segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Desenvolvimento e Políticas Setoriais


Como indicado na proposta desta atividade, a palavra desenvolvimento abrange diversas concepções. Para que se aborde os sentidos ou significados de desenvolvimento é necessário levar em consideração as percepções políticas, sociais e culturais que a sociedade pode dar a termos comuns à sua construção.

De acordo com Braga (et al, 2012), o termo desenvolvimento adquiriu significado a partir da finalidade social de articular um processo de mudança, de um estado para outro, dado como superior. Mesmo para esta concepção o autor ainda ratifica que “é preciso considerar que as palavras são, social, cultural e politicamente construídas, e, muitas vezes, as forças dominantes valorizam ou desprezam palavras e significados em prol de uma racionalidade utilitária.” (BRAGA, et al, 2012, p. 46, 47)

Autores como Bresser-Pereira (2014) registra que desenvolvimento surgiu como um desdobramento da ideia de progresso, contudo, esse desdobramento trouxe consigo uma nova roupagem ligada às questões econômicas. Segundo ele “Progresso e desenvolvimento são conceitos modernos, datam da Revolução Capitalista”. (BRESSER-PEREIRA, 2014, p. 34)

De maneira mais ampla - e ainda de acordo com as ideias de Bresser-Pereira - desenvolvimento vem a ser o processo histórico pelo qual as sociedades nacionais alcançam seus objetivos “políticos de segurança, liberdade, avanço material, redução da injustiça social e proteção do meio ambiente. (2014, p. 36)

A partir disso, o desenvolvimento, como se analisa na atualidade, vai estar sempre atrelado ao fator econômico, por se tratar ou remeter-se sempre às mudanças estruturais da sociedade. Portanto, os esforços voltados para as compreensões de desenvolvimento sempre terão suas raízes ligadas às ciências econômicas.

Considerando a importância que a nação deve dar ao seu desenvolvimento foi destaca-se a aplicabilidade desse desenvolvimento às políticas adotadas para melhorias e mudanças políticas, econômicas e sociais. Essa necessidade atrela-se as políticas de expansão primordialmente econômica e social de um país.

Os maiores desafios de uma sociedade podem estar diretamente ligados a questões setoriais, como saúde saneamento, alimentação, habitação, segurança, transporte, etc. É aí que se pode estimular a expansão dos negócios interna e externamente. E é no setor que se encontram as oportunidades de melhorar o acesso da população a bens essenciais.

É com foco setorial que se deve concentrar o apoio ao desenvolvimento e combiná-lo com a crescente participação dos pobres na renda e no consumo. Por conta disso desenvolvimento ligado às políticas setoriais, responde às dimensões social e econômica.

Assim sendo, o desenvolvimento é percebido a partir da atuação de diversos atores e sob diversos pontos de vista. E neste intento, toma para si as concepções construídas história, cultural e socialmente.


Referências

BRAGA, Alexandra Maria da Silva. Et al. Desenvolvimento: Um Conceito Multidimensional. DRD – Desenvolvimento Regional em debate. São Paulo, 2012.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Desenvolvimento, Progresso e Crescimento Econômico. Lua Nova. São Paulo: 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ln/n93/03.pdf Acesso em 25 de out. 2017.

SOARES JR, Jair e QUINTELLA, Rogério H. Development: an analysis of concepts, measurement and indicators. Traduzido In: Revista de administração brasileira, Curitiba, vol. 5, no 2 abr/jun 2008.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

A Tríade Ensino-Pesquisa-Extensão e os Vetores para o Desenvolvimento Regional (Fichamento)

Para discussão e entendimento do papel da Universidade no seu contexto local levando em consideração o tripé ensino-pesquisa-extensão, que publicar o fichamento de citação elaborado por Everlon Campos (ver blog) do texto abaixo:

FLECK, Carolina F. A tríade ensino-pesquisa-extensão e os vetores para o desenvolvimento regional. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 7, p. 250-278, 2011.


Para ter acesso ao fichamento acesse o link abaixo:




domingo, 22 de outubro de 2017

O Papel da Universidade


Compreender o papel atual da Universidade requer olhar para as transformações dessa instituição ao longo do tempo e perceber seus desdobramentos e modelos até o panorama atual do Ensino Superior.

