quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Contexto sócio-político-cultural da música “Manifesto”, interpretada por Elis Regina.


Você pode acessar a letra da música "Manifesto" clicando AQUI
A música “Manifesto” foi gravada originalmente por Elis Regina, em 1967 e foi censurada já que o país passava por um período de forte tensão a regulação das expressões artíticas, políticas, ideológica e culturais, conhecido como período da Ditadura Militar (1964-1985). Já no final da década de 70 Marília Barbosa a regravou com excelência.

Já no começo do Regime Militar (1964-1985), o governo federal se utilizou das mais diversas estratégias de coerção e controle da opinião pública. Os Atos Institucionais e a censura prévia à imprensa foram apenas dois desses mecanismos, amplamente utilizados ao longo de boa parte do período ditatorial no combate aos setores de oposição.

A repressão oficial não impediu, no entanto, que os mais variados grupos sociais tenham se mobilizado em reação aos desmandos dos governos militares. Ao contrário, à medida que as censuras se aprofundavam, os movimentos de resistência se radicalizavam, o que pode ser evidenciado na Passeata dos Cem Mil e no crescimento de grupos subversivos armados.

A música de Elis Regina cumpre sua razão de ser e adequa-se ao que gênero textual manifesto propõe. Sua forte ligação com as questões sociais, políticas e de cidadania, são expostas subliminarmente na canção, num período histórico de forte regulação das expressões ideológicas.

A música traz alguns termos próprios das discussões políticas da época, como: guerra fria, ideologia, direita, esquerda, censura, camarada, companheiro, golpe de estado, mandato, cassado, deportado, etc.

A música é um convite à sociedade, para tomar partido sobre as questões políticas em nosso país, ao tempo que expressa o que muitos queriam falar e não podiam. É musica é um manifesto do povo e para o povo.

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