sábado, 29 de setembro de 2018

DESCARTES: Meditações Metafísicas - Resenha


DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. Disponível em https://drive.google.com/file/d/15_qlCy47RINRZTbhYyPuzmXFkxoqHLM3/view [p. 08 – 24]


Nas duas primeiras meditações, Descartes fala sobre as coisas que se podem colocar em dúvida e trata também na natureza do espírito humano. Nestes dois momentos o autor expõe diversas analogias e questionamentos, as analogias no sentido de explicar de forma mais adaptada aquilo que pretender expor e os questionamentos como um processo de construção do pensamento crítico, desprendido de “verdades” pragmáticas, dogmáticas e ditas absolutas.

O Autor inicia falando dos ensinamentos e influencias que recebeu durante a vida, os quais embora lhe trouxessem dúvidas era mantidos como verdadeiros mesmo que realmente não o fossem. Assim, Descartes esperar chegar a uma idade madura o suficiente para colocar a prova todas as opiniões e crenças.

Logo depois reconhece que em tudo será encarado como fato, apenas os princípios que lhes trazem dúvidas. Também não julga necessário analisar cada uma em particular, basta, a começar pela base, se dedicar aos princípios onde suas antigas opiniões estavam apoiadas.

A partir isso aborda que tudo o que se aprende se dá do/pelos sentidos, mas que estes são enganosos e que é prudente não confiar inteiramente neles. Uma reflexão surge com a dúvida sobre os sentidos. O exemplo dado são os sonhos, que trazem coisas tanto dubitáveis quanto indubitáveis, assim da mesma forma ao se estar de olhos abertos acontece.

A vigília e o sono não são assim nitidamente tão distintos. Colocando à prova vigília e sono e tudo o que confessamos como real indubitavelmente através dos sentidos, sabe-se que os sonhos são representações daquilo que vemos no mundo real.

Tudo o que criamos e representamos tem suas raízes naquilo que indubitavelmente temos como real. Descartes trata então das diferenças entre ciências que são exatas e ciências que não são, como as da natureza por exemplo.

Visto de a primeira trata das certezas que se extrai das coisas, e a segunda trata da (não)existência delas. Com isso o autor põe a prova as coisas que consideramos como certas ou não. Mas concorda que existem certas coisas existem e acontecem indubitavelmente.

No processo de reflexão ele admite que todas as opiniões que recebeu durante sua vida, não existe uma da qual não possa dúvida. Todos os conhecimentos passados podem (e devem) ser postos à prova.

Nisto concentra-se o zelo que não receber como verdade nenhuma falsidade, preparando-se o espírito criticamente para averiguar as verdades recebidas de outrem. Logo, duvidar de tudo é um processo tão custoso que selecionando criticamente certos debates à medida em que esses ganham significado, torna-se mais prático, contudo, com grande risco de mante-se na sonolência sem despertar dela.

Na segunda meditação, Descartes continuará a dúvida até achar algo de certo ou ver que não há nada de certo no mundo. Supõe como falsas todas as coisas que vê: poderiam ser elas ficções do espírito. Assim, ele diz que tem direito a ter esperança de encontrar algo de certo e indubitável para poder fundamentar um novo paradigma de mundo.

Ele se pergunta se a pós a dúvida descobrirá que de verdade só há que “nada é certo”. Concentrando-se na existência do eu, ele questiona a sua natureza, dizendo que examinará apenas o que é dado, para que não se equivoque no conhecimento das coisas que afirma serem claras e evidentes. Nesse processo ele se direciona ao corpo humano corpo humano como máquina biológica e da alma como um ar tênue disseminado no corpo.

Descartes termina considerando duas ideias importante que conseguir firmar até o momento. A primeira diz que somente concebemos os corpos pelo entendimento, não pela imaginação ou pelos sentidos e a segunda diz que “conhecemo-los por concebê-los” pelo pensamento então pelo fato de apreendê-los pelos sentidos e pela imaginação.





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