quarta-feira, 18 de julho de 2018

Afetividade, Práticas Pedagógicas e Avaliação Segundo Luckesi



Afetividade é tudo o que o afeta e sob esse olhar, pode ser algo prazeroso ou não. “As expressões das emoções são mais intensas e de amplas proporções quanto mais novas são as crianças” [...] (WALLON, 1995).

A afetividade é um conjunto de fenômenos que envolvem os seres humanos durante toda vida. “Fenômenos que se caracterizam pelos sentimentos, emoções e paixões, acompanhados sempre de prazer ou desprazer” (GADOTTI, 1999).

Para Erivânia Guedes Silva (2015), no texto “Afetividade na prática pedagógica e na formação docente”, A afetividade consiste na força de dois elementos: o amor e o ódio, ambos desempenham um papel fundamental no desenvolvimento intelectual do homem e em suas relações sociais.

Para Freud, O afeto é, assim, um representante pulsional, que, ao lado da representação, intermedia o acesso da pulsão à esfera psíquica, já que a primeira tem sua fonte no corpo. Para Freud, o afeto é uma energia, enquanto que a representação é uma ideia.

Para Luckesi

Em: Ainda Afetividade, Cognição e Psicomotricidade
“Necessitamos, como educadores e educadoras, de estarmos atentos tanto à afetividade quanto à cognição, assim como quanto à psicomotricidade de nossos educandos. Nenhuma faceta é mais importante do que a outra. Todas são fundamentais, porque constituem o ser humano.”

Em: O Ser Humano e sua educabilidade
Nossas relações com o mundo e com os outros tem a marca da afetividade.

Em: Avaliar domínios cognitivo, afetivo e psicomotor
Essa visão tripartite do ser humano, no que se refere à avaliação da aprendizagem, foi utilizada e divulgada especialmente por Benjamin Bloom (...) foram traduzidas no Brasil nos anos setenta e que tinham por base esse olhar pelas facetas do ser humano: cognitivo, afetivo, psicomotor.
Na expressão de um ato cognitivo, o afeto e a psicomotricidade estão presentes, o mesmo ocorrendo na expressão afetiva, onde o cognitivo e psicomotor se fazem presentes, do mesmo modo que, num ato psicomotor, o cognitivo e o afetivo estão presentes.

Em Compreendendo o Ato de Avaliar em Educação... Mais Uma Vez
Na Ratio Studiorum, documento publicado pela Ordem dos Padres Jesuítas, em 1599, que estruturou a pedagogia em seus Colégios, esparramados pelo mundo, quanto à aprovação ou reprovação do estudante.
Dessas experiências dos inicios da organização escolar, no alvorecer da modernidade, emergiu a prática pedagógica mais centrada nos denominados exames escolares que, propriamente, no ensino-aprendizagem dos educandos.
Então, hoje, em nossa cultura pedagógica, abordamos e dialogamos sobre a avaliação, mas continuamos, no cotidiano, a praticar os velhos exames escolares jesuíticos e comenianos.
Então, no decurso do século XX e no presente momento, seguimos nos servimos das denominações e dos conceitos de exames escolares, como classificatórios, e avaliação, como diagnóstica; modo de agir e pensar como ainda plenamente vigentes em nossas cotidianas práticas pedagógicas escolares.

Em Avaliação da aprendizagem: compreensão teórica e investimento
Então, nossa tarefa, no presente momento, na vida escolar, é investir numa prática pedagógica consistente (planejar, executar e avaliar), onde a avaliação seja a parceira do sucesso; muito diferente dela ser um recurso de controle e disciplinamento — quando não de castigo — dos nossos educandos.
É a prática pedagógica que é bem sucedida, não a avaliação em si e por si.


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