Relatório sobre debate a partir da leitura em:
AUGUSTO, Maria Helena Oliva. Estudos sobre o Tempo: o Tempo na Filosofia e na História In: Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (transcrição de comunicações). 1989.
Nesta sexta (dia 15) aconteceu um debate durante a aula do Componente Curricular Tempo e Sociedade a partir do texto “Estudos sobre o Tempo” (Augusto, 1989) elencando as ideias principais discutidas pela autora.
O texto estabelece um diálogo entre Jose Carlos Bruni que apresenta contribuições da Filosofia no entendimento sobre o tempo, Raquel Glezer que apresenta contribuições da história e por fim, Milton Santos encerra abordando a relação entre Tempo e Espaço.
Sobre o Tempo na Filosofia, Bruni expõe dois momentos, no primeiro um desprestígio do tempo é verificado a partir do pensamento de Aristóteles, que classifica o tempo como supralunar (da eternidade) e sublunar (da matéria); Platão que apresenta a ideia de mundo inteligível e mundo Sensível, estabelecendo a eternidade como uma negação de tempo e; Os Estoicos que dividem o tempo em cronos (estado de passagem), aion (presente, faz correlação com o passado e o futuro), cairos (a oportunidade – o momento oportuno, da escolha, da decisão).
O cristianismo adota a ideia de Aristóteles e Platão para explicar o tempo, mas é em Santo Agostinho que se percebe um segundo momento de prestígio do tempo, neste momento, já na Idade Média, são verificados dois poderes, o poder espiritual e o poder temporal. O poder espiritual estaria ligado à igreja, espiritualidade e graça, já o poder temporal estaria ligado à vida em sociedade, política e à natureza.
É no período da renascença, que surge a inspiração nos clássicos como na Grécia, o que se contrapõe à ideia de padecimento e degradação da condição humana da idade média sustentada pelo ideal da igreja.
As contribuições de Hume e Kant (que destaca a primazia do tempo sobre o espaço) também são citadas. Essa ideia defende que para existir, o espaço precisa estar dentro do tempo. A relação entre tempo e história já é destaca mais profundamente por Raquel Glezer, que se guia pela ideia de curto, médio e longo prazo. Exemplificando, a história fatual estaria relacionada ao tempo breve, os fatos históricos ao tempo médio e instituições sociais permanentes como a ideia de família estariam ligadas à história de tempo longo.
As teorias do sex. XIX, protagonizadas por Marx, Hegel, Comte e Spencer dão suporte ao tempo na história e na sua periodização a partir de uma perspectiva linear e dos modos de produção. A autora defende a ideia de que, embora o historiados apresentem a história sempre de forma linear e sequencial, o tempo é todo lacunar.
Num terceiro momento da discussão aparece a contribuição do geografo Milton Santos, que traz para o debate a relação entre espaço e tempo a partir da contribuição da Geografia, que como técnica, auxilia as outras disciplinar.
Tempo aqui, é visto como social, pois é cósmico, histórico e existencial, justaposto ou superposto, enquadra-se na ideia de “tempo dentro do tempo”. Santos, finaliza contrapondo a ideia de Kant e defende que “Espaço é Tempo” e no caso deste último, para ser percebido, é preciso que se perceba, antes, o espaço. Santos conclui apresentando um terceiro elemento, o objeto. “Os objetos nos comandam de alguma maneira e consagram a união entre espaço e tempo”.
O seminário aconteceu com alguns lacunas, o domínio do tema e das ideias do texto não foi, em alguns momentos, satisfatório. Contudo, a mediação e o diálogo entre grupo apresentador e grupo comentador estabeleceu uma discussão e entendimento adequado das principais ideias do texto.
O cristianismo adota a ideia de Aristóteles e Platão para explicar o tempo, mas é em Santo Agostinho que se percebe um segundo momento de prestígio do tempo, neste momento, já na Idade Média, são verificados dois poderes, o poder espiritual e o poder temporal. O poder espiritual estaria ligado à igreja, espiritualidade e graça, já o poder temporal estaria ligado à vida em sociedade, política e à natureza.
É no período da renascença, que surge a inspiração nos clássicos como na Grécia, o que se contrapõe à ideia de padecimento e degradação da condição humana da idade média sustentada pelo ideal da igreja.
As contribuições de Hume e Kant (que destaca a primazia do tempo sobre o espaço) também são citadas. Essa ideia defende que para existir, o espaço precisa estar dentro do tempo. A relação entre tempo e história já é destaca mais profundamente por Raquel Glezer, que se guia pela ideia de curto, médio e longo prazo. Exemplificando, a história fatual estaria relacionada ao tempo breve, os fatos históricos ao tempo médio e instituições sociais permanentes como a ideia de família estariam ligadas à história de tempo longo.
As teorias do sex. XIX, protagonizadas por Marx, Hegel, Comte e Spencer dão suporte ao tempo na história e na sua periodização a partir de uma perspectiva linear e dos modos de produção. A autora defende a ideia de que, embora o historiados apresentem a história sempre de forma linear e sequencial, o tempo é todo lacunar.
Num terceiro momento da discussão aparece a contribuição do geografo Milton Santos, que traz para o debate a relação entre espaço e tempo a partir da contribuição da Geografia, que como técnica, auxilia as outras disciplinar.
Tempo aqui, é visto como social, pois é cósmico, histórico e existencial, justaposto ou superposto, enquadra-se na ideia de “tempo dentro do tempo”. Santos, finaliza contrapondo a ideia de Kant e defende que “Espaço é Tempo” e no caso deste último, para ser percebido, é preciso que se perceba, antes, o espaço. Santos conclui apresentando um terceiro elemento, o objeto. “Os objetos nos comandam de alguma maneira e consagram a união entre espaço e tempo”.
O seminário aconteceu com alguns lacunas, o domínio do tema e das ideias do texto não foi, em alguns momentos, satisfatório. Contudo, a mediação e o diálogo entre grupo apresentador e grupo comentador estabeleceu uma discussão e entendimento adequado das principais ideias do texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário