terça-feira, 16 de abril de 2019

RICOEUR (2012): O Tempo da História e o Destino do Acontecimento


Nesta sexta (12/04) aconteceu mais um debate sobre tempo e sociedade a partir da obra a partir da obra de Ricoeur (2012), que trata, numa perspectiva fenomenológica, da correção entre a atividade de narrar uma história e a temporalidade da experiência humana.

Ricoeur, registra que a narrativa da história está ligada à experiência humana e constrói teses a partir de “O Mediterrâneo” de Braudel, como exemplo de narrativa histórica e para abordar o estudo da narrativa do mundo, provendo-se também das análises de Santo Agostinho e de Aristóteles (grande influência sobre os pensadores que analisam o tempo) e a ideia, neste caso, não é faze uma discussão conceitual sobre o tempo, mas com ao ideia de tempo formula a temporalidade.

O autor também formula tese a partir dos três níveis levantados por Braudel e a “intriga” entre esses níveis, considerando a convivência das três temporalidades (de curta, média e longa duração). No primeiro nível “o mediterrâneo” é sujeito e espaço, no segundo, a história se converte em geopolítica e no terceiro discute-se o acontecimento. O papel humano na construção do acontecimento.

A ideia de intriga, abordada por Ricoeur, tem caráter ciclo e está associada à noção de crise, sento tudo o que acontece simultaneamente ao evento que se diz principal na história, mas compete para o desfecho dos fatos. Sobre as intrigas não há controle.

Outro ponto abordado considera que nem toda narrativa é histórica, pois na narrativa história existem “estruturas”.

Outros autores são citados, como Le Goff que considera, numa visão etnográfica, superar o falso dilema estrutura-conjuntura e principalmente conjunturaacontecimento. A crítica feita a Le Goff defende que, descrever algo que não presenciou torna primordial se atentar para as intrigas, que são, como dito, os acontecimento paralelos.

Geoges Duby também é mencionado como o “historiador das mentalidades” por contribuir para a compreensão do comportamento da sociedade. A discussão é finalizada considerando que toda mudança entra no tempo histórico como quase acontecimento e que existe uma pluralidade de tempo histórico que acontecem ao mesmo tempo.


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