nos níveis básico e superior de três formas:  transversalmente;  "como conteúdo dos componentes já constantes do currículo" ; combinando as duas anteriores.

Ao que tudo indica, o fato de a educação ambiental não poder ser uma disciplina, ao mesmo tempo em que rompe com a lógica predominante, esbarra na prática pedagógica cartesiana.

A ética, portanto, é instrumento capaz de reforçar desdobramentos sociais para o asseguramento das legislações ambientais, mesmo diante dos conflitos de aplicação e validação de muitas leis que se esbarram num comportamento devastador, enraizado na sociedade brasileira.

Educação ambiental e ética, estabelecem uma relação de sensibilização coletiva com as questões ambientais e mais do que isso, um protagonismo para que se pense e se reverta ações que afetam o meio ambiente.

O bem viver, pensado para o futuro, deve também fazer parte do fazer cotidiano no presente. Considerando os processos históricos, culturais e sociais para a prática de uma educação ambiental bem alicerçada, transversal, que favoreça a consolidação de uma nova forma de pensar as ações humanas.

Educação Ambiental e Sustentabilidade


Componente Curricular: Educação Ambiental e Sustentabilidade
Docente: Danusa Oliveira Campos (Lattes)

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Ementa: Diversas concepções teóricas e metodológicas de Educação Ambiental. Pressupostos éticos da Educação Ambiental. Marcos Legais da Educação Ambiental no Brasil e no Estado da Bahia. Educação Ambiental e Sustentabilidade. Desafios para construção e implementação de processos de Educação Ambiental crítica na escola. Elaboração de Projeto ou Plano de Ação (intervenção sócio-educativa) de Educação Ambiental crítica na escola.


Objetivos:

Bibliografia Básica:

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental - Resolução No 2, de 15 de junho de 2012. Brasília: Ministério da Educação (MEC), 2012.

CARVALHO, Isabel C. M. Educação Ambiental e a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2012.

LIMA, Gustavo. Educação e Sustentabilidade: possibilidades e falácias de um discurso. In: II Encontro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade (ANPPAS). Indaiatuba,SP, 2002.

SAUVÉ, L.; ORELLANA, I. A formação continuada de professores em educação ambiental: a proposta. In: EDAMZ. In: SANTOS, J. E. e SATO, M. (orgs). A contribuição da educação ambiental para a esperança de Pandora. São Carlos: RiMA, 2001.
 

TRABJER, Rachel e MENDONÇA, Patrícia Ramos. O que fazem as escolas que dizem que fazem educação ambiental? Brasília: MEC/UNESCO, 2006

terça-feira, 16 de abril de 2019

RICOEUR (2012): O Tempo da História e o Destino do Acontecimento


Nesta sexta (12/04) aconteceu mais um debate sobre tempo e sociedade a partir da obra a partir da obra de Ricoeur (2012), que trata, numa perspectiva fenomenológica, da correção entre a atividade de narrar uma história e a temporalidade da experiência humana.

Ricoeur, registra que a narrativa da história está ligada à experiência humana e constrói teses a partir de “O Mediterrâneo” de Braudel, como exemplo de narrativa histórica e para abordar o estudo da narrativa do mundo, provendo-se também das análises de Santo Agostinho e de Aristóteles (grande influência sobre os pensadores que analisam o tempo) e a ideia, neste caso, não é faze uma discussão conceitual sobre o tempo, mas com ao ideia de tempo formula a temporalidade.

O autor também formula tese a partir dos três níveis levantados por Braudel e a “intriga” entre esses níveis, considerando a convivência das três temporalidades (de curta, média e longa duração). No primeiro nível “o mediterrâneo” é sujeito e espaço, no segundo, a história se converte em geopolítica e no terceiro discute-se o acontecimento. O papel humano na construção do acontecimento.

