LIMA, Sônia Regina Albano de. Mais reflexão, menos informação! In: FAZENDA, Ivani (org). O Que é interdisciplinaridade? São Paulo : Cortez, 2008.
Diante dos paradoxos onde se situam as ciências e a toda sociedade, as imposições da globalização primordialmente aos países em desenvolvimento, afetam drasticamente as formas de se produzir conhecimento, ameaçando a história, a cultura e a tradição locais. A Ciência demonstra não acompanhar o modelo da Sociedade Universal.
Com a globalização esperava-se uma nova ordem social, bem como uma integração dos valores e identidades locais com os valores e as identidades globais, o que não aconteceu, visto que as culturas se valeram de meios suficientes para autopreservação.
Cultura então, é vista como instrumento social a partir da visão de Cacline, defendendo que cada nação possui duas especificidades. Assim, o que é bom para uma cultura poderá não ser boa para outra, embora aconteça, a importação cultural principalmente em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, agravando diversos problemas econômicos, sociais, políticos e culturais.
O Brasil, portanto, tem na sua formação social, a hegemonização da cultura portuguesa em detrimento de suas especificidades, causando a impossibilidade de assumir para si um modelo definido de ser. O que se percebe é a rejeição de tudo que se diz nacional e principalmente popular.
A tarefa para o enfrentamento desta problemática é destinada à Educação, que mesmo sofrendo com dicotomias e oposições, tem o papel de não apenas produzir conhecimento, mas transformar as escolas em espaços de interação social, entendendo que o conhecimento deve ser analisado a partir das experiências de vida dos diversos atores.
A educação brasileira, portanto, assume uma postura mais pluralista, democrática, descentralizada e flexível, a partir da criação das Leis de Diretrizes e Bases em 1996, atentandose para as necessidades socioculturais, brasileiras e ao mercado de trabalho. Contudo, diante dos desafios na contemporaneidade, torna-se necessária uma reforma com bases interdisciplinares num conjunto de ações que possam modificar o futuro, na utilização de objetos de troca a partir das experiencias de vida.
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