quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Transversalidade e Educação: Desenhando Conceitos



As heranças da especialização do trabalho vivenciadas na Revolução Industrial (a partir do sec. 18) se reproduzem na forma como desenhamos a sociedade e a nossa educação. A disciplina, tal como o significado no nome sugere, tem o papel de garantir o limites dispostos pelos conhecimento especializados sem considerar uma conversa entre as várias áreas do conhecimento.

A disciplina, tão bem adaptada ao carater militar da nossa educação, reproduz formas de controle, na justificativa equivocada de que apenas mantendo a "ordem" consegue-se o sucesso no processo educativo. De forma prática a vida nos exige o oposto, uma compreensão critica sobre a educação, sua instrumentalização e a sua relação com a nossa realidade e nosso cotidiano, disposto num emaranhando de vivências.

A proposta de Gallo (2000), com a transversalidade na educação, pensando parâmetros não disciplinares, esboça possibilidades que garantam uma quebra dos paradigmas enraizados em nossa educação, a partir do paradigma do "rizoma", refletindo sobre como a nossa educação deve estar mais voltada para as realidades de seus educandos numa perspectiva mutua, que garanta não só uma conversa entre as várias área do conhecimento, mas no intuito de uma educação transformadora e que se permita transformar cotidianamente


Fonte:

Do livro: ALVES, Nilda; GARCIA, Regina Leite (orgs.) O Sentido da Escola. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
Transversalidade e educação: pensando uma educação não-disciplinar*
Sílvio Gallo**

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