A ideia de intriga, abordada por Ricoeur, tem caráter ciclo e está associada à noção de crise, sento tudo o que acontece simultaneamente ao evento que se diz principal na história, mas compete para o desfecho dos fatos. Sobre as intrigas não há controle.

Outro ponto abordado considera que nem toda narrativa é histórica, pois na narrativa história existem “estruturas”.

Outros autores são citados, como Le Goff que considera, numa visão etnográfica, superar o falso dilema estrutura-conjuntura e principalmente conjunturaacontecimento. A crítica feita a Le Goff defende que, descrever algo que não presenciou torna primordial se atentar para as intrigas, que são, como dito, os acontecimento paralelos.

Geoges Duby também é mencionado como o “historiador das mentalidades” por contribuir para a compreensão do comportamento da sociedade. A discussão é finalizada considerando que toda mudança entra no tempo histórico como quase acontecimento e que existe uma pluralidade de tempo histórico que acontecem ao mesmo tempo.


domingo, 14 de abril de 2019

Conversando Direitos Humanos com as Crianças do 3º Ano da Escola Maria Barreto



Na última terça (dia 09), realizamos a atividade final do CC Educação e Direitos Humanos. Depois de diversas e produtivas discussões acerca dos Direitos Humanos e da Educação como direito e como caminho para a consciência sobre os direitos, bem como instrumento para a equidade social, escolhemos as turmas de 3º Ano do ensino fundamental da Escola Municipal Maria Barreto Santiago em Coaraci-BA, para uma conversa sobre os direitos da criança.

Para a conversa, o recurso didático utilizado foi o fantoche, entendido como facilitador no processo de comunicação entre nós, grupo de ação, e as crianças. A conversa durou cerca de 30 minutos e os alunos participaram ativamente do diálogo, respondendo a questionamentos simples mas instigadores, ponto de partida para profundas reflexões contextualizadas com as realidades atuais, a exemplo: A criança deve trabalhar?

O direito à educação e ao brincar foi o ponto chave da conversa, além do respeito ao próximo e às diferenças. Ao final, foram distribuídos pacotes com doces.

Agradecemos muito à Gestão, prof. Kátia Fabiana; à Coordenação Pedagógica, prof. Rita Reis e às professoras Mara e Mariella.

Abaixo, deixamos algumas fotografias:







segunda-feira, 8 de abril de 2019

EVENTO: Seminário Itinerante "Edições Zabelê: o livro no contexto da educação escolar indígena"



O que: Seminário Itinerante "Edições Zabelê: o livro no contexto da educação escolar indígena"
Quando: 12 a 17 de abril
Onde: UFBA, Aldeia Kaí, campus Sosígenes Costa, campus Jorge Amado, campus Paulo Freire



17/4 UFSB Campus Jorge Amado (Itabuna/BA)
"O livro como objeto poético de aprendizagem, materialidades indígenas, mirações"
19h • Exibição do mini-doc "FILME CARTA: Aos que sempre lutaram" (TI Comexatiba/Inventar com a Diferença)
19h30 • Bate-papo com Cynthia de Cassia Barra (UFSB), Alessandra Simões Paiva (UFSB), Laura Castro (UFBA) e Îã Gwarini Tupinambá / Laís Eduarda Tupinambá (BI Humanidades/UFSB), com mediação de Tássio Ferreira (UFSB).
Local: Auditório da Reitoria
O livro Kijetxawê Zabelê: Aldeia Kaí será lançado em todos os locais da programação do Seminário. Não é necessário inscrição prévia. HAVERÁ CERTIFICADO PARA OS PARTICIPANTES.

Coordenação Geral: Prof.ª Dra. Laura Castro e Prof.ª Dra. Cinara de Araujo
Arte do cartaz: Cacá Fonseca.

Mais sobre o projeto acesse: www.edicoeszabele.com.br

domingo, 31 de março de 2019

Fotografia e Pesquisa Científica - Atividade



O documentário acima serve de suporte para a atividade sobre fotografia e pesquisa científica, a partir da leitura em Guran (2012).

