sábado, 29 de setembro de 2018

Teorias Globais - O que fala Moacir Gadotti sobre a Unesco


Em “UNESCO: A Cidade Educativa”, Gadotti faz uma forte reflexão sobre a Educação Permanente e a universalização dos padrões de educação a partir do seu panorama em 1970. Mesmo datando ações da “Comissão Internacional para o Desenvolvimento da Educação” na década de 70, o autor aborda perspectivas atuais válidas à educação do século XXI, como considerar uma transição menos conflituosa entre os diferentes ciclos de ensino, os múltiplos meios junto com as novas tecnologias pelos quais deve se dar a educação na busca pela autonomia e o protagonismo dos sujeitos.

A cidade educativa deve superar diversos problemas globais em educação encarados de formas diferentes em diferentes nações, garantido em sua base a oferta do ensino fundamental e oportunidades ao conhecimento socioeconômico, tecnológico e prático desenhando uma educação superior diversificada em conteúdo, estrutura e público.

Nesta chamada “tentativa eclética” o autor levanta algumas ideologias como as da Imortalidade e a da Prematuridade de Pierre Furter (1931). Na primeira Furter evidencia o caráter imaturo do homem analfabeto “como alguém a que falta algo que a educação lhe pode dar”. Contudo, a segunda ideologia enxerga o homem, não imaturo, mas prematuro. Ser completo, mas inacabado. Essa ideologia converge com o pensamento Freiriano do Inacabamento.

Gadotti finaliza sua reflexão sobre Educação Permanente a partir de Schwartz (1919) que considera outros espaços (informais, não institucionalizados) onde a educação pode e deve acontecer permanentemente redesenhado uma nova pedagogia que dê aos indivíduos “chantes de saber, saber-fazer e saber-ser igualmente.

Por onde começar e como prosseguir, ampliar, diversificar, são questionamentos que fecham o texto tendo como centro as experiencias que devem ser reforçadas no modelo de educação permanente.


Fonte:
GADOTTI, Moacir. Unesco. Em: GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. 6.ed. São Paulo: Ática, 1998. pp.278-280.

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