A Universidade constitui-se como instituição multidisciplinar de investigação, extensão e ensino, e deve estar a par das dinâmicas sociais afim de fazer notória a sua intervenção para o bem comum de propagação e manutenção do conhecimento.

Desde o seu surgimento a Universidade passou por períodos de ascensão e declínio, ocasionados por contextos econômicos, políticos e sociais distintos. A Universidade Contemporânea, surge após esses desdobramentos, se inclinando às demandas e emergências sociais, se desprendendo mais efetivamente do poder político ou religioso e se aprimorando nas suas relações com a sociedade.

Essa nova roupagem contemporânea que se agrega ao papel da Universidade, traz consigo uma gama de desafios, tal qual salientam Filho e Santos (2008) ao registrarem que “os desenvolvimentos da última década colocam desafios muito exigentes à universidade e especificamente à universidade pública.” (FILHO E SANTOS, 2008, p. 39)

Essas conformações devem acontecer considerando a consolidada “tríade de ensino-pesquisa-extensão” abordada por Fleck (2011) que se configura contexto a partir do qual as Instituições de Ensino Superior – IES se constituem como formadoras de subsídios ao desenvolvimento regional com a produção de conhecimento científico.

Contudo Fleck (2011) reitera que essa tarefa acaba fracassando quando negligenciadas as especificidades regionais em que a universidade se insere. Isso porque o conhecimento científico produzido na universidade muitas vezes não conversa com o conhecimento e as demandas produzidas pela sociedade fora dos muros da instituição.

Para além do que o modelo tradicional de universidade sugere, torna-se necessária a ressignificação de um conhecimento contextual na medida em que o princípio organizador da sua produção seja a aplicação que lhe pode ser dada em âmbito regional e nacional.

Portanto, para efetivação da tríade universitária, torna-se necessário compreender a importância do ensino na qualificação do conhecimento produzido na universidade, a forte contribuição da pesquisa para o progresso e as mudanças que se dão pela extensão. Esses pilares se coadunam no atendimento às demandas da sociedade e primordialmente à região em que a universidade se insere.

Essas reflexões garantem o entendimento do papel da universidade como plural e diverso, ao se perceber sua dupla função de formar para a emancipação enquanto fomenta o combate aos danos sociais. Ao tempo que valoriza a cultura da sociedade em que está inserida, essa instituição busca se universalizar, intercambiando o conhecimento com a comunidade, sua regionalidade, a nação e o mundo.

A partir desse entendimento é possível perceber também o papel da Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB na realidade sul-baiana. É imprescindível para a Universidade se perceber ao longo da história, bem como entender o papel que lhe cabe na atualidade.


Referências

SANTOS, Boaventura de Sousa; ALMEIDA-FILHO, Naomar. A Universidade no Século XXI - Para uma Universidade Nova. Coimbra: Almedina, 2008. Disponível em: https://ape.unesp.br/pdi/execucao/artigos/universidade/AUniversidadenoSeculoXXI.pdf. Acesso em 20 de out. 2017

FLECK, Carolina F. A tríade ensino-pesquisa-extensão e os vetores para o desenvolvimento regional. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 7, p. 250-278, 2011. Disponível em: file:///C:/Users/erive/Documents/ABI%20-%20LI%20-%202017%20-%20UFSB/2017-3/1-%20UDRN/A%20tríade%20ensino-pesquisa-extensão%20-%20fleck.pdf. Acesso em 16 de out. 2017

Universidade, Desenvolvimento Regional e Nacional - UDRN

Componente Curricular: Universidade, Desenvolvimento Regional e Nacional
Docente: Fábio Rodrigues Corniani (Lattes)


VER TODAS AS POSTAGENS DESTE COMPONENTE


Ementa:
Conhecer criticamente teorias e perspectivas dos conceitos de Desenvolvimento Humano e Social, promovendo estudo abrangente das sociedades contemporâneas, na sua diversidade, globalidade e sustentabilidade, identificando suas origens históricas, bem como suas estruturas práticas e simbólicas, contemplando macroprocessos de mudança social, crescimento econômico e desenvolvimento humano, com foco no contexto regional.