Questões norteadoras da atividade:


1) Qual o objetivo da pesquisa do documentário?

O objetivo da pesquisa é de, através dos alunos, perceber como a escola pode ser melhor do que ela é. A pesquisa é feita com alunos de escolas da educação de jovens e adultos no ensino médio.
Com isso é possível perceber como uma pessoa tem diferentes percepções do seu cotidiano pois o mesmo leva consigo lembranças e vivencias únicas e individuais.


2) Como se estrutura a pesquisa mostrada? (metodologia)

A pesquisa foi realizada em 2015. Inicialmente um questionário foi aplicado com cerca de mil jovens e destes, vinte participaram de uma conversa gravada. Depois disso houve uma exposição de imagens onde os pesquisados foram convidados a expor as suas visões e sentimentos ao perceber imagens expostas num varal.
No segundo momento o jovem Jhonata recebe uma câmera para fotografar seu cotidiano. Depois, uma entrevista foi realizada com Jhonata, afim de perceber seus sentimentos, impressões, motivações.


3) Quais elementos do uso da fotografia encontramos no documentário?

Muitas interpretações podem surgir de uma mesma fotografia, isso fica claro no primeiro momento do documentário quando alguns jovens fazem suas observações sobre as fotografias expostas. O mediador naquele momento não esclarece a fonte ou o local, a tentativa era de perceber intenções embutidas na fotografia.
As fotografias podem ser denominadas êmicas, produto do próprio entrevistado, endógenas e analisadas pelo pesquisados a partir da observação e do discurso do pesquisado.
No momento da entrevista o jovem Jhonata, apresenta fotografias 18 fotografias tiradas por ele, selecionadas dentre mais de 200 imagens, na apresentação das imagens ele traz um discurso sobre seu cotidiano e experiências vividas desde a infância. O primeiro momento, em que ele tira as fotografias pode-se relacionar com a “fotografia para descobrir” e no segundo momento, aliadas ao discurso, no momento da entrevista, percebe-se a “fotografia para contar”.


4) Quais informações interessam aos pesquisadores?

O contexto das fotografias, a intenção do entrevistado, quais relações ele tem com a fotografia, o que ele percebe na fotografia. Como o cotidiano do pesquisado contribuiu para o trabalho.


5) Quais informações interessam ao pesquisado?

Como as fotografias representam as experiências vividas no cotidiano, na infância, os desejos, alegrias, medos, sonhos, etc.


6) Qual postura adotam os pesquisadores em relação ao pesquisado?

Tentam se aproximar da realidade do entrevistado na tentativa de lhe deixar mais à vontade para expor suas experiências e a sua relação com as fotografias tiradas sem que ele fosse pressionado a falar não o que o pesquisador quer ouvir, mas o que ele realmente viveu durante o registro das imagens.




GURAN (2012): Considerações sobre a Fotografia como Instrumento de Pesquisa

Guran aborda porque e como a fotografia pode ser utilizada na pesquisa, a documentação fotográfica na pesquisa científica, bem como nas ciências humanas e sociais é mais uma alternativa para a investigação válida para a compreensão das realidades, contextos e processos históricos.

Sobre o tratamento quanto à leitura da imagem o autor aborda a diferenciação quanto à natureza da imagem: Émica (produto da própria comunidade, portanto interna) ou Ética (produto do pesquisador, portanto externa); a identificação da procedência da imagem; a descrição do contexto de produção e uso da imagem e; a definição dos usos da imagem no processo de pesquisa (descobrir ou contar).

