sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Iniciando o Pensamento Inclusivo


A primeira atividade do CC Acessibilidade, Inclusão e Saúde trouxe algumas questões sobre o pensamento inclusivo.
Embora as questões tenham sido respondidas de forma pessoal, foram utilizadas algumas referências bibliográficas.


1 – O que é inclusão?
Dar oportunidades iguais a todas as pessoas, compreendo-as a partir de suas diferenças, de forma que todos tenham igual acesso a espaços, bens e serviços disponíveis à sociedade.
O Documento Subsidiário à Política de Inclusão no Brasil considera que campo da inclusão, fundamenta-se na concepção de diferenças, algo da ordem da singularidade dos sujeitos que acessam esta mesma política (MEC, 2005, p. 23)
Atualmente existem suportes legais que garantam um percentual mínimo de participação das pessoas que não tem oportunidades para o acesso a serviços como saúde e educação, estabelecimentos públicos ou privados, mercado de trabalho, etc. Garantindo e mantendo o acesso dos diversos grupos e minorias aos seus direitos básicos.

2 – O que é incluir para vocês?
Penso que incluir seja o processo que faz com que a inclusão devidamente aconteça. Incluir seria agregar as pessoas, fazer que os espaços, bens e serviços sejam comuns a todos. Acredito que seja o processo de garantia de oportunidades a todas as pessoas compreendendo suas diferenças físicas, econômicas, sociais ou raciais.

3 – Quem nunca se sentiu excluído na vida mesmo estando, aos olhos dos outros, incluído?
A inclusão ‘excludente’, que não consegue ser efetiva à sua razão de ser e acontecer, dá margem à algumas vivencias ou pensamentos sobre: mesmo os que deveriam estar incluídos não se sentem plenos aos espaços que deveriam lhes ser comuns. Sabe-se que a palavra inclusão nunca foi tão abordada nos discursos políticos, pedagógicos ou sociológicos como ultimamente, logo a inclusão nunca foi, historicamente, o principal discurso das políticas públicas no Brasil.
A inclusão é um espaço de discussão e de ações que ainda está em construção, prova disso é a recente Lei nº 13.146 de 2015. Portanto, muito precisa ser feito para que a inclusão de fato aconteça.

4 – O que é a pessoa com deficiência?
Para “Lei da Inclusão” no seu artigo 2ª:
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. (LEI 13.146, 2015, art. 2)
Essas barreiras às pessoas com deficiência podem ser urbanísticas, arquitetônicas, transportes, na comunicação e informação, atitudinais e tecnológicas.
Assim toda pessoa com deficiência se configura como alguém que possui dificuldades sejam de ordem física ou mental, e que por conta disso tenham suas interações sociais afetadas.

5 – Você confia em uma pessoa com deficiência da sua idade do mesmo jeito que confia em uma pessoa sem deficiência?
Sim, penso que a confiança colocada na questão se refere à execução de atividades laborais por exemplo, essa deve ser medida pela competência que a pessoa tem em executar certas funções. Se o indivíduo ultrapassa as barreiras que acontecem devido a sua deficiência, logo ele consegue igualmente interagir com/como as demais pessoas.

6 – Pessoas com deficiência são doentes?
Não sei responder. Penso que os impedimentos às interações plenas não se configuram doenças, mas que pode ser originado de alguma patologia. Acredito que seja incorreto afirmar uma pessoa com deficiência deva ser também uma pessoa doente, são condições diferentes. Contudo uma patologia pode provocar algum tipo de deficiência.

7 – É possível tornar as Unidades Básicas de Saúde acessíveis?
Sim é possível. A saúde é um dos serviços básicos do Estado, portanto deve se fazer comum a todas as pessoas, independentemente de suas diferenças ou deficiências. Mas penso que esta questão já é discutida na área da saúde, portanto a questão não seria tornar acessível (como algo que não o é) mas, melhorar o acesso ou tornar ‘mais’ acessível. As construções sobre inclusão no Brasil já acontecem e precisam ser mais efetivadas.

8 – Como alcançar/implementar a acessibilidade no SUS?
Alcançar a acessibilidade plena no SUS faz repensar a recriação de modelo do Sistema Único de Saúde, reorganizar os hospitais e postos de saúde em seus aspectos administrativos e de atuação profissional, atender a todos (sem exceções), fornecer amparo legal que estabeleça melhor fiscalização, controle fornecimento dos serviços de saúde.


Referências
BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). LEI 13.146 de 06 de julho de 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em 16, out. 2017.

BRASIL. Documento Subsidiário à Política de Inclusão. Ministério da Educação Brasília, 2005. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/doc subsidiariopoliticadeinclusao.pdf. Acesso em 16, out. 2017.



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