SILVA, Tomaz Tadeu da. Teorias do Currículo: O que é isso? [p. 11-17] em Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2005
O autor neste capítulo, inicia a discussão a partir de alguns questionamentos sobre o desenho da educação e quais influências a educação atual recebeu ao longo dos anos para que se pudesse definir hoje teorias educacionais, no caso deste capítulo, a teoria do currículo. Após isso discute os conceitos de teoria e de currículo.
O currículo, por sua vez começa a ser analisado a partir da influência da administração científica na educação norte americana, Bobbitt em The Curriculum (1918), concentra essas ideias e o desenho da educação ganha respaldo a partir da racionalização de resultados, rigorosamente especificados e medidos.
Durante a Revolução Industrial (a partir do sec. XVIII), Taylor influencia fortemente a produção em grande escala com o estudo dos tempos e movimentos para racionalização do trabalho e embute no processo produtivo a especialização do trabalho amplamente reproduzida nos modelos educacionais.
A consolidação do capitalismo na modernidade a partir da revolução industrial trouxe grandes mudanças não apenas na economia, mas na educação, política e nas questões sociais. Silva defende que o efeito final, se torna um processo industrial e administrativo.
Silva ainda evidencia que existe uma questão de subjetividade ou identidade nas teorias do currículo, e que nas discussões cotidianas sobre currículo, nos esquecemos que de ele está entrelaçado na nossa realidade, naquele que somos e naquilo que nos tornamos.
O currículo se constitui elo direto com as transformações que acontecem na sociedade. As teorias que desenham os currículos, ou seja, os caminhos pelos quais a educação deve se guiar, podem ser organizadas a partir de três categorias: a) Teorias Tradicionais: focam no ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, eficiência, etc. numa perspectiva técnica. b) Teorias Críticas: Ideologia, Reprodução cultura e social, poder, classe social, capitalismo, etc. c) Teoria Pós-Crítica: Identidade, alteridade, diferença, subjetividade, significação e discurso, saber-poder, representação, cultura, gênero, etc.
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