Existem dois caminhos para os usos da fotografia:

A fotografia produzida “para descobrir” corresponde àquele momento da observação participante em que o pesquisador se familiariza com seu objeto de estudo e formula as primeiras questões práticas com relação ao trabalho de campo propriamente dito. (p. 67)

Fotografar “para contar” corresponde ao momento em que o pesquisador faz a síntese do seu trabalho, através da articulação, a partir do seu instrumental teórico, entre as suas premissas e as informações obtidas ao longo da pesquisa. (p. 68)

Sobre a eficiência de uma fotografia é possível apontar:
a) Articulação entre forma e conteúdo
b) Escolha do momento
c) Interação
d) Produção de sentido


BARROS (2010): Rupturas Entre o Presente e o Passado



Relatório sobre debate a partir da leitura em:

BARROS, José D’Assunção. Rupturas entre o presente e o passado: leituras sobre as concepções de tempo de Koselleck e Hannah Arendt In: Revista Páginas de Filosofia, v. 2, n. 2, p. 65-88, jul/dez. 2010.


Nesta sexta (29/03) aconteceu mais um debate sobre tempo e sociedade a partir da obra “Rupturas entre o presente e o passado: leituras sobre as concepções de tempo de Koselleck e Hannah Arendt” (Barros, 2010).

José D’Assunção Barros é historiador, doutor em História pela Universidade Federal Fluminense e se guia, nesse texto, pelas contribuições do historiador alemão Reinhart Koselleck, a partir do ensaio “Futuro Passado” (1979) e da filósofa política Hannah Arendt para discutir concepções sobre o tempo.

Na primeira parte do texto traz as ideias discutidas por Koselleck, tomando como ponto de partida as três instâncias da temporalidade (passado, presente e futuro) que abre espaço pra dois termos utilizados: Passado/Presente e Futuro/Presente. Estes termos estariam relacionados à Experiência e à Expectativa.

Para Koselleck, todos as experiências vividas e registradas estariam dentro do “Espaço da Experiência”, esse espaço moldaria os acontecimentos do presente, que por sua vez seria marcado pelo “Horizonte da Expectativa”. O autor vai falar sobre uma tensão entre expectativa e experiência e vai registrar que, segundo Koselleck (1979), na modernidade, as expectativas passam cada vez mais a distanciar-se das experiências feitas até então.

É a partir dessa discussão que Barros se utiliza das contribuições de Hannah Arendt para dar prosseguimento às discussões sobre o presente e o passado na segunda modernidade, oferecendo uma alternativa à ideia de linearidade do tempo, distinta, mas não antagônica à de Koselleck.

Nesta alternativa apresenta-se um confronto de temporalidades, como uma força que vem do passado e outra que parece vir do futuro, ambas presentes na prática cotidiana do homem que se autoproduz a partir dessas duas forças.

Por fim, foram feitas algumas considerações acerca de como enxergamos a ideia de futuro, numa perspectiva cristã, linear, de “futuro melhor” que faz com que estejamos sempre em movimento, criando expectativas, planejando o que é abstrato e o que não existe, porque não aconteceu, guiando-nos pela probabilidade e pelo imaginário.




sábado, 30 de março de 2019

KOSELLECK (2006): O Futuro Passado dos Tempos Modernos


Relatório sobre debate a partir da leitura em:

KOSELLECK, Reinhart. Capítulo I: O futuro passado dos tempos modernos" In: Futuro Passado: contribuições à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto/Ed. Puc-Rio, 2006. (p. 21-39)

Estando ausente, no momento da discussão em sala sobre o texto e o tema levantado por Koselleck, registro apenas às impressões a partir do que foi percebido no texto.

Koselleck utiliza, como ponto de partida para a discussão sobre o futuro passado nos tempos modernos, a obra “Batalha de Alexandre” de Albrecht Altdorfer, para apresentar as semelhanças que se quer destacar entre um acontecimento passado e um contemporâneo, neste primeiro momento, a Batalha de Alexandre e a Batalha de Maximiliano.

O autor ressalta o cunho cristão-humanista na obra, produto da influência da igreja na idade média e junto com essa influência toda história da cristandade até o “fim do mundo”.

O que se compreende por futuro passado então é justamente a perspectiva de futuro das gerações passadas captadas no presente (adotadas, neste caso, pela igreja católica), validando ou não tais concepções que se reinventam e buscam referência no que foi consolidado pela crença histórica.