Objetivos Gerais:
• Discutir os diversos conceitos associados a desenvolvimento e seus impactos nas sociedades.
• Problematizar o conceito desenvolvimento a luz das demandas socioculturais existentes nas Regiões Sul e Extremo Sul da Bahia.
• Debater as dimensões do desenvolvimento regional e nacional.
• Analisar o papel das universidades, em geral, e da UFSB, em específico, para o desenvolvimento regional e local.
• Refletir sobre formas de intervenção nos problemas locais, buscando possibilidades de soluções aos mesmos

Objetivos Específicos:
• Compreender o conceito “desenvolvimento” a partir do debate teórico e da compreensão das implicações locais na região sul e baixo sul baianos.
• Possibilitar o contato com dos/as estudantes com diferentes visões sobre desenvolvimento;
• Aproximar os/as estudantes com grupos e comunidades que atuam na região sul e baixo sul baianos;
• Possibilitar o levantamento de frentes de atuação para a universidades e para os estudantes

Bibliografia Básica:

ARAÚJO, Tania Bacelar. “Nordeste: desenvolvimento e perspectiva” In: GUIMARÃES, P. F.; AGUIAR, R.A., et al (orgs). Um olhar territorial para o desenvolvimento: Nordeste. Rio de Janeiro: BNDES, 2014, p. 514 – 560. Disponível em: https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/handle/1408/3013.

BAIARDI, Amílcar e TEIXEIRA, Francisco. O Desenvolvimento dos Territórios do Baixo Sul e do Litoral Sul da Bahia: a Rota da Sustentabilidade, Perspectivas e Vicissitudes. Instituto Arapyaú: Salvador, 2010.

CASTRO, Josué. “A descoberta da fome”. In FERNANDES, B. M. & GONÇALVES, C. A. P. (org.). Josué de Castro – Vida e Obra. São Paulo, Expressão Popular, p. 141-152

FLECK, Carolina F. A tríade ensino-pesquisa-extensão e os vetores para o desenvolvimento regional. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 7, p. 250-278, 2011. Disponível em: www.rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr/article/viewFile/518/265. Acesso: jan/2015 (trechos escolhidos pelo/a docente)

FURTADO, Celso. “A profecia do colapso” In: O Mito do Desenvolvimento Econômico. Rio de Janeiro, Paz e Terra, p. 7-14.


Fontes:
Plano de Ensino-Aprendizagem do Componente Curricular

Fique Sabendo: Base Nacional Comum Curricular _ Competências Gerais


sábado, 21 de outubro de 2017

Nunca me Sonharam (Filme)

Nunca me Sonharam, esse filme está me inquietando.
Preciso discutir essas questões com mais pessoas.

Já parou pra pensar porque a escola não é tão atraente quanto deveria? infelizmente a educação brasileira foi marcada para esse fim, pra você não gostar e se alienar nisso, mantendo o status das classes (o rico continua sendo rico e o pobre continua sendo pobre). Na visão da elite social, a Educação não deve ser atraente pra um pobre, porque ela também é caminho pra ascensão social e econômica.

Assista ao trailer do filme:


Só são dois minutos de trailer sobre um filme que é realmente excelente e abre boas discussões sobre o assunto. Porque a educação precisa ser discutida e discutida principalmente por quem só tem ela como escape.
Talvez você tenha tido outras oportunidades pra se construir além da escola, e isso é bom. Mas tem muita gente que só tem a escola e "mesmo a escola mais chata, salva milhares de vida no nosso país".
A crise da educação no brasil não é crise, é um projeto, que tá dando certo: garantir a miséria de um povo pra manutenção da classe dominante.

Esse vídeo foi indicado pela professora Regina do CC Universidade e Sociedade, e ainda me inquieta.

domingo, 8 de outubro de 2017

O Marco Conceitual da UFSB


Universidade Popular: Anísio Teixeira
"A educação brasileira possui uma dívida social"

