sábado, 2 de março de 2019

ZALUAR (1986): Teoria e Prática do Trabalho de Campo


Discussão sobre Metodologia em Humanidades a partir da leitura em:

ZALUAR, Alba. “Teoria e prática do trabalho de campo: alguns problemas” In: CARDOSO, R. (0rg.) A Aventura antropológica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986, p. 107 -125.


A autora traz para a discussão, os desafios e cuidados no contato entre pesquisador e pesquisado e inicia a partir de dois paradigmas: “O Estruturalismo” – abstrai excessivamente e determina os sujeitos da pesquisa a partir do excesso de teoria e “Pesquisa Participante” – excede na ênfase política da participação e acaba por operar a redução do trabalho intelectual ao ativismo político.

Críticas ao estruturalismo:

Menosprezo pela experiência vivida pelos sujeitos da pesquisa
Ausência de problematização das posições sociais ocupadas por observadores e observados
A interpretação dos fatos como uma solução de gabinete
Descontextualização do trabalho de campo.

Críticas da pesquisa participante:
Identificação do papel do pesquisador
Ativismo e ausência de autocrítica no trabalho do pesquisador
Contradição entre ação e a linguagem do pesquisador
Cooptação intelectual do pesquisador pelas lideranças políticas locais.

O desafio, portanto, é dosar os dois paradigmas, que nesse caso se desdobram na Etnografia, que seria o estudo do comportamento e da cultura de determinado(s) grupo(s)

A autora também discute:
Ética e reflexão sobra a alteridade (114)
A pesquisa como história de relações (115)
A pesquisa como prática e como política (116)
A pesquisa é balizada pelo processo de comunicação social (119)
A teoria do trabalho de campo exige reflexão sobre os processos de interação em campo (122)





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