domingo, 17 de março de 2019

Filme: Diários de Motocicleta - Resenha



O filme “Diários de Motocicleta” retrata uma parte importante da vida de Che Guevara, sua expedição feita em sua maior parte de motocicleta com o amigo Alberto Granado.

No filme, Che Guevara conhece realidades sociais, políticas e econômicas de países da América Latina, dentre elas, minas de cobre, povoados indígenas e leprosários no Peru. Penso que uma educação que se diz popular e defensora dos Direitos Humanos, deve se destinar a conhecer e traçar soluções às diferentes realidades para reparo dos danos sociais.

Na tentativa de tematizar minha visão sobre educação e Direitos Humanos a partir de minhas experiências e leituras ao longo do curso e do quadrimestre, me volto justamente para as emergências sociais em nosso país, que parecem afetar de modo singular as formas de utilização a serviços básicos comuns à sociedade, como acesso à educação, saúde, saneamento básico, assistência social, etc. A demanda social para fruição desses serviços passa a ser orientada segundo as políticas adotadas para esse fim bem como o conhecimento que a população tem sobre seus direitos.

A escola pública brasileira precisa constantemente atualizar conhecimentos mais sistematizados que traduzam, expliquem e permitam, uma compreensão das demandas sociais para atendê-las de forma a garantir a equidade social. A minha questão a partir dessa leitura é: Como a escola contemporânea se articula para o atendimento das demandas sociais?

Ao longo deste curso de licenciatura pensamentos como os de Anísio Teixeira e Paulo Freire ofereceram subsídios para entender o comportamento da escola e da sociedade na oferta de uma educação de qualidade a todos. Essa convergência da literatura estudada, junto com as questões sociológicas numa visão pedagógica, é capaz de sinalizar a educação como um mecanismo transformador e de reparo dos danos sociais, impulsionando e direcionando a formação de uma sociedade mais justa.

A pedagogia de Che Guevara, tinha assumidamente um viés revolucionário, de luta para a garantia de direitos às camadas mais pobres da sociedade. O camponês, o negro, a mulher, o operário, eram atores considerados em seus discursos sobre à educação, desde os primeiros ciclos até o ensino superior. Além disso, acredito que discussões sobre o enfretamento da hegemonia Norte Americana e principalmente a hegemonia eurocêntrica em nossos sistemas de ensino, se aportam no pensamento de Che Guevara sobre a libertação de países da América Latina das fortes heranças do colonialismo europeu e o neocolonialismo norte americano.




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