O educador baiano Anísio Teixeira [1900-1971] foi uma das mais fecundas fontes do pensamento progressista na educação brasileira.
Antecipou o que Boaventura Santos veio a chamar de crise de identidade da instituição universitária: formar profissionais ou promover ciência & cultura? Educar cidadãos ou credenciar profissionais?
Foi defensor da educação como instrumento de integração social e emancipação política.
Defendeu uma revolução democrática, pacífica e sustentável, viabilizada pela universalização da educação nos níveis iniciais – como condição de emancipação política e equidade social – e pela ampla oportunidade de acesso à formação universitária – determinante do desenvolvimento humano e econômico das nações.
A concepção de Universidade Popular como instrumento de promoção da Educação Democrática no ensino superior foi desenvolvida por Anísio, no final da década de 1940.
Para a gestão desses processos pedagógicos renovados pela tecnologia, será necessário um perfil de docente totalmente distinto do que ainda predomina na universidade brasileira.
Assim, como será exposto adiante, o projeto da UFSB inspira-se em reflexões, conceitos e iniciativas de construção institucional, desenvolvidos e aplicados pioneiramente por Anísio Teixeira
A concepção dos colégios universitários, elemento central do conceito anisiano de Universidade Popular, destinava-se à necessária ampliação do acesso à educação superior a grupos sociais historicamente dela excluídos.


Pedagogia da autonomia: Paulo Freire
"Educação é criação de oportunidades para a construção coletiva de saberes."

Essa abordagem compreende uma perspectiva contextual aplicada à alfabetização e níveis fundamentais de educação.
O pensamento de Paulo Freire parte do princípio de que, nas sociedades modernas, a educação assume duas funções sociais antagônicas e contraditórias: educação para a libertação ou para a domesticação (...) sabedoria popular versus conhecimento científico ou estado versus sociedade civil
Freire enfatiza práticas pedagógicas orientadas por uma postura política de humanismo crítico e de ética universalista, com o objetivo de desenvolver autonomia, competência e capacidade crítica num contexto de valorização da cultura.
Nesse foco, educação não significa mero conjunto de atos de transmissão de conhecimentos, mas sim criação de oportunidades para a construção coletiva de saberes.
Apesar disso, a proposição de educação para adultos de Paulo Freire traz uma contribuição implícita de grande potencial para os objetivos da UFSB. Neste caso, deve-se observar, uma preocupação radical com a autonomia dos sujeitos num processo educativo contextualizado.


Geografia Nova: Milton Santos
É insustentável a ideia de Universidade como torre de marfim.


A complexidade da sociedade contemporânea, resultante da emergência de novos macroprocessos e microprocessos sociais, políticos e econômicos, analisados criticamente pelo eminente pensador e geógrafo Milton Santos, tem produzido efeitos estruturais que repercutem sobre a instituição universitária.
Nessa conjuntura atual de mundialização, multiculturalismo, aquecimento global, realidade virtual, movimentos sociais expandidos e democracia em tempo real, não cabe sustentar a ideia de Universidade como torre de marfim.
A problemática da universidade é tratada no pensamento miltoniano na perspectiva de um multiculturalismo politicamente dominado e de uma matriz acadêmica instrumental.
O projeto político emancipatório de inspiração miltoniana, assumido com entusiasmo na proposta da UFSB, permite superar três características da universidade brasileira: 1) romper com a tradição cartorial herdada da universidade lusitana colonial, 2) desconstruir a herança eurocêntrica da elite nacional e 3) reparar as sequelas da reforma universitária imposta pelo regime militar em 1968.
Como fazê-la (a Universidade) politicamente responsável, socialmente inclusiva e, ao mesmo tempo, reafirmar a excelência acadêmica que a define como instituição plena de autonomia e criatividade? Como fomentar eficiência e economicidade pertinentes à gestão pública e, ao fazê-lo, incutir valores pertinentes ao contexto contemporâneo mutante e globalizado?




Ecologia dos saberes: Boaventura de Sousa Santos
"A injustiça social contém no seu âmago a injustiça do conhecimento"

Boaventura de Sousa Santos defende uma Epistemologia do Sul, contraposta às matrizes eurocêntricas do pensamento ocidental hegemônico nas sociedades oriundas do colonialismo e marcadas pelo imperialismo.
As sociedades contemporâneas cada vez mais se definem por sociodiversidade, etno-diversidade e epistemo-diversidade, ou, como prefere Sousa-Santos, democracia, multiculturalismo e interdisciplinaridade.
Os países periféricos, ricos em saberes não científicos, mas pobres em conhecimento cientifico, sofrem os efeitos de estratégias econômicas
No âmbito universitário, a ecologia de saberes pode produzir um movimento de revolução epistemológica, sendo assim considerada uma forma de extensão ao contrário, de fora da universidade para dentro da universidade.
Compreende, enfim , a promoção de diálogos entre saberes científicos ou humanísticos, que a universidade produz, e saberes leigos, populares, tradicionais, urbanos, camponeses, das favelas, provindos de culturas não ocidentais (indígenas, de origem africana, oriental etc.) que circulam na sociedade e igualmente a compõem.


