sábado, 29 de setembro de 2018

Reflexões sobre o filme "O Aluno"


O filme "O Aluno" está disponível na plataforma Youtube, para acessar o link, CLIQUE AQUI


Problemas centrais abordados no filme, no que tange a educação e formação humana.

O filme “O Aluno: Uma lição de vida” conta a história de Maruge, um idoso de mais de 80 anos, analfabeto, num espaço onde a educação permanente não era uma realidade. Após um decreto expedido “equivocadamente” pelo ministro do Quênia, país que enfrentava e enfrenta os traumas de uma recente “ex-colônia” se tornando independente muito recentemente (1963). O decreto assegurava “educação para todos” e Maruge agarra essa oportunidade.

Muitas dificuldades são vivenciadas por Maruge no processo de adaptação com essa nova rotina em educação, e aceitação por parte da comunidade, direção da escola, o próprio ministro do Quênia. A alfabetização de pessoas adultas era, e ainda é, algo distante da realidade em muitos lugares na África.

O filme traz alguns flashes do passado traumatizante da vida de Maruge, principalmente do período em que ele serve como combatente. No processo de alfabetização Maruge sofre bullying, violência mas recebe o apoio da professora e consegue superar o desafio de se alfabetizar.

A discussão sobre a necessidade de educação para todos e principalmente educação de jovens e adultos como realidade do filme, fica bastante latente. Além de valorizar a educação, o filme retrata uma história real de um homem e do seu país. Evidente que nunca é tarde de mais para projetar o futuro, mesmo com os traumas do passado.


A relação do filme com a temática da educação a partir das minhas experiências e leituras do CC Bases Epistemológicas da Educação.


Com certeza, durante os anos em que serve como combatente de um grupo revolucionário para a independência do seu país, Maruge jamais conseguiu um ato tão heroico como o de se alfabetizar, se tornando um ícone de superação e de justiça social reconhecido mundialmente.

O filme “O aluno” faz pensar diversos eixos sobre educação, a educação para todos e permanente; Protagonismo; Autonomia dos sujeitos; Formação docente; Papel Social da Escola e Justiça Social pela Educação, Diversidade de saberes; Alfabetização articulada com a realidade socioeconômica do país, etc.

Maruge já entrou na sala de aula como mestre e é preciso sempre ter “Consciência do inacabamento” como diz Freite. Assim o conhecimento é sempre válido e nunca é tarde demais para pensar educação. Nada abordado no filme fica muito distante da nossa realidade mesmo no novo panorama da educação no século XXI onde as novas práxis pedagógicas devem dar suporte à nova educação levando em consideração as novas conformações sociais, políticas e tecnológicas.

Pelo menos dois dos objetivos desse do Componente “Bases Epistemológicas da Educação” se destacam no filme “o aluno”, o de “Fomentar a busca pessoal por significação da educação” e “Reconhecer a escola como ponto de partida local para uma experiência que se pretende universal”

O filme evidencia a educação como instrumento emancipador e indispensável à formação crítica do sujeito. Na minha atuação no mundo como gente, ser crítico e de transformação não consigo ver melhor lugar de luta para a justiça social que não seja a sala de aula.


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