Na era de poderio da Igreja, as perspectivas de futuros precisavam da autorização dessa instituição que patenteava (ou não) essas “visões” a seu modo.

A ideia de fim dos tempos concebida pela igreja é certa de um futuro enquanto está suspensa. Suspensa no tempo enquanto futuro houver (por não ser o fim propriamente). Assim, a história da igreja, como a história do fim do tempo carregada por ela, e por ela a história da salvação se perpetuam no futuro.

Os conflitos pelo domínio sobre as questões do futuro ocasionam uma distinção hierarquizada entre religião e política, o que muda a experiência do tempo na modernidade.

Neste novo contexto, o pensamento que traduz a relação entre a história e o futuro é que “a história humana não tem qualquer meta a atingir; ela é o campo da probabilidade e da inteligência humana. Assegurar a paz é uma tarefa do Estado, e não a missão de um Império” (p. 29)

Num outro momento o que se percebe é a ascensão do Estado que reprime as previsões religiosas ou astrológicas sobre o futuro e apropria-se da manipulação do futuro. Ligada à noção de fim da Idade Média, a história adota o conceito trino de “Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna” situando o homem na modernidade ciente de estar vivendo nela.

O que se tem é uma moderna filosofia atrelada à perspectiva de futuro do cidadão que se posiciona historicamente livre da submissão absolutista e da tutela da igreja, ou simplesmente predestinado, preso, ao que num momento passado se chamou futuro.





AUGUSTO (1989): Estudos Sobre o Tempo: O Tempo na Filosofia e na História


Relatório sobre debate a partir da leitura em:

AUGUSTO, Maria Helena Oliva. Estudos sobre o Tempo: o Tempo na Filosofia e na História In: Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (transcrição de comunicações). 1989.


Nesta sexta (dia 15) aconteceu um debate durante a aula do Componente Curricular Tempo e Sociedade a partir do texto “Estudos sobre o Tempo” (Augusto, 1989) elencando as ideias principais discutidas pela autora.

O texto estabelece um diálogo entre Jose Carlos Bruni que apresenta contribuições da Filosofia no entendimento sobre o tempo, Raquel Glezer que apresenta contribuições da história e por fim, Milton Santos encerra abordando a relação entre Tempo e Espaço.

Sobre o Tempo na Filosofia, Bruni expõe dois momentos, no primeiro um desprestígio do tempo é verificado a partir do pensamento de Aristóteles, que classifica o tempo como supralunar (da eternidade) e sublunar (da matéria); Platão que apresenta a ideia de mundo inteligível e mundo Sensível, estabelecendo a eternidade como uma negação de tempo e; Os Estoicos que dividem o tempo em cronos (estado de passagem), aion (presente, faz correlação com o passado e o futuro), cairos (a oportunidade – o momento oportuno, da escolha, da decisão).

O cristianismo adota a ideia de Aristóteles e Platão para explicar o tempo, mas é em Santo Agostinho que se percebe um segundo momento de prestígio do tempo, neste momento, já na Idade Média, são verificados dois poderes, o poder espiritual e o poder temporal. O poder espiritual estaria ligado à igreja, espiritualidade e graça, já o poder temporal estaria ligado à vida em sociedade, política e à natureza.

É no período da renascença, que surge a inspiração nos clássicos como na Grécia, o que se contrapõe à ideia de padecimento e degradação da condição humana da idade média sustentada pelo ideal da igreja.

As contribuições de Hume e Kant (que destaca a primazia do tempo sobre o espaço) também são citadas. Essa ideia defende que para existir, o espaço precisa estar dentro do tempo. A relação entre tempo e história já é destaca mais profundamente por Raquel Glezer, que se guia pela ideia de curto, médio e longo prazo. Exemplificando, a história fatual estaria relacionada ao tempo breve, os fatos históricos ao tempo médio e instituições sociais permanentes como a ideia de família estariam ligadas à história de tempo longo.