Inteligência coletiva: Pierre Lévy
"...práticas e teorias ligadas ao aprendizado em rede, propiciando formas efetivas de ensino mediado por tecnologias."


Este autor propõe que o conceito de inteligência coletiva configura um ecossistema de quatro dimensões: material, técnico, cultural, social.
A inteligência coletiva não é um tema puramente cognitivo e sim político e social, pois só pode existir desenvolvimento da inteligência coletiva se houver cooperação competitiva ou competição cooperativa.
A inteligência coletiva nasce a partir do equilíbrio entre competição e cooperação.
Para que tais convergências se tornem possíveis na prática, é necessária uma profunda reforma no sistema educacional, no que diz respeito ao reconhecimento das experiências adquiridas.
O sujeito elege o que é importante para seu conhecimento (levando em sua bagagem, para permuta, referências sobre seu lugar, sua cultura e história de vida); o aprendiz pode traçar o seu próprio caminho – diferente dos demais, de acordo com seus interesses; quebra-se a barreira do espaço delimitado da universidade; organiza-se a escala de conhecimento por níveis, etapas e ciclos.


Fonte: Plano Orientador da Universidade Federal do Sul da Bahia

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

IV Mostra Artístico-Cultural de Matemática e Espaço


Aconteceu no dia 23/09  a IV Mostra Artístico-Cultural de Matemática e Espaço, na sede do CJA, das 14h00 às 18h00.
No evento, os estudantes ingressantes do CJA fizeram uma exposição de obras construídas no decorrer do quadrimestre no componente curricular "Matemática e Espaço", destacando a perspectiva da interculturalidade e interdisciplinaridade, especialmente na relação entre Matemática e Arte.
O Projeto também se configurou um momento de integração entre turmas, docentes e comunidade  marcando a finalização do quadrimestre.
Houve também exibição de um trecho do documentário "Escolarizando o mundo" e apresentação musical.

Para confecção e apresentação dos trabalhos, as turmas foram subdivididas em trios que apresentaram 01 Lusona, 01 Mariposa, 01 fractal e 01 Pavimentação.

Na oportunidade, nosso grupo apresentou:
A Mariposa de par ordenado (1,4,3) com fitas azuis e pretas.
O Lusona "Jardim do Éden"
O Fractal com círculos azuis e vermelhos
A pavimentação "saparinhos"...
Em perspectivas diferentes, Peixes e Passarinhos compõem o espaço.

Fractal com Círculos


O Seguinte Fractal foi feito pensando agrupamentos de seis círculos intercalando as cores azuis e vermelhas. Como comportamento comum dos fractais, os agrupamentos de círculos menores acompanham a forma e os agrupamentos dos círculos maiores.

Pavimentação _ "Saparinhos" (Sapos e Passarinhos)


A seguinte atividade sugeriu criar um ladrilho inédito que sugerisse um animal a partir de um hexágono regular, utilizando criativamente a técnica proposta por Escher.
O ladrilho sugeriu a cabeça de um passado, que no sentido inverso seria a cabeça de um sapo.
Abaixo, uma foto da atividade finalizada em papel cartão verde e laranja.




LUSONA: O Jardim do Éden



Após Deus usar o Logos para criar todo o mundo (Gênesis 1), Ele resolve colocar um jardim no Éden (Gênesis 2:8), porém nem todas as plantas da terra haviam brotado, porque Deus ainda não tinha feito chover e o homem era apenas um projeto em sua cabeça (Gênesis 1:5).

O homem e a mulher são criados e colocados no jardim (Gênesis 5:2), e Deus disse que eles poderiam comer de toda árvore ali existente, inclusive da árvore da vida que estava no meio do jardim. Porém nem o homem nem a mulher poderiam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:17).

O homem e a mulher desobedecem a ordem de Deus a acabaram comendo do fruto (Gênesis 3:6), então Deus os expulsa do jardim para que evitasse que eles comecem da árvore da vida e vivessem eternamente (Gênesis 3:22). Deus então colocou um Querubim guardando a entrada do jardim, uma espada flamejante que caminhava em volta do jardim e ainda escondeu o caminho para que ninguém pudesse entrar no jardim (Gênesis 3:24). O homem e a mulher sabiam que nunca iriam conseguir voltar para o jardim, então seguiram a sua jornada.

O homem e a mulher começaram a vagar pela terra, porém Deus sempre os acompanhavam, pois Ele tinha um plano para fazer com que o homem e a mulher retornassem para o jardim. Por mais longe que o homem e a mulher vagassem, essa distância nunca conseguia ser maior que o amor de Deus para com eles (João 3:16).

Hoje, graças a esse amor, o homem sabe como retornar para o jardim. Pois passou a entender que o Querubim que estava guardando a entrada do jardim, também o guardava pois acampava ao seu redor (Salmos 34:7), a espada flamejante que rodeava o jardim, agora estava em suas mãos pois a espada é a bíblia (Hebreus 4:12). O único problema era achar o caminho de volta, mas Deus os orientou mandando seu filho Jesus que mostrou a eles dizendo: Eu sou o caminho! (João 14:6)


Atividade em grupo
Produção principal: Everlon Campos

Roda de Conversa: Outros Saberes


Compreendendo a importância da Ecologia de Saberes, abordada por Boaventura (uns dos marcos conceituais da UFSB) e as discussões sobre a importância de outros conhecimentos que são legítimos embora não sejam institucionalizados pela academia, realizamos uma roda de conversa com o 'mestre' Waldir Amorim.

Waldir já desenvolveu projetos sociais na comunidade de Coaraci. Os projetos contemplavam canto, dança, teatro e poesia. Ao longo de seu trajetória se descobriu cantor e compositor e avalia hoje o cenário artístico e cultural da cidade de Coaraci como um afortunado celeiro de artistas. Falou sobre a necessidade de investimento do poder público no setor cultural e a importância do desenvolvimento de habilidades e competências artísticas nas pessoas.


Seminário - Campo da Educação: Saberes e Práticas _ A Escola do Campo


Tomando como base de discussão o texto "Perspectivas Atuais da Educação" de Gadotti, realizamos o seminário sobre temas relevantes à Educação atual, seu papel e perspectivas e desafios. A turma foi dividida em grupo e o nosso grupo (Elínio Oliveira, Everlon Campos e eu) resolveu abordar o tema: Tecnologias e Inovação na Educação do Campo.

Apresentamos conceitos e diferenciações entre Educação do Campo e Educação no Campo, além de discutir os novos desdobramentos do termo "Campo" não apenas como lugar agrário, mas como espaço social, de lutas, conquistas e reivindicações de diretos. O histórico e os princípios da Educação do/no Campos, além de sua base legal que a ampara.

Alguns desafios foram discutidos, como: Ausência de Políticas Públicas para a população do campo; A precariedade das instalações físicas das escolas no campo; Ausência de política de formação específica e valorização do magistério no campo; Falhas no sistema de transporte escolar; Currículos descontextualizados; O êxodo rural e o fechamento de escola no campo. Algumas realidades também foram apresentadas, bem como alguns dados oficiais.



Depois disso abordamos a questão da inovação da Escola do/no Campo, alguns exemplos como a Escola Dedê da Serra em Serra Grande - BA e a Escola Rural de Tempo Integral em Colônia de Una - BA.

Finalizamos apresentando a UFSB como uma escola do campo, devido à sua proposta de interiorização do Ensino Superior pelos CUNIs _ Colégios Universitários.
Foram abordados alguns pontos como A Ecologia dos Saberes de Boaventura; Educação Popular e a interiorização do Ensino Superior de Anísio Teixeira; Pedagogia da Autonomia e adaptação à realidade do sujeito de Paulo Freire; Geografia nova e Integralização do homem no meio rural de Milton Santos; Inteligência Coletiva na Sociedade da Informação de Pierre Levy.

A reflexão "A Caneta e a Enxada" foi lida para concluir a apresentação.

Para acessar a apresentação em slides CLIQUE AQUI.


(...) “Então o (camponês) descobre que
tendo sido capaz de transformar a terra,
ele é capaz também de transformar a cultura:
renasce não mais como objeto dela,
mas também como sujeito da história”.
Paulo Freire