As teorias do sex. XIX, protagonizadas por Marx, Hegel, Comte e Spencer dão suporte ao tempo na história e na sua periodização a partir de uma perspectiva linear e dos modos de produção. A autora defende a ideia de que, embora o historiados apresentem a história sempre de forma linear e sequencial, o tempo é todo lacunar.

Num terceiro momento da discussão aparece a contribuição do geografo Milton Santos, que traz para o debate a relação entre espaço e tempo a partir da contribuição da Geografia, que como técnica, auxilia as outras disciplinar.

Tempo aqui, é visto como social, pois é cósmico, histórico e existencial, justaposto ou superposto, enquadra-se na ideia de “tempo dentro do tempo”. Santos, finaliza contrapondo a ideia de Kant e defende que “Espaço é Tempo” e no caso deste último, para ser percebido, é preciso que se perceba, antes, o espaço. Santos conclui apresentando um terceiro elemento, o objeto. “Os objetos nos comandam de alguma maneira e consagram a união entre espaço e tempo”.

O seminário aconteceu com alguns lacunas, o domínio do tema e das ideias do texto não foi, em alguns momentos, satisfatório. Contudo, a mediação e o diálogo entre grupo apresentador e grupo comentador estabeleceu uma discussão e entendimento adequado das principais ideias do texto.





SCHWARCZ (2009): Repertórios do Tempo


Quero compartilhar um fichamento feito a partir da leitura do texto:

SCHWARCZ, Lilia Mortiz. Repertórios do tempo In: REVISTA USP, São Paulo, n.81, p. 18-39, março/maio 2009.

Para acessar o arquivo CLIQUE AQUI




domingo, 24 de março de 2019

GOLDEMBERG (2004): Objetividade, Representatividade e Controle de Bias na Pesquisa Qualitativa



A autora inicia apresentando algumas críticas à pesquisa qualitativa como a falta de padrões de objetividade, rigor e controle científico e a falta de regras de procedimento rigorosas.
O conceito de bias, neste contexto é o de viés, parcialidade, preconceito do pesquisador.

Teóricos como Max Weber; Pierre Bourdieu; Howard Becker apontam que:
É necessário explicitar os passos da pesquisa
Não há neutralidade na pesquisa quantitativa
O pesquisador deve prevenir as bias explicitando as premissas valorativas

Outros teóricos trazem suas contribuições à pesquisa qualitativa:
Para Pierre Bourdieu, O pesquisador deve buscar a objetivação, que seria o esforço controlado de conter a subjetividade;
Para Wright Mills (1965), o pesquisador deve ser autoconsciente;
Para Becker, o pesquisador deve explicitar detalhadamente os limites das escolhas feitas, tornas explícitos os resultados negativos os estudos e mostrar as dificuldades.

Ainda para Becker, as técnicas de pesquisa qualitativa permitem um maior controle do bias do pesquisador do que as da pesquisa quantitativa.

Um conceito levantado é o da Observação Participante que acontece com a coleta de dados, observação, conversa, comparação e interpretação, numa aproximação entre pesquisador e objeto de pesquisa.
Outro conceito é o da hierarquia de credibilidade. Geralmente os entrevistados estão nos níveis superiores de uma organização.

A autora registra que "o reconhecimento da especificidade das ciências sociais conduz à elaboração de um método que permita o tratamento da subjetividade e da singularidade dos fenómenos sociais." (p. 50)

Guiando-se por Becker, aborda outras questões da pesquisa qualitativa, como a ideia de que enfoques teóricos e metodológicos diferentes remetem a resultados diferentes, mesmo com métodos ditos objetivos. Por fim, considera que o pesquisador deve observar aspectos diferentes, sob enfoques diferentes.



Fonte:
GOLDEMBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. 8ª ed. Rio de Janeiro: Record. 2004. (p. 45 a 52)